Ano chega, ano acaba e se observa muita zoeira e na prática nada de ação – o rio Tocantins é um morto vivo! Pelo abandono, o desprezo, a total desvalorização de seu líquido “in natura” e a depredação correndo solto sem medo de ser coibido.
Quando carimba o vocativo MORTO VIVO, refere-se ao personagem que veio encarnado por força da natureza – perene sempre – o rio Tocantins, que banha a cidade de Imperatriz, no Maranhão.
O que deveria ser um cartão postal está servindo de depósito de lixo; poluindo vários pontos sem nenhuma regalia de prevenção; usam suas margens para banhos e comercialização de produtos alimentícios e jogam seus resíduos nas correntezas do seu próprio leito.
Entretanto, onde deveria ser um ponto turístico e espaço para escrever a sua mensagem como emissor e enviá-la para qualquer receptor, não. Está impedido pelas imagens negativas da degradação que campeia a bel-prazer e enfeia o ambiente na percepção visual.
Este santuário de curso de água em abundância expressa a atenção por suas qualidades ora abandonadas pelo meio ambiente, pelas autoridades correlatas, igualado, também, pela sociedade que usufruem e frequentam sem um pingo de sensibilidade.
A natureza nos privilegiou com esse patrimônio nativo insubstituível e incomparável. Embora, desdenhado pela insanidade mental de consciência de muitos usuários.
Que após o processo de morte o sistema não mais vive; e o caminho mais certeiro é desaparecer (isso não se confunde) - pela falta de estima, sentimento, repulsa e pela desproteção de sua subsistência histórica e seu referencial.
Olhem bem! Que a questão do Meio Ambiente nessas paragens é um caso de calamidade contra este espaço físico; necessitando de transformar-se num recomeço, persuadindo de responsabilidades e impondo medidas imperativo-coercitivas aos causadores desses malefícios.
Porque no momento atual, a coisa anda mais solta do que calça de “palhaço”, fazem o que querem, desafia a quem de direito, e fica por isso mesmo... a verdade é manca, mas chega sempre a tempo.
Veja os riachos que recebem sem qualquer disciplina ambiental os detritos domésticos lançados como se fosse um sangrador em detrimento a saúde pública. Só para refrescar!
Isso sem comentar que as águas poluídas que correm a céu-aberto pelos esgotos em todas as ruas da cidade, com pouquíssimas exceções, como o perfume anti-higiênico que infeccionam as operações da Vigilância Sanitária e do Meio Ambiente.
Como encarar os vetores desagradáveis de doenças, como: hepatite, disenteria, cólera, amebíase, dengue e os demais “zikas/cunhas” da vida? – onde não há nem controle e tão pouco campanha e prevenções sobre esses males? Precisa-se de respostas.
O remédio é a calma – considerada como predicado do ser humano, que teima na disposição de resistir aos desmandos de forma coletiva enquanto se está à espera de algo bom, se possível.
Mas o recado é bem simples para quem está angustiado... o tempo só é ruim para quem não pode esperar.
Impetuoso rio Tocantins! Você está beirando a UTI da incoerência, porque as leis que lhes assegura são inúteis, enfraquecem as leis necessárias.
Como bem ressalta o desconhecido: “O rio só atinge o seu objetivo porque aprendeu a contornar os obstáculos”.
Um ótimo domingo!
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