Araguaína-TO abre o calendário do Circuito Boi Verde 2018, da ACNB
Mais de 300 animais Nelore de criadores de Araguaína (TO) e cidades vizinhas devem participar da 1ª etapa do Circuito Boi Verde de Julgamentos de Carcaças 2018, iniciativa da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). A etapa será realizada hoje e amanhã (6 e 7), na unidade do frigorífico JBS em Araguaína.
“É a primeira vez que o Circuito Boi Verde será realizado nesta unidade do JBS. A ACNB tem se empenhado na expansão dessa importante iniciativa e, cada vez mais, trabalha para promover o Circuito em novas regiões”, comenta Guilherme Alves, coordenador do Circuito Boi Verde e gerente de produto da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil.
O Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças Bovinas tem por objetivo avaliar os animais Nelore criados nas diversas regiões do país, evidenciando a capacidade da raça de produzir carne bovina com qualidade, em quantidade. A avaliação das carcaças dos animais permite mostrar tanto ao produtor como ao mercado, o estágio atual de algumas características importantes para a eficiência do produtor e para o atendimento das necessidades da indústria frigorífica, como idade de abate, peso de carcaça, acabamento de gordura, dentre outros.
Raça Nelore
“A produção de carne de qualidade superior começa na genética utilizada e na forma de criação dos animais. No Brasil, a base para a produção de carne é a raça Nelore. O Circuito Boi Verde procura mostrar o efeito do uso de genética selecionada na produtividade da raça, em diferentes ambientes”, explica Guilherme Alves.
Carne de melhor qualidade
O responsável pela compra e venda de gado da unidade de Araguaína da JBS, Rubens José de Souza Cunha Neto, ressalta que “a participação da JBS no Circuito Boi Verde contribui bastante para impulsionar o relacionamento da empresa com os produtores e também incentivá-los a participar deste projeto que visa, ao final, produzir carne de melhor qualidade”. Rubens informa que na etapa de Araguaína “mostraremos a qualidade dos animais da raça Nelore criados no Tocantins”. A expectativa é reunir 300 animais bem acabados, padronizados, com peso médio de abate de 18,5@, e idade entre 24 a 36 meses.
Mais informações pelo telefone (11) 3293-8900 ou e-mail: guilherme.alves@nelore.org.br. Para informações sobre compra de gado: (63) 3549-2301. (Informação enviada para a coluna pela Texto Comunicação Corporativa, de São Paulo).
Nova reintegração da Fazenda Cedro, em Marabá, é realizada de forma pacífica
A Fazenda Cedro, localizada a 53 km de Marabá (PA), às margens da BR-155, no sudeste paraense, foi reintegrada novamente na segunda-feira (4) por determinação da Justiça do Pará à Agropecuária Santa Bárbara (AgroSB). A ordem judicial do Juiz Arnaldo José Mazutti foi lida por oficiais de justiça da 3ª Vara Agrária de Marabá. A operação, comandada pelo Major Torres, no local denominado Assentamento Helenira Rezende, ocorreu com tranquilidade e de forma pacífica, com a presença de lideranças do MST e de peritos da Polícia Militar do Pará. A retirada das famílias de Sem Terra foi registrada com exclusividade pela a equipe do programa Conexão Rural, veiculado na Rede TV de Parauapebas e de Marabá.
Em novembro de 2017, o Poder Judiciário, com auxílio do Comando de Missões Especiais – CME, cumpriu liminar expedida em 2009 e reintegrou a Fazenda Cedro. Os invasores (MST) descumpriram a ordem judicial e voltaram a invadir a fazenda em março de 2018. Por isso, a AgroSB acionou novamente o Poder Judiciário que determinou, mais uma vez, a desocupação da fazenda.
Segundo os diretores do Grupo, “as fazendas (Cedro, Maria Bonita e Fortaleza), que fazem parte da AgroSB, eram produtivas e geradoras de emprego na região até 2008, quando passaram a ser invadidas pelo MST”.
Nota à imprensa emitida pelo Grupo Santa Bárbara:
Em nota à imprensa, a Santa Bárbara diz que “há uma década, portanto, a AgroSB documenta o rastro da destruição em suas terras: funcionários ameaçados e até mesmo sequestrados, gado abatido criminosamente, casas e máquinas agrícolas incendiadas, pastos e currais colocados abaixo e escolas depredadas”.
