É preocupante e alarmante a atitude da maioria dos jovens de hoje quanto ao gosto pela leitura de jornais e revistas e pelo interesse em assistir aos telejornais. A maioria não lê mesmo e não tem conhecimento de nada: nem do presente nem do passado. A maioria, quando acessa a internet em casa ou em lan house, não é para lê notícias de importantes sites como G1, Uol, Terra ou dos grandes jornais ou jornais regionais ou locais, mas sim para entrar nas redes sociais ou ver as notícias resumidas de fofocas sobre celebridades. Se você perguntar agora aí para o próximo jovem que passar em sua frente qual o nome do ex-presidente do Partido dos Trabalhadores que tomou posse na semana passada (3 de janeiro) como suplente do PT na Câmara, mesmo tendo sido condenado por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal, a maioria não vai saber responder que foi José Genoíno. E se perguntar para este jovem quem foi Genoíno no passado, o que foi a Guerrilha do Araguaia e onde ocorreu este movimento, aí que piorou. A maioria não vai saber mesmo.
A Guerrilha do Araguaia ocorreu no início da década de 1970 na região de Xambioá (PA) e o movimento armado foi organizado pelo PCdoB com o objetivo de lutar contra a ditadura, começando pelo campo. A guerrilha teve fim com a intervenção do Exército em 1973, o que provocou a morte de alguns guerrilheiros e a prisão de outros integrantes do movimento, entre eles José Genoíno.
José Genoíno foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa no processo do mensalão. Ele era presidente do PT na época em que estourou a denúncia de um esquema de desvio de dinheiro público e de entidades privadas para a compra de apoio político ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O deputado foi condenado a 6 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto, mas os advogados ainda podem apresentar recursos. O STF decidiu que os parlamentares condenados em ação penal terão seus mandatos cassados automaticamente após a publicação da sentença. (Com informações da Agência Brasil).
Edição Nº 14598
Jovens fogem da leitura
Lima Rodrigues
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