A insegurança que campeia solta em nossa cidade é coisa assim de difícil análise como contribuinte e como cidadão – há de se questionar: até quando haverá um basta por parte da polícia, do judiciário, do governo como gestor principal de assegurar à sociedade o direito de ir e vir?
Saí e entram governantes e a coisa pública no que tange a “segurança” é um verdadeiro caos – os aparelhos coercivos não têm viaturas suficientes, combustíveis, contingentes desqualificados que garantam a paz e a tranquilidade do corpo social da cidade.
É importante pontuar que o envelhecimento, o idoso, a velhice e a terceira idade, todos existem diferença no uso dos respectivos termos – pelo qual merecem a atenção e a guarida do gerenciamento público.
Hoje são os alvos preferidos dos ladrões que andam por todos os lados; esse pessoal não pode ir aos bancos, aos correios, aos supermercados, às feiras livres, que são atacados, humilhados, vitimados pelos bandidos iluminados pela impunidade.
Um velho vendedor de laranja aqui nas proximidades do “mercadinho”, com seus 78 anos de idade, o gatuno lhe afrontou em plena luz do dia, derrubando-o ao chão, rasgando o bolso da calça e lavando mais de 700 reais.
Para completar sua ousadia de um verdadeiro “patife”, deu uma gravata no velho vendedor de laranja, colocando sua cabeça para trás, e dando-lhes várias palmadas no bumbum e ainda debochando:
“Você é um velho bem malcriado, indelicado, cheio de calundus, essas palmadas é para largar dessa saliência. Quando o ladrão pedir o dinheiro que deseja no momento do furto, dê. Está ouvindo? Coroa safado! Não resmungue!”.
Ah! Amigo, o velho ficou revoltado pela passagem humilhante e pelo cenário das mãozadas que levou na bundinha cheia de estrias, diante de toda a ironia do safado escamoteador.
E o pior de tudo isso é que não tem para onde recorrer... se prende, dois dias está solto, e autorizado a praticar mais mazelas que achar conveniente.
O laranjinha (vendedor) foi ao mercadinho e comprou numa daquelas mercearias um “punhal” com o cabo decorado de cobra surucucu de fogo; mandou afiar, dizendo que na próxima o agafanhador vai provar o sabor que com o ferro se fere e com o ferro será ferido. Ainda bem que sabe o risco que corre.
Mas o ancião, na semana seguinte do acontecido e da situação vexatória que passou como sofredor, soube de uma bela notícia. O ladrão que o fez refém tentou outra trama dessa e se deu mal... Passaram-lhe a “pólvora” mandando-o para a coivara dos infernos, aonde todos deveriam ir.
Como bem sintetiza o dicionário do diabo: “Ladrão: nome vulgar para um indivíduo com sucesso em obter a propriedade dos outros”. Merecem ser queimados com o fogo quente do capeta.
Machado de Assis já sentenciava: “A ocasião faz o furto; o ladrão nasce feito.”
Tenha um bom fim de semana.