Encontro Ruralista em Belém
Após participar em São Paulo da InterCorte, o grande encontro da pecuária de corte, de 21 a 23 de novembro, agora estamos em Belém desde ontem participando do 50º Encontro Ruralista do Sistema Faepa/Senar. Estamos fazendo cobertura para o programa Conexão Rural, que produzo e apresento todo domingo na Rede TV de Parauapebas e de Marabá (PA).
O evento foi aberta na manhã de terça-feira pelo presidente da Federação da Agricultura do Estado do Pará, Carlos Fernandes Xavier, e contou com a presença do secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Pará (Sedap), João Carlos Leão Ramos, além de diretores da Faepa e do ex-deputado e ex-secretário da Sedap, Giovanni Queiroz. O encontro, que termina hoje, ocorre no auditório do Palácio da Agricultura, na sede da Faepa, na Trav. Dr. Moraes, no bairro Nazaré, no centro de Belém, e conta com palestras, mesas-redondas e painéis.
Programação
Constam na programação oficial do evento apresentações sobre “Cenários Econômicos e Ações do Sistema CNA para promover a agropecuária”, “Mudanças no Cenário Político e Econômico do Brasil e Impactos no Agronegócio”, “Inovações Tecnológicas para a Pecuária de Corte”, “Senar, caminhos a seguir”, “Ferrogrão”, “Segurança no Campo”, “Sistema de Informações Agropecuárias”, “Projetos para o Fundo Amazônia”, “Sistema de Rastreabilidade Vegetal”, “Zonificação do Estado do Pará para a mosca da carambola”, “Defesa Sanitária”, “Sociedade Garantidora de Crédito”, “Demarcação de Áreas Indígenas e Quilombolas”, “A Questão Ambiental no Contexto do Novo Governo”, “Gestão Sindical e Programa Bem + Agro” e “Escrituração Fiscal Digital de Retenções e outras informações fiscais”.
O Encontro é considerado o maior evento de líderes sindicais do agro paraense e reúne, nesta edição, delegados representantes de 134 Sindicatos Rurais, coordenadores de 10 Núcleos Regionais, diretores, técnicos, palestrantes, autoridades e convidados em um objetivo comum: debater os desafios do novo momento e encontrar soluções para o Pará deslanchar sua produtividade, sustentabilidade, riqueza e segurança rural.
O potencial do Pará é enorme
O agronegócio contribui em média 21% para a composição do PIB dos municípios, representando a base econômica de grande parte deles e fonte de ocupação para parcela substantiva da população.
Com efeito, informações produzidas pela CNA, com base em dados da PNAD/FBIGE, de 2015, apontam que 42,68% dos trabalhadores do Pará, ou seja, 1.500.292 pessoas têm ocupação no agronegócio.
O Pará é hoje destaque na produção açaí, abacaxi, cacau, cupuaçu, mandioca, dendê, pimenta do reino, ocupando o 1º lugar no ranking nacional; de coco, que representa a 3ª maior do país; de limão (4ª posição nacional) maracujá e banana (5ª lugar), sem falar na produção crescente de soja, cuja produção já ultrapassa 1,5 milhão de toneladas e de milho, com produção superior a 1 milhão de toneladas, que vem ocupando áreas de antigas pastagens e de campos naturais.
Com relação à pecuária, tem o 5º maior rebanho bovino e o 1º de bubalino do país, sendo a cadeia produtiva da pecuária a que se apresenta mais estruturada, compreendendo 33 frigoríficos e 53 laticínios instalados.
Setor da agropecuária é o que mais emprega no estado do Pará
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 14 de novembro mostram queda de 11,2% na taxa de desocupação no 2º trimestre (finalizado em junho), para 10,9% no 3º trimestre, o que corresponde a aproximadamente 11 mil pessoas que saíram da desocupação.
Esses dados fazem parte da pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua, que destacou ainda os setores que mais empregaram no Pará, como por exemplo, o setor da agropecuária (25 mil pessoas), o da administração pública (12 mil pessoas), o da construção civil (6 mil pessoas) e o do comércio (6 mil pessoas) no mesmo período.
Apesar da queda da desocupação no Pará, alguns setores como o de transporte, armazenagem e correio (responsável, por exemplo, pelo transporte de passageiros e mercadoria) desocupou cerca de 30 mil pessoas e o da indústria geral desocupou 17 mil pessoas, ambos do mesmo período. (Fonte: Assessoria de imprensa da Faepa)
Convite
Vim a Belém a convite do pecuarista e advogado Geraldo Pedro Oliveira e de seu pai, o médico Joaquim Martins, da Queijaria Cosa Nostra, e com o apoio do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Canaã dos Carajás (PA), Carlos Mariano, e da Hiper Massa – Indústria de Argamassa, do meu amigo Wesley Martins, localizada no bairro Nova Carajás, em Parauapebas (PA).
Queijaria Cosa Nostra
A Queijaria Coisa Nostra vem se destacando no sudeste do Pará na produção de queijo de búfala. No Sítio Açaizal, na área da Vila Cedere I, no município de Parauapebas (PA). A família do Dr. Joaquim cria búfalos, faz inseminação, aumenta a produção a cada ano e expande a venda de derivados do leite. E tudo isso com o Selo de Inspeção Municipal.
Segundo o administrador do sítio, o pecuarista Pedro Oliveira, “o empreendimento é desenvolvido em apenas 7.3 hectares, ou seja, 7.300 metros quadrados, onde a nossa família produz de 150 a 300 litros de leite por dia, tudo transformado aqui mesmo em queijos mussarela, coalho, Minas Frescal Comum e Minas Frescal Temperado”.
Por esta dedicação e qualidade, a Queijaria Cosa Nostra estava na lista tríplice dos destaques em 2018 no agronegócio paraense para receber o Prêmio Agropará, que foi entregue ontem à noite no encerramento do 50º Encontro Ruralista, promovido pela Federação da Agricultura do Estado do Pará.
Boa semana a todos e até quarta-feira, com saúde e paz.
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