Pois é. A folia foi embora; deixou o rastro das consequências já previstas, mas, também, satisfez o desejo daqueles que amam e adoram desse tipo de festividade popular.

As coisas e o tempo mudaram. Há 20 anos, eram os clubes sociais que corriam atrás de associados e convidados para abrilhantarem seus bailes carnavalescos.

Eram festas privadas; com preços bem salgados - comprar uma mesa para temporada - acontecimentos devidamente programados, principalmente para os salões do Juçara Clube como Tocantins e outros menos conhecidos.

O movimento de ruas era na base do pó de a maisena. O chiquérrimo ficava para as noitadas, cada uma, com seus jargões prediletos com suas atrações alusivas.

Aquelas casas noturnas e recreativas tinham suas propostas de vendas e lucros contabilizados para serem aplicados, como melhorias, nos ambientes de propriedades das associações equivalentes.

Quando se encerrava tudo, promovia-se a famosa prestação de contas; aqueles que deixavam para saldar seu consumo no final da festança; cortava volta para meter à mão no bolso... Mas pagava.

Quando Imperatriz começava andar com suas futuras prospectivas para ser uma cidade grande; esses recintos levavam a cabo atividades sociais culturais, recreativas (de lazer) ou desportivas – com o intuito de enriquecer a vida social da sociedade.

Com o reflexo, via inchaço urbano, com o crescimento desordenado, agregados aos problemas sociais e de infraestrutura; essas agremiações foram se enfraquecendo ao ponto de desfazer por completo desses entretenimentos... Acabou-se o que era doce...

Olha! O que se mantém na memória como forma de reminiscência... A plêiade ilustree/ou grupos organizados, eram desafiadores, no que significou quanto aos seus contratos artísticos de apresentação...

O Clube Juçara trouxe ATurma do DIDI (Os Trapalhões), cantores como Nelson Gonçalves, Altemar Dutra, Moacir Franco, Beth Carvalho, Jairzinho, Emilio Santiago e tantos outros famosos, para satisfazer as perspectivas tentadoras do dileto quadro associativo.

Já o Tocantins, no mesmo naipe, também, embora distante proximamente uns 15 quilômetros da cidade, buscou tanto quanto seu parceiro, figuras como Luiz Gonzaga e o maior de todos...

O Rei Roberto Carlos se exibiu para um público de 200 pessoas, num local não urbanizado – zona rural – ficou evidenciado pelo próprio artista que foi o menor número de simpatizantes que ele já se apresentou.

O Juçara foi leiloado por consequência de uma ação trabalhista, que segundo se fala, a rescisão não chegaria a R$-500,00 – no entanto, o patrimônio foi para o beleléu... Sem direito indenizatórios aos proprietários.   

Aqui sempre foi uma cidade de muitas contradições; históricas, pública, principalmente, privada, informal, social; não tem tradição nem de santo; agora, convivendo com a genérica bagunça que dar o direito de receber (quiçá) o troféu de campeã...

Só falta acontecer o Dilúvio, e tem tudo pra isso; Segundo Gênesis: uma inundação desastrosa de toda a superfície desta grande Metrópole... Para refazer e começar tudo de novo, desde fundador.

A cidade contempla-se com diversificados desmandos, desregramentos, abusos; o índice maior dessas mazelas é provocado, também, pelas comunidades; não ajuda e nem contribui para o bem-estar de sua cidade.

Entende-se que a vida urbana nada mais é que, um ilimitado espaço onde carece de preservação, manutenção e cuidado público... Para acontecer tem que haver reciprocidade – governantes e população.

Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe pra onde ir (Sêneca).

                                             Desejamos um ótimo descanso.