Vamos sair da sociedade pejorativa e campear na sociedade discreta, onde o espírito filantrópico é circundado de ritualística, de segredo, ao ponto de ter, simbolicamente, também, da crendice.
Em suas manifestações festeiras, onde se usa o jargão “essa festa está cheirando a bode!”.
São factóides que a ordem maçônica no momento de entretimento, quando comemora-se um ato iniciatório de um profano, ou seja, o homem pagão, irreligioso, impedindo de comungar-se com o templo sagrado.
Consequentemente, nestes brasis ainda perdura a conceituação de que a Maçonaria é coisa do capiroto, tendo como seu mito festivo o “BODE” – é considerado feiticeiro e fedorento, especialmente quando é todo preto.
Mas a ordem dessa denominação data do ano de 1808 – O bicho já perturbava naqueles templos maçônicos.
O elemento dessa linguagem foi da Palestina pra lá; curiosamente, no tratamento era comum ver um fulano falando no ouvido de um BODE, animal muito paparicado naquela região – por isso ninguém dava informação.
O BODE e seu confidente. Como ele não fala, o confesso fica certo que seguro de que seus segredos serão mantidos e não revelados.
Este é o segredo da pia batismal do maçom – guardar segredos da sua iniciação e elevações de graus. Caso contrário, vai acertar suas contas com o BODE preto, lá no purgatório reservado para este fim.
Por que isso? Nos mistérios da ordem, não há covarde ou delator entre a classe; seu traje determinado é o preto. O mundo logicamente era outro no passado... Mas, ainda, se festeja e se comemora com esses matizes. Dependendo muito da loja.
A ausência das condições vem da escolha. Se for fragilizada, opondo-se à crença/fé, se tiver uma governabilidade fraca, sem sal, fazendo voltar o velho pedreiro a levantar suas paredes de taipa e convier com a pedra bruta. Não sai da caverna.
O mundo profano habituava-se, como mero convidado, para participar de um ato fraternal, dizendo:
“Senhor, esse pessoal (maçons) parece BODE, por mais que procuro saber das coisas, não consigo arrancar-lhes nenhuma palavra”.
Simbolizando: “BODE” é aquele que não fala e que sabe guardar segredos.
Não existem preceitos fundamentais, como instituição maçônica, que contrarie pessoalmente os seus landmerks (as mais antigas leis que a regem), composta de uma visualização de mundo.
Veja como é convergente no que diz à enciclopédia da maçonaria universal:
“Sociedade secreta de fins filantrópicos e de assistência e defesa mútua aos seus membros, admitidos dentro de certos requisitos morais e após passarem por um rito iniciatório”.
Os bodes velhos têm que mostrar mais e mais, ensinando para que os iniciados andem pela trilogia filosófica da ordem, seja o usufruto de sua sabedoria e discernimento de que: “A LIBERDADE dos indivíduos; A IGUALDADE dos direitos, deveres e obrigações; A FRATERNIDADE entre todos os homens”.
Os verdadeiros bodes (maçons) são aqueles que irradiam felicidade, otimismo e, acima de tudo, sentem prazer nas mínimas coisas.
Emociona-se com tudo, desde choro da criança até o andar trôpego do ancião.
Rogo que em 2015, a Maçonaria, especialmente de Imperatriz, visualize com mais intensidade, opinando, observando, indicando, apoiando, e que os BODES estejam de pé, e a ordem, para os desafios dos problemas que a sociedade está e vai continuar enfrentando no dourador século que estamos vivendo.
Fraternal abraço a todos!
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