Num passado não tão distante, matar animais da fauna silvestre era crime inafiançável; com o advento da Lei que regula o meio ambiente (9.505/98), sinalizou a redação seguinte...

(“”) Matar animais continua sendo crime, exceto para saciar a fome do executor ou da família.

Para malandragem do caçador caiu como “Sopa no Mel”! Então vejamos esta história que deixou os policiais da PRF de cara proar, ou seja, ludibriou a autoridade.

Lá pra banda do café sem troco, um caçador vem trazendo dentro de seu carro (picape) um tatu encaretado para degustar finalmente com seus convidados.

Nunca passou na cabeça do esperto perseguidor da natureza selvagem que seria abordado numa blitz policial.

Nisso a guarnição passa a fazer a vistoria no veículo do infrator, quando se depara com o animal amarrado dentro do carro.

Aí a autoridade pergunta: E esse tatu você está levando pra onde? Você não sabe que isso é crime?

Depois do vai-e-vem, o caçador passou a se explicar dizendo que aquele é um bichinho que ele cria desde pequeno; se soltar, é só chamar pelo seu nome de “isca” que obedece e volta.

O agente não tinha até aquele momento desconfiado que estivesse escutando... era pura mentira - então mandou que soltasse o tatu e o chamasse de volta...

Assim o fez. Aí o seu puliça (sic) perguntou: Cadê o Tatu? Que tatu? O que você estava transportando e dizendo que era de estimação? Não! Tatu corrido não escolhe buraco! Não aguentou, enveredou-se... até logo Boletim de Ocorrência e Panela de Pressão!

Resultado: O PF não pôde fazer nada. A prova do crime fugiu sem dizer um adeus sequer! Sabe de onde é o artífice? Do mercadinho... Tinha que ser... É o mesmo que inventou bainha para chifre!

Esse artista tem aprontado: é um exímio rastreador de caças... belo dia matou um tatupeba do casco amarelo e levou para dono de um bar fazer para tirar gosto com pinga...

Nesse ínterim, chegam dois cidadãos numa ressaca daquelas vindos de uma festa e pergunta para o dono do estabelecimento se tinha alguma comida de caldo para beliscar com uma cerveja?...

Respondendo que sim, colocou num recipiente e os serviu... em dado momento o matador do bicho cavador chega travado... Olha para os dois comendo e pergunta: É aquele que eu trouxe? Sim...

Aí os visitantes um olham para o outro e indagam isso é tatupeba? E dos gordos! Respondeu o caçador... não é esse que come defunto?

Quando abriu para tratá-lo, tinha uma gravata boleta e uns três botões de paletó... Parece-me que ele saboreou um maçom que foi enterrado recentemente aqui no cemitério do povoado Buraco do Peba.

A verdade é que ninguém sai ileso da língua do caçador, do pescador e outros mentirosos! Que a carne do bicho é gostosa não se discute!

Um dia da caça, outro do caçador... caçou matou tem que comer...rir é o melhor remédio...

Amparai-vos Santo Huberto (sic), Padroeiro dos Caçadores... muito valente, por sinal lutando com as feras.

Fé... Para o dia de hoje. O restante Deus acrescenta!