Nelson Bandeira
Se você for bastante aguçado holisticamente quanto ao programa político do Estado do Maranhão, especialmente em São Luís e Imperatriz, as duas cidades eleitoralmente maiores, encontrará fatos novos.
A escolha e a confiança estão ficando muito difíceis, até porque os seus governantes não preparam as pessoas para substituí-los para concorrerem em pleito eleitoral. Ficaram no afã da mesmice de sempre – rei e rainha da cocada preta.
Quando um técnico, que tem maior postura com a coisa pública, é substituído porque não sabe ainda rir, sem carisma, sem jeito de mentir, um neófito por consequência. O vetor tem que ser tipo “tapia” de jogo de azar, lendo sempre a cartilha da política brasileira, infelizmente.
E o questionamento continua. Em Imperatriz, caminhamos para oito anos de governo municipal. Pergunta-se: “Qual é o signatário da política que está sendo preparado para substituir o prefeito atual?”.
Ninguém. Quando se fita pessoa com traquejo e ameaça em ser, avisa logo que o momento não é esse, porque o político de proa está navegando em águas duvidosas e de muitas turbulências na política regional.
De acordo com o andar do andor e confidente com a literatura de Karl Marx, e candidato, vai dar um vexame danado para o poleiro das raposas que ainda restam no Maranhão.
Será que o povo vai fazer opção pela enxada? Mas como é livre, a escolha e a democracia proporcionam tudo isso, que assim seja.
Como no Maranhão até o céu é mentiroso, que o diga o padre Antônio Vieira – “pretender promover o estabelecimento da sociedade igualitária, sem classes sociais”, é a mesma coisa que a Caixa Econômica Federal pagar aos garimpeiros pelo ouro não encontrado em Serra Pelada.
Mas o proletariado sabe ao pé da letra que o comunismo seria a fase final na sociedade humana e que isso seria alcançado através da vontade da classe operária... Que mude!
A verdade é que no Brasil e com total independência, o Maranhão é um canteiro bem adubado, dependendo todos da ação do governo, para minorar o estado de miséria que assola o estado, convivendo com o vício de doação de bolsas e mais bolsas.
Pelo que parece como diagnóstico e resultado, o eleitorado maranhense tem que provar destas diferentes fases de desenvolvimento. O proletariado em classe e, portanto, em partido político.
Não discutimos sobre competência do ator principal que se apresenta nesta vanguarda, muito pelo contrário. O que está sendo alinhavado para esse pleito eleitoral: o batelão conduzindo os desencantados políticos do passado, viajando à deriva para lugar incerto e não sabido.
Finalizando: a mudança é criada por aqueles cujas imaginações são maiores que suas circunstâncias.
O povo que se dane. Que Procópio seja o timoneiro deste batelão, porque todos esses cenários passados na baba do quiabo vieram de Portugal.
Mas tudo é compreensível em política. Quando você tem que fazer uma escolha e você não faz, isto já é uma escolha.
Tenha um excelente domingo.
Edição Nº 14979
O Maranhão sem opção
Nelson Bandeira
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