Nelson Bandeira
Será o fim dos tempos?! É padre, é macumbeiro, pai de santo, fazendo milagres com o poder de cura vindo da esperteza, da malandragem, em busca de ganho fácil.
Especialmente na doença, pois, o povo é carente de fé, de tudo, e o meio de tratamento procedente da medicina é tão problemático e dificílimo para aqueles de menor poder aquisitivo.
Aqui na Terra do Frei tinha um que se chamava Tranca Rua, para solução de eleições engasgadas, casos amorosos... E só com ajuda de seu exu, pomba-gira, para fazer coisa errada o cão dá um jeito na hora... VIXE, MARIA?
O espiritismo envolve uma espetaculosidade diabólica e inútil, que fascina seus simpatizantes!
Então, conforme a causa e para encarnar o exu como guardião do terreiro macubalístico pede aos interessados vários materiais, como galo preto, bode preto, velas pretas, corrente, cachaça à vontade, certo que é um gasto danado.
Os infelizes vendem o que têm para satisfazer o intuito perverso do safado exu, com a esperança de buscar uma solução para o seu problema.
E olhe cada caboco dele tem um nome artístico, o macumbeiro daqui se encarnava tal de Obatalá, que rodava o salão inteiro com os bestas nas costas doidos por cura e/ou outros milagres.
Como bem disse Aristóteles: “A esperança é o sonho do homem acordado.”
Sendo assim, é interessante que o poder público contrate um tranca ruas desses, para fazer um trabalho para o trânsito da cidade e disciplinar e impor a ordem para as feiras livres. Porque administrar não sé só construir não, tem que organizar, embora diante de um povo sem educação para tanto.
Só com o trabalho diabólico com toda exuzada, possa-se obter resultado iminente, porque o negócio tá feio, está insuportável; pelo que se sabe que a solução está somente no papel, num plano que talvez a Pomba-gira com sua magia encontrem o conserto esperado.
Mas tem cliente que se arrepende, como esse no final do trabalho satânico, saindo-se com essa:
“Puta que o pariu! Melei-me todo nessa galinha Preta”. Que Deus me defenda de sua macumba.
A vivida só é vida quando é vivida no bruxedo e na fumaça do cachimbo do macumbeiro.
Tenha um domingo de alegria.
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