
Nomes à sucessão
Não querendo ser a mãe Diná ou pessimista, não vejo mais o PSDB como figura principal nas eleições do ano que vem. No máximo, será coadjuvante no processo. E a culpa, é claro, é do próprio partido, que nestes quase sete anos no poder não procurou, através do seu principal líder, Madeira, a formatação de um nome para sucedê-lo. Hoje, ao anunciar através de artigo do secretário Elson Araújo que o ninho está se remexendo ou mexendo, demonstrou que vai trabalhar para indicar o candidato a vice e não a prefeito. É simples este raciocínio, que muitos irão criticar e até tentar desmerecer: não se vê um nome - embora tenha - com tempo suficiente para cair em campo e solidificar seu nome para a sucessão. A primeira impressão que fica é que Madeira não quis ou pensou em ninguém para continuar no cargo e desta forma se preservar politicamente.
Tentaram
Lembro que, no início do governo, nomes como os de Sabino Costa, Ribamar Cunha Filho, Hamilton Miranda, Daniel Souza e outros até tentaram ocupar um espaço que poderia levá-los à condição de candidato para ganhar e não apenas participar, contudo foram barrados em suas pretensões dentro do próprio grupo e ninho. Agora, tem a opção de serem indicados como companheiro de chapa.
PMDB
Já o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) começa a se movimentar, talvez com o mesmo propósito de indicar o vice numa futura composição. Ontem realizaram reunião para discutir o tema - conforme a coluna já havia antecipado - e decidiram, a priori, que vão mesmo disputar a eleição com candidato próprio.
Brincadeira
A vereadora Fátima Avelino colocou seu nome à disposição do partido e entre os novos filiados, ontem, estava o empresário Jurandir Teixeira e uma de suas filhas. Antonio Leite comandou o encontro, que foi completado com almoço.
Histórica
O presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, definiu como histórica a posse, na sexta-feira (6), da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil. “Como sempre fizemos em nossa história, a Ordem dos Advogados do Brasil busca promover o Estado Democrático de Direito e a justiça social. E foi atenta a essa realidade de desigualdade e discriminação que, provocados pela sociedade civil organizada, decidimos instituir a Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil”, afirmou.
Cotas
Marcus Vinicius lembrou que a OAB foi ao Supremo Tribunal Federal defender a constitucionalidade das cotas raciais nas universidades e, agora, dá mais um passo no sentido de resgatar a história do país. “Essa comissão que hoje é empossada tem a nobre função de promover o resgate histórico desse período, buscando a aferição de responsabilidades e a demonstração da importância das ações de afirmação como meio de reparação à população negra”, declarou. “Reafirmamos, assim, nosso compromisso com a promoção da igualdade, da justiça e da inclusão social de todos os cidadãos brasileiros, independentemente da cor de sua pele”.
Violência
O presidente da OAB Nacional reconheceu que essa será uma tarefa difícil e cheia de obstáculo, pois a população negra no Brasil, mais de dois séculos após a abolição da escravatura, ainda é a que mais sofre com a violência, com as mortes violentas e prematuras, com o alto encarceramento, e com menos acesso aos serviços de saúde e de educação.
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