Nelson Bandeira

É triste caracterizar essa patologia ingrata e infame, emergida numa completa inanição pela falta de cuidado e zelo por parte de seus governantes e representantes.

Hoje estão aparecendo as cicatrizes crônicas, talvez irrecuperáveis dessas coisas malfeitas, mal administradas, pela falta de um planejamento e/ou de um plano diretor que norteasse e conduzisse a cidade para o lugar merecedor de estar hoje.

Vamos espinafrar algumas mazelas:

CALÇADÃO - Avenida Getúlio Vargas. A obra em si para na poeira do tempo. Como uma construção muito bem aceita pela população, por ser diferente e bonita. É como você vestir uma roupa nova com o corpo todo melado de impurezas, com posteriori reação.

Fizeram tudo bonitinho, e esqueceram-se de deixar acessibilidade para contornar situações de riscos (fogo e incêndio); instalar hidrantes para o acoplamento de mangueiras contra esse tipo de catástrofe.

Parece-nos que naqueles benditos tempos, essa burocracia estava ainda em gestação, vindo a ser parida recentemente para desgosto de todos.
PRAÇA TIRADENTES - Outra herança desmantelada e repleta de malefícios - é o retrato em preto e branco de um curral, local imundo, espelunca para todos os pedaços aonde deveria ser a praça, provavelmente, seria a mais bonita de todas. Mas o capeta mandatário não quis assim.

ESTACIONAMENTO - É outra imundice em desorganização, confusão, anarquia, é uma atrapalhação fora da normalidade para quem dirige e coordena os órgãos de trânsito da cidade.

A situação bem aí talvez seja resolvida com a interseção de São Cristóvão, que é um santo muito bem quisto pelos umbandistas, orixás, motoristas, viajantes e taxistas. Mas, se não tiver poder celestial para agir forte, vai voltar para o seu lugar sagrado de taxi-lotação.

TRADIÇÃO DO LUGAR - Derreteram e fizeram torresmo, passaram farinha, comeram com garapa ou cachaça e mandaram para o arquivo morto.

Se perguntarem qual a tradição de Imperatriz, não se acanhe em responder: É A DESORGANIZAÇÃO!