Agronegócio: cresce confinamento de gado no Brasil
O confinamento, sistema de criação de gado, está em franco crescimento no Brasil. Levantamento da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) indica a terminação de 4,1 milhões de cabeças/ano, com estimativa de 5 milhões durante o ano de 2017. Assim, nunca foi tão importante fazer o manejo sanitário correto dos animais, incluindo a prevenção e o combate de enfermidades de grande impacto econômico, como os problemas respiratórios em bovinos (DRBs). A redução de perdas possibilita aos produtores obter alta produtividade dos animais e, assim, aproveitar o bom momento da pecuária.
As DRBs estão entre as maiores preocupações sanitárias no sistema de confinamento, pois quando o animal é acometido por esses problemas há reflexo imediato no seu desenvolvimento, podendo gerar perdas a todo o projeto.
“Os animais doentes não conseguem atingir seu potencial máximo, pois não aproveitam a alimentação fornecida, gerando perda de peso e atraso na terminação. Por isso, a preocupação com o manejo sanitário nesse sistema de produção deve ser constante, uma vez que os animais ficam confinados e a intensificação favorece o aparecimento e a disseminação de algumas enfermidades infecciosas, principalmente nas três semanas iniciais à chegada do animal devido ao estresse causado pelo transporte e ao período de adaptação ao novo sistema”, ressalta Roulber Silva, médico veterinário e gerente técnicos de Grandes Animais da Boehringer Ingelheim Saúde Animal.
Entre as causas que podem favorecer a enfermidade estão o estresse gerado pelo transporte, alojamento inadequado ou mudanças climáticas. Isso pode interferir na imunidade do aparelho respiratório, aumentando as chances de proliferação da doença.
“Os prejuízos causados por doenças respiratórias podem ser muito expressivos quando a enfermidade não é tratada a tempo e da maneira correta. O tratamento rápido e adequado é a melhor receita para evitar grandes prejuízos econômicos”, reforça Rouber Silva.
Sobre a Boehringer Ingelheim Saúde Animal
Segunda maior empresa de saúde animal do mundo, a Boehringer Ingelheim conta com mais de 10 mil funcionários no mundo, tem produtos disponíveis em mais de 150 mercados e presença global em 99 países.
Medicamentos inovadores para pessoas e animais têm sido, há mais de 130 anos, o foco da empresa farmacêutica Boehringer Ingelheim. A Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais farmacêuticas do mundo e até hoje permanece como uma empresa familiar. Dia a dia, cerca de 50.000 funcionários criam valor pela inovação para as três áreas de negócios: saúde humana, saúde animal e fabricação de biofarmacêuticos. Em 2016, a Boehringer Ingelheim obteve vendas líquidas de cerca de 15,9 bilhões euros e investiu 19,6% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento. Os investimentos em pesquisas e desenvolvimento correspondem a 19,6% do faturamento líquido (mais de € 3 bilhões). A responsabilidade social é um elemento importante da cultura empresarial da Boehringer Ingelheim, o que inclui o envolvimento global em projetos sociais como o “Mais Saúde” e a preocupação com seus colaboradores em todo o mundo. (Matéria assinada pela jornalista Micaela Cristina e enviada para a coluna pela assessoria de imprensa da Boehringer Ingelheim - Texto Comunicação Corporativa, de São Paulo).
Violência no campo
O ano de 2017 foi violento no campo. De acordo com dados preliminares divulgados em Brasília esta semana pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à igreja católica, 65 pessoas foram assassinadas em conflitos no campo no ano passado. Segundo a entidade, “o Brasil é o país mais violento para as populações camponesas no mundo”.
O estudo destaca o crescimento de assassinatos em massa como método para exterminar grupos que atuam em defesa de direitos. “Nos últimos anos, as mortes de lideranças vinham sendo mais frequentes que as chacinas, por isso a CPT caracteriza o ano de 2017 como o da volta dos massacres no campo”, disse o integrante da coordenação nacional da CPT, Paulo César, em entrevista coletiva acompanhada pela repórter Helena Martins, da Agência Brasil.
Ainda segundo a divulgação da Comissão Pastoral da Terra, “os dados de 2017 revelam que houve piora no cenário em relação ao ano anterior, quando o relatório da comissão indicou o pior resultado desde 2003”. O relatório da entidade destaca ainda que, “em 2016, as diversas formas de violência no campo resultaram em 61 mortes. Em 2015 foram 50 pessoas assassinadas em conflitos agrários. Diante disso, a CPT alerta que é preciso ter políticas efetivas para garantir segurança às pessoas que vivem e lutam no campo”.
