Produzir alimentos saudáveis sem envenenar as pessoas e o meio ambiente foi um desafio presente na agricultura atual. Para pensar esta questão, participantes do III Congresso Nacional da Juventude Camponesa participaram da Mesa Temática do Plano Nacional de Agroecologia, que foi assessorada por Alexandre Pires, do Instituto Sabiá e por Cássio Trovatto, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Cássio Trovatto comentou a importância do Brasil ter um Plano de apoio para estimular o desenvolvimento da agroecologia. Alexandre Henrique Bezerra Pires falou que o plano diz respeito a um conjunto de ações e metas de 12 ministérios do governo federal que contemplam medidas no campo, a exemplo da segurança alimentar, acesso aos mercados e outros elementos com foco na agroecologia.
A partir dessa mesa temática, o jovem camponês de Santa Catarina Maicon Perdesseti, que auxiliou na coordenação da mesa, garantiu que é possível entender melhor o plano. "Este plano vem com a proposta de contribuir na produção agroecológica no Brasil. Mas podemos notar que falta ainda um processo de comercialização adequada para os produtos já que só o PA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) não dão conta de suprir a necessidade de comercialização", enfatizou.
Perdesseti ressalta que é necessária a efetivação de uma política pública capaz de oferecer oportunidades de comercialização para que a classe trabalhadora da cidade também tenha acesso a esses produtos. "É preciso entender que a agroecologia é muito mais que produzir e comercializar, ela é uma forma de vida com interação entre a natureza e o ser humano", enfatiza. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Pastoral da Juventude Rural - PJR - texto: Claudia Weinman (PJMP-PJR- Santa Catarina) e Cleymenne Cerqueira)