Domingos Cezar e o engenheiro Luis Salani, membros da diretoria do Commam

O Conselho Municipal de Meio Ambiente (Commam) volta a se reunir ordinariamente na próxima sexta-feira (28) para tratar de assuntos concernentes às questões ambientais que afligem o município. Na pauta, vários problemas serão discutidos, como o velho e batido assunto da retirada irregular de areia e seixo das proximidades das praias do Cacau e do Meio.
Representante da Fundação Rio Tocantins, o jornalista e ambientalista Domingos Cezar, que acompanha de perto essa problemática, entende que a hidrelétrica de Estreito causou enorme desequilíbrio nas águas do rio Tocantins, que passou a encher e vazar toda semana, em pleno período do verão. Esse desequilíbrio fez com que a Superintendência de Defesa Civil encerrasse mais depressa o veraneio.
Entretanto, o ambientalista credita também esse desequilíbrio aos proprietários de dragas, que retiram centenas e milhares de metros cúbicos de areia muito próximos das praias. O conselheiro afirma que não é contra a retirada de areia, tão importante na construção civil. “Sou contra é a proximidade que eles tomam, chegando, inclusive, a retirar areia de cima da praia”, afirma Cezar.
Outro ponto que Domingos Cezar vai pautar durante a reunião do Commam desta sexta-feira é sobre a necessidade dos conselheiros acompanharem mais de perto as construções de empreendimentos, os quais, por sua grandeza, causam sérios impactos ambientais. “Nós estivemos no canteiro da Suzano, quando a obra ia começar, agora não sabemos como se encontra e qual o impacto que está causando”, frisa o conselheiro.
Para o ambientalista, é preciso que o Conselho trabalhe em conjunto com técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sepluma), visando realizar essa ação conjuntamente. “O Conselho e a Sepluma não podem fechar os olhos para situações que venham prejudicar o meio ambiente causando prejuízo para o ecossistema que ainda existe, notadamente os recursos hídricos que ainda temos”, conclui Domingos Cezar.