Em 1981-82 eu fui cinegrafista em Uberaba (MG) na TV Uberaba, à época, afiliada do SBT. Depois de um ano e meio voltei para Brasília e concluí meu curso de Jornalismo no CEUB, em 1984. Como cinegrafista e depois como repórter, também corri risco de morte, tanto em reportagens quanto em viagens em pequenos aviões, especialmente na Amazônia. Em protestos em Brasília durante o governo Sarney, também sofri com gás lacrimogênio e bombas de efeito moral. A vida de repórter é sofrida. É grande o índice de morte de jornalistas em todo o mundo, principalmente no Golfo Pérsico. Em meu nome, em nome do cinegrafista do Conexão Rural, Anderson Campos, e dos demais fotógrafos e cinegrafistas que aparecem nas fotos abaixo, quero aqui manifestar total repúdio aos atos violentos contra qualquer pessoa, jornalista ou não, e pedir e torcer para que os culpados pela morte do companheiro Santiago Andrade sejam devidamente julgados e condenados pelo ato covarde que cometeram na quinta-feira passada durante uma manifestação no Rio de Janeiro. Que Deus dê força para a viúva e os filhos do repórter cinematográfico Santiago Andrade. Em uma hora desta não dá para dizer boa noite. Infelizmente.