Para resumir a conversa, quanto maior o sentimento de insegurança, maior a intolerância (irritação, impaciência) para com o movimento, quanto maior a intolerância, maior a agressividade, a culpa e consequentemente a ansiedade, que aumenta a insegurança, que vai gerar a compulsão, ou seja, o ato físico que vai trazer uma sensação de alívio momentâneo, mas acaba aumentando a sensação de insegurança pela impossibilidade de realizar completamente a compulsão. A obsessão é o pensamento negativo que se repete. A compulsão é o ato físico que devolveria a segurança para a pessoa.
Tratar este tipo de transtorno é sempre trabalhoso. Até alguns anos atrás o tratamento trazia poucos resultados e as pessoas continuavam com as suas manias e personalidade. Hoje o tratamento é duplo, precisando a pessoa fazer um tratamento químico (medicamentoso) e psicoterápico (terapia cognitiva). A medicação é necessária para diminuir o grau da ansiedade e para aumentar o grau de energia psíquica para que a pessoa possa romper o círculo vicioso do pensamento obsessivo. E fazer a psicoterapia para se reeducar a ser menos intolerante em seus sentimentos mais profundos e diminuir o seu sentimento de culpa e a autoagressividade, com uma conduta reta, honesta e transparente. Os resultados têm melhorado muito, mas dependem fundamentalmente da capacidade da pessoa mudar os sentimentos internos de forma verdadeira e sincera. Os remédios sozinhos acabam não resolvendo o problema. (Fonte: www.ansiedade.com.br)