Revendo várias gravações da confraria nos momentos de entretenimento, depara-se logo com a satisfação do safadinho, Zé de Sousa, como os tratavam seus confrades nos momentos de relaxamento.

Para ele não tinha tempo ruim e nem com a arruaça de chuvas; encarando-se de frente, todo tipo de contato social... não perdia o requebrado do deboche e da gaiatice... quem o diga - Cel. Ferreira? Foi seu amigo próximo na informalidade.

A sua calvície só era vista à noite; durante o dia não tirava o seu inseparável boné. Até o levou dentro de sua urna mortuária, para se apresentar na confraria celestial, onde vários congregados já se encontram com residências fixas.

Com certeza, quando chegou, a festa foi grande, porque ele anima qualquer ambiente com seus trocadilhos e insinuações.

Em certos momentos extrovertidos e até fúnebres, não relaxava seu terno preto, embora já puído pelo tempo. Mas a simbologia presencial demarcava sua importância em qualquer evento.

Foi, também, um dos primeiros topógrafos e corretores de imóveis do município de Imperatriz - prestou vários serviços ao antigo INCRA, no tempo das vacas gordas.

Na Confraria do Olimpão, como é de praxe, todos os finais de semanas (sábados) degusta-se pratos de várias especiarias... ele, como exímio saboreador, foi cognominado com sua plena aquiescência, que o chamasse de PRINCIPE NEGRO.

Para compartilhar amizades, músicas, comida e bebida, por último, o negão se rebolava todo dengoso, cuja coreografia dá-se para tirar letra de samba - como se estivesse se despedindo daquele recinto fraterno e festivo.

Derradeira vez que apareceu na corporação foi no dia 07 de outubro – eleição do primeiro turno – já debilitado e corroído pelo mal que lhe afligia... falando que não estava bem de saúde.

A confraria fez o que deveria fazer, prestando toda assistência, levando ao médico, fazendo os exames; de posse do resultado e com a visita programada pelos seus confrades – traiçoeiramente a morte pegou todos inesperadamente com a notícia... morreu o Príncipe Negro!

De qualquer forma foi um vivente de nossa camaradagem, que tinha suas bondades com inclinação para o bem e boa vontade.

Pelo tempo que trabalhou e residiu nesta cidade, foi contemplado com o Título de Cidadão Imperatrizense, como justa deferência pelo que foi.

Por razões conceituadas, a CONFRARIA DA 15 DE NOVEMBRO sempre sob utilizar a “praticar o BEM”... ou seja, fazer a leitura do antagonismo ao mal...hoje, humanamente, torna-se difícil ocasionar solidariedade espontânea.

Arrematando, finalmente, com a validação de todos os confrades, esta mensagem tocante ao nosso saudoso ZÉ DE SOUSA... nascemos, crescemos, morremos, esta é sequência natural da vida.

(...) Tudo que temos, e que não temos. É o tempo. (“”) Saudade é quando o corpo segue em frente e o coração fica pra trás.

                                                                                            DURMA DURADOURAMENTE EM PAZ!