Jim Boumelha, presidente da Federação Internacional dos Jornalistas

O site Comunique-se, especializado em comunicação, abordou a entrevista concedida pelo presidente da Federação Internacional dos Jornalistas, Jim Boumelha, sobre assassinatos de jornalistas no mundo. Confira:
“É muito barato matar um jornalista”, diz presidente de federação internacional da área
Redação Comunique-se

Em entrevista publicada na Folha de S. Paulo na quinta-feira, 10, o presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (IFJ), Jim Boumelha, comentou o número de jornalistas assassinados em 2012. A entidade divulgou um relatório com o nome dos 121 profissionais e com um ranking de países por caso. O Brasil ocupa a quinta posição, com seis mortes, à frente de países que passaram por guerras, como Iraque e Afeganistão.
No topo da lista estão Síria (35 casos) e Somália (18), que vivem conflitos armados. “As pessoas acham que a maioria das mortes acontece nas coberturas de guerra, mas a maior parte é fruto de perseguição a profissionais que estão fazendo reportagens nos lugares em que costumam trabalhar no seu dia a dia. Esta tem sido a melhor forma de silenciar um jornal ou interromper uma série de reportagens investigativas. Muitas vezes, os alvos não são famosos. Por isso, os crimes acontecem e muita gente nem se lembra dos nomes das vítimas”, diz Boumelha.
No Brasil, as seis vítimas foram o jornalista Eduardo Carvalho, do Última Hora News (MS); Valério Luiz, da rádio Jornal 820 (GO); o blogueiro Décio Sá (MA); Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, do Jornal da Praça (MS); Mário Randolfo Marques Lopes, do “Vassouras na Net (RJ); e Laécio de Souza, da Sucesso FM (BA).
“É muito barato matar um jornalista hoje no mundo”, continua Boumelha, falando da impunidade para crimes como estes. Para ele, os governos precisam atuar para impedir as mortes e a Organização das Nações Unidas tem que tomar medidas para reforçar a segurança dos profissionais durante a cobertura de conflitos.