...Os candidatos, com a reaproximação da pré-campanha, vem desfazendo nuvens carregadas de mal entendidos, tempestade de distanciamento, enfim, são síndrome de amnésia que o POLÍTICO sempre tem ao tocante pelo que não fez na trajetória do mandato como representante do povo.

Muito cobrado e pouco compreendido num mandato curto de quatro anos. São agentes públicos que se transformam em autodidata para entender a cara feia do eleitorado.

Somente lembrados no pleito seguinte. Olho vivo, eleitor!

Como a temporalidade traduz que é um estado provisório, ainda bem que o votante tem essa válvula de escape.

Apesar da docilidade dos pretensiosos suplicantes

- O caminho é espinhoso, a semeadura é fatigante, depois do eleito a colheita é revigorante durante a incumbência. O problema está no retorno da reconquista como protótipo (reeleição de vereador).

E muita das vezes chega a debilitar-se com profunda baixa da autoestima, até a prostração, quando não consegue reeleger-se.

Com o insucesso eleitoral perde 35 salários mínimos de embolso; indicação de cargo comissionado e estagiário; material de escritório; xerox à vontade; Correios para levar comunicação; auxílio saúde e verba de representação.

Com o fracasso, retornar-se à compra do velho maxixe, quiabo, macaxeira, chambari, espinhaço de porco...a descida é perversa... e o desprezo é maior ainda.

Até porque a vontade de continuar no poder é como portador do de diabete: uma loucura por sacarose...

A recondução faz torrar o pouco ou muito que ainda tem, com receita médica, remédio, dentadura, pagamento de mensalidade escolar e outros, por aqueles que mendigam.

No final, muitos deles não alcançam nem uma suplência... fato impeça ou morra o titular para assumir; caso contrário, não chega lá nunca.

É o único dos encargos que nego vai de paletó muleta, cadeira de roda andajá e sapato engraxado; só a morte o separa da ocupação da venerança municipal.

E cada vez chegando mais. Começou com 9 depois para 13 17 e agora 21 vereadores, para usufruírem destes quatro anos de Palácio Legislativo.

A crítica como expoente desta contextualização, limita-se as que têm o objetivo de encorajar o escolhedor a melhorar o nível de opção com independência.

Toda essa paranoia de emendas constitucional é obra prima do parlamento. Por falta de uma reforma eleitoral, as consequências são perversas ao continuísmo.

A reflexão lógica sobre a repetição de mandato consecutivo possui um cunho casuístico. Os partidos políticos oferecem aos candidatos um arquivo velho, cheio de teia de aranha...

Certos aspirantes, ainda, tem a coragem de perguntar para a mãe: sai bem na televisão, falei bem? Claro meu filho, tirando a gagueira e os erros de português, tudo perfeito. O que o amor de mãe não faz!

(Carlos Drummond de Andrade) ... “Uma eleição é feita para corrigir o erro da eleição anterior, mesmo que o agrave”.

Só quem pode fazer isso é o ELEITOR, passe a régua...