As garotas que esperam os usuários do banheiro do Villa Viola: de olho no material

O assunto ora abordado pela coluna já foi tema de inúmeros colunistas Brasil afora. Veja o que disse o colunista Luigi Poniwass - do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, por exemplo. Confira:
Refinados notívagos, hoje o assunto quase escorrega na escatologia – embora não deixe de ser uma discussão relevante e que pode ajudar a convencer os empresários da noite a melhorar o ambiente dos seus estabelecimentos.
Cazuza já dizia que “o banheiro é a igreja de todos os bêbados”. Mas mesmo quem não chega ao ponto de cair de joelhos nesses “santuários” costuma frequentá-los várias vezes numa mesma noite. E sabe que normalmente os banheiros de bares e casas noturnas movimentadas são mais ou menos iguais – razoavelmente limpos e perfumados no início da noite e horripilantes no fim.
Tudo porque eles são as ovelhas negras dos bares – marginalizados por arquitetos, negligenciados nas reformas, muitas vezes improvisados e quase sempre com manutenção deficitária. Sem falar na falta de modos, higiene e compostura de boa parte dos usuários dos toaletes nas baladas.
Mas alguns lugares ganham fama (boa ou má, dependendo do caso) justamente por causa dos seus banheiros. Como destaque positivo, eu citaria o sertanejo Villa Viola, nota dez na categoria criatividade e dentro da média em limpeza e conservação: no sanitário masculino, os mictórios são grandes baldes de leite (!), daqueles usados em fazendas.

Mas o melhor são as fotos gigantes na frente de cada um deles, com lindas modelos em poses bem-humoradas – uma com uma trena, outra com uma lupa, a terceira com uma tesoura de jardinagem (!) e a última com uma máquina fotográfica. O banheiro das mulheres da mesma casa, como dá para ver nas fotos mandadas pela assessoria, também é decorado com grandes fotos de modelos masculinos em poses sensuais - só que de gosto meio duvidoso.
O Vox Bistrô é outra casa noturna com toaletes bonitos, tanto na parte de baixo como no lounge superior. No banheiro masculino de baixo, por exemplo, o destaque é a silhueta do cineasta Alfred Hitchcock. Em cima, o melhor são as frases famosas e ditados populares sobre o ato de beber, que circundam as paredes do espaço.
Na outra ponta da lista, entre os banheiros mais tenebrosos da noite curitibana, um dos favoritos é (ou era, pois faz tempo que não vou lá) o do novo Hangar Bar. O masculino era tosco, normal, mas assustador mesmo era o feminino, segundo contou minha namorada: além de rudimentar e improvisado, não tinha portas (!) nos reservados. Ou seja, as meninas – que já têm uma série de dificuldades e restrições nos banheiros públicos – precisavam ficar ali, naquela posição constrangedora, na frente de todas as outras.
Entre os masculinos, um que era horrível (não sei se já foi reformado) era o do andar superior da Aoca Bar: um metro quadrado, com um mictório minúsculo de cimento ao lado da pia – de plástico, se não me falha a memória. Ah, e eu quero deixar registrado o meu protesto contra a constante – e quase generalizada – falta de papel higiênico nos banheiros masculinos. O fato de usarmos quase sempre os mictórios não torna o papel “dispensável” para os homens.
E vocês? Quais os melhores e os piores sanitários que vocês já frequentaram na noite? O que as casas podiam fazer para melhorá-los?