Dia 1º de dezembro, quando se celebrou o Dia Mundial de Combate à Aids, verificou-se que o panorama geral é que, apesar de significativas conquistas, a doença requer ainda muitos esforços para que seu avanço seja controlado. De acordo com os dados da Onusida (por suas siglas no espanhol) divulgados na semana passada, quase 7 milhões de pessoas infectadas com o HIV precisam de assistência, mas não têm acesso aos tratamentos. O trabalho indica, ainda, que das 34 milhões de pessoas que vivem o vírus, cerca da metade desconhece seu estado sorológico, o que retarda o tratamento e pode elevar o número de óbitos.
O acesso aos antirretrovirais ainda é a grande questão a ser vencida e isso envolve políticas e indústrias farmacêuticas poderosas que operam, ainda, dentro da lógica capitalista. O resultado disso é o encarecimento dos vários remédios necessários para um tratamento eficaz.
“Urge reduzir os custos dos tratamentos de segunda e terceira linha e explorar novas formas de expandir e manter o acesso ao tratamento, tais como a produção nacional dos medicamentos e a aposta por recursos de financiamento inovadores”, destacou o relatório da Onusida.
Em 2011 foram notificados 2,5 milhões novos casos positivos, o que leva à conclusão que, mesmo com campanhas, ajudas governamentais e mais mobilização da sociedade civil, o índice segue em acréscimo. Para isso, ressalta o relatório, é preciso que haja uma sintonia entre a provisão de serviços de prevenção ao HIV.
Sobre a parcela da população mais atingida, o documento informa que os/as profissionais do sexo, homens que têm relações sexuais com homens e os usuários de drogas injetáveis seguem sendo o grupo mais afetado.
O relatório lembra que os dados são divulgados quando faltam 1.000 dias para que a resposta à Aids atinja seu tempo limite para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Dia 1º de dezembro, em várias cidades do mundo, ocorreram várias mobilizações e ações na luta contra a Aids, exigindo mais acesso aos tratamentos, redução dos custos dos medicamentos, mais campanhas educativas e mais compromissos dos governos.

Dados gerais:
34 milhões de pessoas vivem com o HIV no mundo.
2,5 milhões de pessoas foram infectadas em 2011.
1,7 milhões morrem em decorrência da doença.
Fonte: ADITAL, Agência de Informação Frei Tito para América Latina. A ADITAL é uma agência de notícias que nasceu para levar a agenda social latino-americana e caribenha à mídia internacional.