Apesar de ser uma fonte de alimentação, o consumo de pato é feito esporadicamente e faz parte da mesa como se fosse uma comida exótica (como não encontrassem suas espécies no Brasil).
A sua receita mais comum é preparado com tucupi, jambu e chicória; sua carne é muita saborosa, mas difícil de tratá-lo para seu processo culinário.
Certo que amigo nos convidou e intimou para fazer um em sua chácara, localizada à beira do Rio Tocantins, com vista para a praia da Gaivota. Muito aprazível.
Depois de bebericarmos algumas doses de pinga de origem mineira, a famosa Seleta, e ingerida também, de goela abaixo naquela ave, para amolecer a carne que seria degustada mais tarde.
Nisso o sacrificador com vestuário próprio, coloco o animal na posição erguida, esticando suas asas, falando para ele - faça seu último pedido que sua morte estar próxima... Bebe-se mais umas goladas.
No segundo ato, amarra-os pés e pendura de cabeça para baixo num galho de uma goiabeira, tirando todas as penas do pescoço, para que seja degolado e aparado o sangue.
Consequentemente, a faca passa pela pedra de amolar, depois de afiada, o sacrificante dar duas lapadas com a lambedeira no papo do bicho, e executa-o o processo de suplicio da morte.
Agora, o problema foi para despenar; pense numas plumas duras de ser arrancadas, e com ajuda de água bem quente... A suadeira causou cansaço... Mas toma-se um gole aqui e outro ali, levamos ao fogo para queimar os canhões das penas.
No intervalo do cozimento, o proprietário do sítio colou na eletrola LPS antigos de Altemar Dutra, Nelson Gonçalves, Orlando Dias, Waldik Soriano... Uns começaram a dançar, já bem estimulados... Eh! Stop... Mais umas doses... E haja água-benta.
Depois da operação sanguinolenta; cozido ao molho pardo e saboreado, todos correram para uma boa soneca depois das 14hs.
Por conseguinte, deparou-se com o barulho atroado (ronco) a todo tipo de roídos e chiados, acompanhado com aquela “inhaca de bufa” azeda com cheiro de aguardente apodrecido.
Depois do cenário finalizado, acordados, preparando-se para o regresso domiciliar. Quando o matante dirigiu-se para sua embarcação, encontrou no caminho uma pata com vários patinhos...
Dizendo-se estar muito abatido pelos murmúrios dos filhotes... Mamãe! Olha o homem que “matou papai”! (sic)... A partir de hoje não matarei mais bípede de pés emplumado de tamanho avantajado da família Anatídea... Contrapôs.
Embora que... (“ ”) O fato é que ainda somos animais e muitas vezes nossos instintos falam mais alto.
E por que não dizer: A sua carne é uma das mais sofisticadas iguarias, com seu sabor peculiar.
Por último... “Algumas coisas não precisam fazer sentido, basta valer a pena”.
Obaaa! Chegou o Final de Semana!
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