Essa é a toada! Aquilo que pode ser percebido através dos ouvidos. Com essas partituras ele foi longe. Quem?!
O bombardinho, assoprado na época por um adolescente, hoje ancião quase com seus 89 aninhos nas costas que merecem nosso respeito.
Demostrava amabilidade, acolheu do velho músico depois de bastante afago. Esse deleite que embriagava seu ego para sussurrar de forma maliciosa o dó, ré mi, fá, sol, lá, si... assoprando seu bombardinho na aurora dos domingos.
Orgulhosamente, comentava o desfecho dessa trajetória musical, cantando os dotes das letras inspiradoras do seu soprano.
No velho convento dos padres franciscanos ao lado da igreja matriz, debruçava-se sobre os princípios disciplinares instituídos pela ordem religiosa como prática dos bons costumes.
O fardamento sempre bem usado com tecido de cor amarela caqui, bem ajustado no corpo, com seu imponente instrumento musical.
Assim desfilavam no pátio da igreja, e pelas ruas da cidade, bravamente ao som dos músicos instrumentistas, tocando hinos militares.
Uma das estrofes: “Selva, selva, é lugar bom de morar, é carrapato para todo o lado e borrachudo a picar”.
Os padres franciscanos, sempre atenciosos e ao lado daqueles jovens em louvor à adoração através de instrumentos de sopro.
A religiosidade católica sempre foi, em tempos idos, a base estrutural daqueles futuros homens, com o apoio inconteste daqueles missionários de Deus.
Eram presbíteros de pele muito branca, com aquela batina preta que significa a morte para o mundo, com 33 botões (a idade de Cristo) e 5 abotoaduras (as chagas de Jesus).
Isso para ratificar a importância que aqueles missionários tinham para a juventude em evidência e sob a orientação sacerdotal.
Naqueles bem lembrados tempos, qualquer fuá na cidade sempre chegava aos ouvidos de muitos e para delírio de todos, especialmente quando o “bombardinho” entrava em ação.
Hoje, o mundo é outro. O que era tradição daquele velho distrito de ordem religiosa foi para o espaço, para alguns só restam saudades.
Mas fica o que é mais importante: o orgulho de ser músico, participar da banda e pronunciar bem forte: “Nada assenta melhor ao corpo que o crescimento do espírito”.
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