O segundo exemplo ocorreu à noite em uma praça movimentada de Parauapebas. Um jovem que caminhava à minha frente rasgou uma folha de papel e, na maior tranquilidade do mundo, soltou pelo chão da Praça do Cidadão os pedacinhos de papéis.
Quando me aproximei dele eu disse: “Mas, meu caro, você jogando esse papel picado em plena praça, quando poderia jogá-lo em uma lata de lixo ou até mesmo nas cestas de lixo dos carrinhos que vendem cachorro quente, salgados e outros lanches na praça...
O jovem fez ouvido de mercador e seguiu em frente, quando eu completei a frase, sem saber quem estava ao meu lado: “Que absurdo!”. Ao meu lado estava uma senhora que trabalha como gari, que declarou: “É moço, ele está jogando aí para a gente limpar depois. Eles sempre fazem isto. A gente limpa e as pessoas sujam na maior cara de pau”, comentou a jovem trabalhadora da área de limpeza na empresa que presta serviço para a Prefeitura de Parauapebas. Detalhe: a cinco metros do rapaz sujão se encontrava um gari varrendo e recolhendo os papéis e outros objetos descartados por populares na bonita praça da cidade. Ele conduzia um carrinho de mão o suficiente para armazenar vários quilos de lixo seco.