Sempre se tem farejado com pessoas interessantes sobre a história que passou, apesar de poucos, se relembrem da tão grata e esticada Imperatriz...

Especialmente, quando se aproximam as comemorações dos festejos da padroeira de Santa Teresa D’Ávila, partindo de 06 a 15 de outubro que se segue no tempo pelo calendário gregoriano.

São lembranças remotas que se conserva na memoria... triste é não ter passado para recordar.

(“”) A paróquia foi fundada em 20 de maio de 1884; o padre Antônio Pértile abençoou e inaugurou a Igreja Matriz de Santa Teresa (sic)...

Foi a primeira mulher freira carmelita na historia da Igreja a receber a distinção pela vida religiosa e contemplativa. Tendo a identidade de Teresa Ali Fatim Corella Sanchez de Capeda Y Ahumada.

É bom que se distingua a data de fundação e o período quando a imagem foi trazida em 16 de julho de 1852 - quando se festeja no dia 15 de outubro - identificado como data magna à doutora da Igreja.

A Lei nº 370/1985 de 22 de novembro, a Câmara de Vereadores aprovou e o prefeito de Imperatriz Dr. José de Ribamar Fiquene, na época, sancionou o presente instrumento legal – tornando-se feriado municipal.

Recordando os antigos acontecimentos com a sensação de bem estar e desconcentração dos admiradores da Santa Padroeira; as barracas eram construídas de palhas no leito da Avenida 15 de novembro entre as Ruas Barão do Rio Branco e Rui Barbosa...

Somente o leilão das prendas arrecadadas era realizado na frente do templo religioso. Muitas iguarias, comidas, quitutes, gengibirras, e tantos outros petiscos, eram vendidos espontaneamente.

Era uma festa que cintilava a liberdade; um sonho da antiga população imperatrizense deleitada quando do período festivo religioso. Não se via uma arruaça, embora, a cachaça corresse no balde.

Os cavalheiros de posses chegavam montados em seus cavalos, éguas e poldros, trazendo na cinta uma cartucheira apinhada de balas e outros com espingardas quebra-espoletas.

Como naquelas épocas não tinha fogos de artifícios, o anúncio de “boas vindas” eram feitas com o pipocar de tiros de suas próprias armas; isso, muito natural; o respeito era reciproco; de cima de seu animal pedia para o barraqueiro uma dose de “rabo de galo” para animar e abrir o corpo.

O único iminente perigo que tinha com “balas perdidas” acertar nos “urubus”, que muitos sobrevoavam a cidade/povoado, quando o gado era abatido mês a mês, na moita, para consumo e não se comia as vísceras de (boi, porco, bode); então os abutres de cabeça-preta devoravam.

Todavia, a modernidade foi chegando, as tradições e hábitos foram acabando, hoje, resta somente um movimento simplificado no próprio pátio da Igreja, com o seu tradicional leilão e outros pequenos negócios (manjar/guloseimas).

O ponto final dos festejos ainda é o legado histórico da procissão fluvial trasladando a imagem da padroeira até ao seu destinado “altar” sobre os murmúrios de muitas beatices.

Como atualmente a cidade é relativamente migratória e heterogênea, com pouca restrição, não se detém respeito pela tradição. Mas, aqui continua sendo o canteiro de negócios; pouco importa quanto à organização e a contribuição para sua melhoria.

Já ouvir de pessoas aquinhoadas que veio buscar aqui esses benefícios, dizer: que só mora nesta cidade porque ELA é desorganizada; no dia que se ajeitar e se modelar, puxa pra fora... Olha só a concepção!

Contrariando seu ponto de vista, não vai embora nunca. Sabe por quê? Essa desorganização está eternizada, somente com a prospecção de novo dilúvio (“”) para começar construir uma nova cidade, definindo a função social da propriedade como instrumento básico de desenvolvimento.

Mas a modernidade tem seu preço; no ciclo tecnológico, o passado que era mais aconchegante falava-se urbanamente; com o processo de inovação, o marketing de agora: brevemente vai começar o celebratrion no lugar de festejo; em homenagem a patronesse no lugar de padroeira; e por fim, tradition no lugar de tradição...

Naqueles idos, a segurança era feita por homens investidos de autoridades policiais (chamados de calça curtas), constituído com a patente cognominado de sargento da zabona (delegado), vestido tipo blazer de caqui e, três bate-paus: (lazarina, bate bucha e cospe fogo) apelidos dados aos afoitos guardas com sangue de Caramuru...

Suas armas além do delegado que era uma parabela de dois canos, conhecida como mão-de-égua; três espingardas por fora, carregadas pelo cano com um grampo de cerca como (chumbo) para intimidação e, ao cumprimento da ordem.

Usando um linguajar rústico para simbolizar o passado; que neste dia iluminado, rogamos nossa fé e carinho de ser nossa protetora... que seja infinito enquanto dure.

Parabéns! A Doutora e Padroeira da Igreja Matriz da cidade... Deus seja louvado e boas-festas!...

...No dia seguinte, exercite sua consciência com responsabilidade.