“Ao reassumir a posse da Fazenda Cedro, a AgroSB iniciará a reconstrução do seu projeto, com a geração de centenas de empregos em Marabá e cidades vizinhas, proporcionando renda e dignidade aos trabalhadores, além de educação para eles e seus filhos. O comércio regional também será beneficiado com a compra de máquinas, equipamentos e insumos, assim como os municípios devido ao recolhimento de tributos. Os benefícios são, assim, de todos, inclusive do estado do Pará.
Fundada em 2005, a Agropecuária Santa Bárbara é uma das empresas mais relevantes nos mercados agrícola e de pecuária do Brasil. Com um total de cinco complexos de fazendas, suas estruturas abrigam mais de 900 empregados diretos e geram, por estimativa, mais de 10 mil empregos indiretos. Com preocupações educacionais e ambientais relevantes, a AgroSB montou escolas em suas propriedades para a educação de jovens e cursos profissionalizantes e realiza a integração lavoura-pecuária com cuidados com o meio ambiente”.
A operação
A operação teve início às 8h de segunda-feira (4) e contou com um pequeno aparato da Companhia Independente de Operações Especiais de Marabá. “Já tínhamos informações que havia poucas pessoas aqui na área. Então, concluímos que não seria preciso trazer um grande contingente de policiais para esta missão”, disse ao programa Conexão Rural o Major Torres, que comandou a operação de reintegração de posse da Fazenda Cedro, acrescentando que “foi tudo tranquilo, com diálogo e sem resistência dos trabalhadores sem terra”.
O líder do MST no Pará, João da Silva Oliveira, disse que a operação foi tranquila e que as poucas famílias que estavam na área da Cedro saíram sem problema. (Não há um número exato do total de famílias residentes na área).
“As famílias vão ficar acampadas numa área pública da Fazenda Morada Nova, aqui ao lado da Fazenda Cedro, no aguardo de uma solução por parte do Incra, já que o Instituto está negociando a compra de propriedades do Grupo Santa Bárbara para assentar os trabalhadores Sem Terra”, destacou João da Silva. Segundo ele, “as famílias dos trabalhadores Sem Terra estão ocupando uma área pública, porque a Santa Bárbara não tem documento oficial que confirme que é proprietária de parte das fazenda Cedro e Fortaleza”.
O advogado do Grupo Santa Bárbara, Pedro Sales, nega a informação e afirma que “todas as propriedades da Santa Bárbara estão devidamente documentadas pelo Iterpa, o Instituto de Terras do Pará”.
Histórico
A ordem de reintegração de posse das áreas das fazendas Cedro e Fortaleza, que vinham sendo ocupadas desde 2009, às margens da BR-155, entre Marabá e Eldorado do Carajás, no sudeste do Pará, no local denominada Assentamento Helenira Rezende, partiu do Tribunal de Justiça do Pará ainda no ano passado. As duas fazendas pertencem ao Grupo Santa Bárbara.
À época, da primeira reintegração, Ayala Ferreira, da Coordenação Regional do MST no Pará, afirmou que havia negociação entre o Incra e a Santa Bárbara para a aquisição da área para assentamento de famílias de trabalhadores Sem Terra. “As negociações envolvendo a Fazenda Santa Bárbara e o Incra vinham se arrastando, mas agora chegou esta ação de despejo e temos que cumprir porque se não sairmos numa boa, a polícia militar pode derrubar tudo com a ajuda de tratores”, afirmou. Ayala Ferreira informou ainda que as famílias dos Sem Terra estavam produzindo na área vários produtos, entre os quais, banana, mandioca, feijão e até leite para alimentação das famílias e comercialização na região.
O presidente do Grupo Santa Bárbara, Cleiton Custódio, informou por ocasião da reintegração de posse em novembro do ano passado, que a justiça havia sido feita: “Esperamos quase nove anos por esta decisão. Agora, estamos vendo ela ser cumprida de forma pacífica. Perdemos casas, maquinários, pesquisas genéticas na área da agropecuária, mas vamos voltar a produzir tudo isto aqui na fazenda, além de gerar emprego na região”, destacou. (Lima Rodrigues, de Marabá-PA)
Prorrogado prazo para assentados se inscreverem em curso de agroindústria no Sul do Pará
Foi prorrogado o prazo de inscrições para o processo seletivo do Curso Técnico em Agroindústria Subsequente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), no Campus Rural de Marabá. A iniciativa é uma parceria com o Incra, por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).
As inscrições vão até esta sexta-feira, 08 de junho.
Boa semana a todos e até quarta-feira, com saúde e paz.
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