Informação em excesso
Nós, colunistas de jornais, recebemos diariamente inúmeros e-mails com informações dos mais diversos segmentos sociais, econômicos e culturais, das mais diversas cidades, incluindo Imperatriz, Brasília e São Paulo.
Como já comentei aqui na coluna, são informações em excesso que não chegam facilmente ao leitor, até porque os jornais selecionam as principais informações das agências de notícias para “fecharem” suas edições diárias.
Recebo boletins sobre as atuações de deputados e senadores sobre a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), do Instituto de Defesa do Consumidor de Goiás (Idec) e do Instituto Humanitas Unisinos (IHU), entre outras instituições.
Pois bem! Hoje, vou abrir espaço para o IHU, porque achei muito interessante o material enviado por eles, com base em uma publicação do dia 7 de setembro do Observatório do Clima.
Antes, confira o que o site oficial informa sobre o que é o Instituto Humanitas Unisinos:
“O principal objetivo do IHU é apontar novas questões e buscar respostas para os grandes desafios de nossa época, a partir da visão do humanismo social cristão, participando, ativa e ousadamente, do debate cultural em que se configura a sociedade do futuro. Para isso, o Instituto assume cinco grandes áreas orientadoras de sua reflexão e ação, os quais constituem-se em referenciais inter e retrorrelacionados, capazes de facilitar a elaboração de atividades transdisciplinares: Ética, Trabalho, Sociedade Sustentável, Mulheres: sujeito sociocultural, e Teologia Pública”.
Agora a notícia que me chamou a atenção:
Dez coisas que dariam para fazer pelo meio ambiente com a grande de Geddel
Bancar mais de uma década de pesquisas em biodiversidade? Ou um ano inteiro de fiscalização do Ibama? Veja as coisas incríveis que o país poderia fazer na área ambiental com os R$ 51 milhões que o ex-ministro preferiu esconder num apartamento em Salvador.
A reportagem foi publicada pelo Observatório do Clima, 07-09-2017.
Uau, R$ 51 milhões. Em cash. O Brasil inteiro viu e se escandalizou com as imagens das malas e caixas de dinheiro descobertas pela Polícia Federal num apartamento em Salvador que o ex-ministro Geddel Vieira Lima teria “pegado emprestado” de um amigo para guardar “as coisas de seu finado pai”. Todo mundo sabe também do trabalho que deu para a polícia contar a bolada – a maior quantidade de dinheiro vivo já apreendida no país.
Em tempos de Lava Jato e cifras astronômicas de corrupção (quem não se lembra de Pedro Barusco, aquele gerente da Petrobras que ficou de devolver, só ele, R$ 300 milhões?), fica até difícil dimensionar o que são R$ 51 milhões.
Bem, é muito dinheiro. Que daria para usar em muita coisa. Nós compilamos abaixo algumas sugestões do que fazer com essa bufunfa apenas na área ambiental. O Geddel pode até não se sensibilizar, mas quem sabe a PF se empolga.
1 – Monitorar o desmatamento durante dez anos
O Brasil é referência internacional em sensoriamento remoto de florestas, graças aos programas Prodes e Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A criação do Deter, que vigia a floresta em tempo real e orienta a fiscalização, foi um dos instrumentos que permitiram reduzir a taxa de desmatamento na Amazônia. Todo o trabalho de monitoramento do Inpe custa R$ 5 milhões por ano. Tem que manter isso, viu? Os R$ 51 milhões do Geddel manteriam por uma década.
2 – Pagar até 12 anos de pesquisas em biodiversidade
Um artigo científico que acaba de ser publicado por pesquisadores brasileiros no periódico Perspectives in Ecology and Conservation alerta para o fato de que os cortes no orçamento da ciência brasileira ameaçam o PPBio, o maior programa de pesquisas em biodiversidade do país, que envolve 626 cientistas de 93 instituições. Sem o PPBio, o Brasil pode não cumprir suas metas nacionais de biodiversidade para 2020 e pode ter dificuldades para cumprir sua meta no Acordo de Paris de restaurar 12 milhões de hectares de florestas – já que isso depende de conhecimento sobre as áreas mais adequadas à restauração. Segundo a ecóloga Mercedes Bustamente, da Universidade de Brasília, o PPBio custa R$ 10,8 milhões por edital, e cada edital cobre de 36 a 48 meses de execução. Ou seja, a bolada do bunker de Salvador pagaria o trabalho desses 626 pesquisadores por 9 a 12 anos.
