Acertos e erros

Até agora, o governador eleito Flávio Dino (PCdoB) mais acertou que errou na escolha dos seus secretários – pelo menos teoricamente, já que apenas a partir de 2015 será visto o efeito prático dessas escolhas. Os nomes do jornalista Chico Gonçalves, para a pasta dos Direitos Humanos, e o do médico Marcos Pacheco, para a Saúde, são corretos do ponto de vista da atuação de cada um. Apesar de atuar mais na área da comunicação – sobretudo na academia – Gonçalves é um militante do PT envolvido diretamente nas lides dos movimentos sociais. Ex-adjunto da Prefeitura de São Luís, Pacheco tem a experiência administrativa necessária e o traquejo político de ex-deputado para comandar a Saúde. Clayton Noleto, estudioso, equilibrado e determinado, além de integrar o grupo de extrema confiança do governador, certamente dará o troco com trabalho, correção e honestidade naqueles que o criticam hoje, exatamente por discriminação a Imperatriz.

Administrar

Mesmo porque a função de um secretário é coordenar, articular e fiscalizar as execuções da sua pasta. Para isso, monta uma equipe de profissionais competentes e dá a missão a cada um deles. Não há mistérios em ser secretário quando se quer fazer o melhor e de forma correta.

Conhece

E a escolha de Rosângela para adjunta da Saúde também foi importante, tendo em vista que a ex-candidata a deputada conhece como poucos a situação da saúde no estado. Por vários anos prestou assessoria aos municípios e pode usar este conhecimento para melhorar o sistema público de saúde.

Limpas

Flávio Dino vai confirmando o que dissera em campanha: não nomeará nenhum ficha suja ou quem tenha processo por corrupção. Mesmo porque há uma lei que proíbe a contratação ou nomeação de fichas sujas para a administração estadual.

Parentes

E disse ainda que no seu governo não teria nenhum parente nomeado. Acho desnecessário, pois sou daqueles que entendem que se há pessoas competentes para assumir determinada função na família. O gestor deve, sim, nomeá-lo. O que não pode é simplesmente para receber proventos. Como fazem muitos prefeitos, que colocam todo mundo na prefeitura.

Transição

O governo estadual do Tocantins ainda não se manifestou sobre o início da transição administrativa, mesmo com o pedido formal já protocolado por parte do governador eleito Marcelo Miranda (PMDB). O governador Sandoval não deu até agora resposta sobre o assunto. Parece que ainda está em palanque.

Bom senso

O coordenador da equipe de transição, ex-secretário de Segurança Pública, Herbert Brito, o Buti, disse na tarde de quarta-feira, 29, que espera bom senso por parte do governador Sandoval Cardoso. “Ainda não recebemos nenhuma resposta. Espero que o governo reveja seu posicionamento e tenha bom senso para que proceda no regime democrático”, frisou se referindo à estimativa recente que Sandoval Cardoso fez de que a transição ocorra apenas após a diplomação do eleito, ou seja, a partir de 19 de dezembro.

Prejudica

Segundo Buti, a ausência de transição prejudica a população. “A ausência de transição prejudica a população e tenho certeza que nem o governo eleito nem o atual quer prejudicar a população”, frisou.

Enxugar

Na campanha esse foi um dos pontos defendidos por Miranda, que falou várias vezes em unificar, por exemplo, órgãos como o Itertins, Naturatins e Ruraltins. O coordenador disse que o grupo da nova gestão vai planejar a nova estrutura orgânica. “A estrutura que está aí é pesada e precisa passar por uma reformação profunda temos que fazer uma máquina enxuta mais ágil e mais eficiente”, frisou. Outro ponto que preocupa o coordenador é a situação econômica do Tocantins.