Alerta
O julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, dia 24 de janeiro poderá ter consequências imprevisíveis em se tratando de tumulto, envolvendo tanto manifestantes que criticam a condenação dele pelo juiz Sérgio Moro a mais de 9 anos de prisão como os manifestantes que são favor da prisão e condenação de Lula por corrupção passiva. Lula é acusado de ter recebido um apartamento da Odebrecht em forma de propina. A defesa do ex-presidente nega.
Em entrevista à repórter Carolina Brígido, publicada pelo jornal O Globo na segunda-feira (15-01), o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, criticou o alarde “desnecessário” dos manifestantes acerca do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para o dia 24 no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Ele foi conversar pela manhã com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, sobre a segurança do TRF-4 e dos juízes que tomarão a decisão – que, segundo ele, estão recebendo ameaças.
— Está havendo um alarde sobre esse julgamento desnecessário, porque o Brasil é pródigo em recursos. Caso venha a ser confirmada a sentença, haverá possibilidade de recurso para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), para o STF e o próprio TRF pode ser um destinatário de recursos. O deferimento da candidatura daquele que está sendo acusado da prática dos crimes será feito pelo Tribunal Superior Eleitoral e esse deferimento só vai ocorrer a partir de agosto. Não precisa desse alarde que se está fazendo agora, há ainda um caminho processual muito grande a ser trilhado. É preciso que a magistratura tenha condições de independência e tranquilidade para proceder o julgamento — disse Veloso.
Ajufe pede reforço na segurança dos magistrados durante julgamento do ex-presidente Lula na próxima semana
O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), Roberto Veloso, o vice-presidente na 4ª Região, Nelson Alves, e o secretário-geral, Fernando Mendes, reuniram-se, na segunda-feira (15), com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, para tratar da segurança dos magistrados durante o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ocorre na próxima semana no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.
Durante as reuniões, Roberto Veloso manifestou preocupação com a segurança dos desembargadores responsáveis pelo julgamento do ex-presidente Lula. Segundo o presidente da Ajufe, ameaças estão sendo veiculadas na internet. "Se o Brasil é uma democracia e existe um devido processo legal, com a possibilidade de recursos, por que se vai partir para a violência a fim de interferir no julgamento do processo? O teor das convocações que eu assisti foi no sentido de que iriam tocar fogo, tomar de assalto, invadir. Esse tipo de manifestação transborda a liberdade de manifestação”, destacou Roberto Veloso.
Em ofício, a Ajufe pediu que fossem tomadas todas as providências possíveis para medidas acautelatórias e apuração dos atos convocatórios. “Se o patrimônio público está ameaçado, é preciso que os órgãos da segurança pública, tanto o federal quanto o estadual, tomem as providências no sentido de garantir que os prédios públicos sejam preservados. Segundo, a questão da segurança dos magistrados, porque uma das principais questões que a Ajufe defende e defenderá sempre é a independência de juízes”, afirmou o presidente da Ajufe. (Fonte: www.ajufe.org.br)
Opinião
De certa forma, concordo com o eminente presidente da Ajufe, Roberto Veloso. As pessoas que são a favor ou contra Lula devem aguardar o julgamento do ex-presidente em suas casas, sem pressionar a justiça, lembrando inclusive o que disse o magistrado em entrevista ao jornal O Globo, que ainda caberá recursos seja qual for o resultado do julgamento.
Entendo que Lula, qualquer que seja o resultado dia 24, sairá candidato à presidência da República do mesmo jeito pelo PT. Conforme disse Roberto Veloso, os julgamentos dos recursos finais (no Superior Tribunal de Justiça e posteriormente no Supremo Tribunal Federal) podem ocorrer só em agosto. Até lá, Lula estará em plena campanha pelo Brasil afora. Caso ele vença a eleição, o que ninguém sabe, apesar de as pesquisas de opinião pública o apontarem até agora como líder em todas elas, se tomará posse ou não é outra história.
O que já está bem claro para a população brasileira é que a eleição será polarizada entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), independente de o candidato governista ser o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles ou o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Como a eleição será decidida provavelmente em segundo turno dia 28 de outubro de 2018, por causa do grande número de candidatos, o que acontecerá até lá só a personagem mística Mercedes, interpretada pela excelente e veterana atriz Fernando Montenegro na novela das 9h da TV Globo, O Outro Lado do Paraíso, poderá dizer.
Boa semana a todos e até quarta-feira, com saúde e paz.
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