Foi necessário o país viver uma pandemia para que o processo republicano de Marechal Deodoro da Fonseca designasse a data, como no passado sempre foi, para realização das Eleições Eleitorais (2020) para o dia da “Proclamação da República”.
Mas no Brasil as leis que normatizam as eleições gerais têm mais marca do que casco de “jabuti”. Não se respeita tradição e, tampouco, a história política brasileira dos idos de 1889.
Infelizmente, os falsos hermeneutas impregnam ao seu molde a figura de linguagem conhecida de Onomatopeia o (blábláblá) para impor suas próprias conveniências.
Todo este cipoal de emenda e remendos faz com que os sedentos personagens do enredo político comecem a engendrar: (Keep calm and stop) – Mantenha a calma e não venha com “mimimi” nestas eleições.
Este pleito eleitoral deste ano, para prefeito e vereadores, terá dimensões aliadas ao acaso; sem pensar muito, à procura de alvo no escuro.
Os efeitos colaterais de tudo isso, só quem vai ressentir sem pena e nem dó – é a população eleitora.
Com um, porém, a oferta de moeda cunhada para aquisição do “voto” vai ser meia escassa. A disponibilidade financeira não está tão fácil como dantes...
Principalmente, para os candidatos a vereador. A enxurrada é grande; é tanto partido com siglas sem qualquer coerência partidária (podemos, queremos quero-quero) com muita gulodice de chegar ao poder.
O emprego temporário é promissor, embora, por um período de quatro anos, se eleito, fica sem nenhuma obrigação de fazer nada; as exceções são pouquíssimas depois peneiradas. A miopia é quase totalitária.
Todavia, o eleitor menos esclarecido, que seja, está mais ressabiado do que nunca.
A comunicação de hoje é expansiva; informando quem é quem deste tabuleiro de interesse coletivo. Método útil para obter informação dos tencionados ao cargo que disputa.
Os postulantes ao posto de prefeito são mais aquinhoados financeiramente.
Portanto, quem for frágil que se quebre. O jogo é bruto. A briga pelo poder, como diz o dito popular, faz vaca desconhecer até o bezerro.
E o pior de tudo, que a ladainha é a mesma. Não se vê um projeto, um plano de ação, que desmistifique a intolerância maior de ser candidato, não... Ser por ser... Lindo! A predestinação.
Os aspirantes têm que imaginar que a população cansou de certos marasmos de tanto ouvir promessas. As redes sociais estão reavivando isso constantemente.
A fonte do dinheiro sem nome e de retirada fácil, acabou! E o povo (eleitor) não será mais saco de pancada para políticos sem proposta para cumprir.
Lembrando: Eleição é como garimpo: ganha ou perde... os prejuízos da derrota, muitas das vezes, são irreparáveis; este é o diagnóstico mais fácil de acontecer...
O estrago é maior do que o remendo. Depois vem o choro dos espocas urnas com um sonoro “não” vindo da temporada dos pobres e da descarada rejeição.
Certo estava Platão: “O castigo dos bons que não fazem política é serem governados pelos maus”.
Lembra-se: Voto não tem preço, tem consequência.
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