É importante que as autoridades de Imperatriz e de outras cidades do Maranhão sigam o exemplo das autoridades de Parauapebas (PA) no que se refere à fiscalização de casas noturnas. Na semana passada, uma operação que envolveu a Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar e Conselho da Criança e do Adolescente e da Justiça do município, flagrou absurdos na cidade no que diz respeito ao funcionamento de boates e bares. Até uma megacasa noturna que seria aberta, após uma maciça propaganda nos meios de comunicação, foi atingida pela operação e não chegou nem a ser inaugurada. O prejuízo foi grande, já que uma famosa dupla sertaneja cantaria na inauguração da boate.
Um delegado que participou da operação alegou que seria melhor que o empresário tivesse o prejuízo à cidade sofrer perdas humanas com uma tragédia anunciada. Segundo o delegado, se em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, morreram mais de 240 jovens, em Parauapebas a tragédia seria o dobro, já que a cidade não conta com o Samu nem tem estrutura hospitalar suficiente para atender a uma determinada quantidade de pessoas em caso de emergência. A megaboate e outras casas foram notificadas ou fechadas por não oferecerem a mínima segurança para seus frequentadores. A operação acabou até mesmo interditando um motel, onde menores – meninas e um garoto – foram flagrados em companhia de adultos. O motel foi multado e interditado e os responsáveis vão responder a processos pelos atos irregulares.
Mas isto não ocorre só no Pará não. Ocorre também no Maranhão, no Tocantins e no resto do Brasil. Uma fiscalização intensa, principalmente agora nesta época de festas de fim de ano, pegaria em flagrante muita coisa errada e poderia salvar muitas vidas. É melhor prevenir do que remediar. Está feito o alerta.
Edição Nº 14883
De olho nas casas noturnas
Lima Rodrigues
Comentários