Pesquisas

Tenho dito a alguns comunistas mais afoitos que a cada dia a situação na corrida eleitoral está mudando no Maranhão e que, por conta disso mesmo, eles calaram sobre as pesquisas que faziam a cada quinze dias e sempre comemorando os resultados. Agora, não divulgaram mais nenhuma. Para confirmar o que estamos comentando, ficaram insatisfeitos com uma pesquisa encomendada pelo jornal O Imparcial e impediram, através da Justiça, sua divulgação. Por que terá sido que o comunista recorreu à Justiça para impedir a divulgação? Há dois pontos para explicar o pedido.

Alianças

O PCdoB não teria gostado de uma das perguntas do questionário que indagava sobre a aliança entre o senador Lobão e Lula/Dilma e sobre Dino/Aécio/Eduardo. Isso é mentira? Claro que não. Basta ver as alianças. Que hipocrisia é essa? Por que agora quer esconder seus aliados?

Senador

Outra motivação seria o fato de que na pesquisa foi incluído um cenário em que aparece o nome do ex-governador João Castelo como candidato a senador e não interessa para os tucanos, leia-se Brandão e cia. A pesquisa poderia assanhar o ninho novamente.

Barganha

Apesar de anunciado, não é real o interesse do PPS em voltar a discutir candidatura própria caso não sejam cumpridos acordos – sempre eles – fechados com Flávio Dino (PCdoB) à época da adesão da deputada estadual Eliziane Gama. Os popular-socialistas, na verdade, apenas barganham para conseguir uma posição melhor para os seus candidatos a deputados.

Chapão

É que na oposição todos defendem uma chapa única na eleição proporcional, tanto estadual como federal, com todos os partidos da coalizão dinista. Já o PPS quer todos os partidos que tenham deputados estaduais e federais com mandatos em uma chapa e o PPS junto aos partidos que não têm detentores de mandatos em outra. E por isso “ameaça” lançar candidatura.

Assembleia
 
A deputada estadual Eliziane Gama (PPS) vai acabar tendo que disputar a própria reeleição à Assembleia Legislativa como saída para sua equivocada decisão de abrir mão da disputa pelo Governo do Estado, atrelando-se à campanha do comunista Flávio Dino. Suas chances de eleição à Câmara Federal são diminutas, a começar pelo movimento evangélico, que tende a se dividir entre diversas candidaturas para o mesmo cargo que ela pretende.

Evangélicos

Só na Assembleia de Deus, ela terá de dividir votos com o deputado Costa Ferreira (PSC) e Mical Damasceno, que vem a ser filha de ninguém menos que o presidente da convenção estadual da denominação, pastor Pedro Aldy Damasceno. Além disso, enfrenta outra força evangélica no próprio partido, o pastor Luiz Carlos Porto, vice-prefeito de Imperatriz.

Complicada

E não é apenas Eliziane Gama que está numa sinuca de bico. Luiz Porto e Rosângela Curada, por enquanto, estão fora da lista dos prováveis eleitos em face à formação das coligações. Da forma que estão sendo montadas, serão bucha de canhão para elegerem José Reinaldo, Weverton Rocha, João Castelo, Deoclides Macedo, Luana Alves (primeira-dama de Santa Inês) e nada mais nada menos do que sete deputados federais em busca de reeleição – Waldir Maranhão (PP), Domingos Dutra (SDD), Pinto Itamaraty (PSDB), Simplício Araújo (SDD), Hélio Santos (PSDB), Weverton Rocha (PDT) e Zé Vieira (Pros), que deverá ser substituído pela mulher. E todos com a força das emendas parlamentares usadas em suas bases.

Errar

Se, por outro lado, decidir concorrer à reeleição, a deputada não encontrará mais o caminho tão fácil como deixou. No PPS, terá que disputar uma vaga com o professor Wellington do Curso, hoje o nome mais forte do partido. E nas igrejas, enfrentará as fortes candidaturas do ex-deputado Edivaldo Holanda (PTC) e da própria Telma Pinheiro, fortíssima na Assembleia de Deus. Na política, se jogar errado, não terá chance de recuperação.