3 – Zerar o desmatamento em pelo menos 150 mil hectares durante 15 anos
Segundo uma ferramenta desenvolvida por pesquisadores da UFRJ, um programa de pagamento por serviços ambientais poderia bancar fazendeiros para não desmatar, pagando o chamado custo de oportunidade da terra, ou a expectativa de ganho anual de um proprietário caso ele cortasse um hectare de floresta. Na caatinga e na Amazônia o custo de oportunidade é mais baixo em vários municípios. Um programa que pagasse R$ 51 milhões por 15 anos nessas regiões poderia proteger 150 mil hectares – uma área maior que a da cidade do Rio de Janeiro.
4 – Proteger 10% do território nacional durante dois meses
Parece incrível, mas o Instituto Chico Mendes, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, protege um décimo do território brasileiro. Esta é a extensão das 327 unidades de conservação federais, de Fernando de Noronha a Foz do Iguaçu, do Parque Nacional de São Joaquim ao Parque do Tumucumaque. E faz isso com pouquíssimo dinheiro: o orçamento do órgão em 2017, excluindo salários, foi de R$ 302 milhões. Isso antes do corte de 43% no orçamento geral do ministério.
5 – Pagar um ano de fiscalização do Ibama
A retomada das ações de fiscalização do Ibama neste ano impediu que o desmatamento em 2017 subisse pelo terceiro ano consecutivo na Amazônia. E isso só aconteceu porque o governo conseguiu R$ 53 milhões do Fundo Amazônia (dinheiro de doação da Noruega), a serem aplicados em 2017 e 2018 na fiscalização, cujo orçamento em 2017 foi de R$ 52,1 milhões. O dinheiro do Geddel pagaria um ano de trabalho do Ibama. Ou evitaria que o governo passasse o chapéu para os noruegueses, complementando os recursos do Ibama por 15 meses.
6 – Custear 11% do orçamento do Ministério do Meio Ambiente
Todas as políticas ambientais federais em 2017 precisarão ser implementadas com R$ 446,5 milhões. Esse é o valor do orçamento discricionário do MMA (Ministério do Meio Ambiente) após os cortes. Michel Temer em abril. As caixas e malas de dinheiro encontradas pela PF em Salvador equivalem a 11% desse total. Lá no MMA isso faz falta, viu, Geddel?
7 – Financiar o maior instituto de pesquisas da Amazônia por 3,5 anos
O Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) é um dos maiores polos geradores de conhecimento sobre a maior floresta tropical do mundo. Tem nove pesquisadores entre os mais citados do país e é responsável por programas como a torre ATTO 325 metros, estrutura construída mais alta do Brasil. O orçamento anual do Inpa é de R$ 14 milhões. Se Geddel doasse seu dinheiro à ciência, bancaria as pesquisas amazônicas por três anos e meio.
8 – Instalar 17 mil painéis fotovoltaicos em casas populares
Investir em energia limpa é uma das missões dos países signatários do Acordo de Paris– e está cada vez mais acessível à população. Em vários países, essa fonte já é a forma mais barata de gerar eletricidade. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, R$ 51 milhões seriam o suficiente para beneficiar cerca de 60 mil pessoas com 17 mil painéis solares em telhados. Não custa lembrar que o Brasil é um dos países com metas mais modestas de instalação de energia fotovoltaica no mundo.
9 – Recuperar mais de 3.000 nascentes de rios
O investimento para recuperar uma nascente pode variar de R$ 1 mil a pouco mais de R$ 15 mil, dependendo do nível de degradação e do lugar do país, de acordo com a Bioflora, uma empresa de restauração de florestas nativas. O reflorestamento estimula o desenvolvimento regional sustentável, neutraliza carbono e pode triplicar a renda de pequenos agricultores.
10 – Reflorestar área equivalente a 5.000 campos de futebol na Mata Atlântica
A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo investiu ao longo da última década cerca de R$ 13 milhões na restauração ambiental de uma área de mil hectares dentro do Parque Estadual Serra do Mar (PESM). A área de Mata Atlântica recebeu cerca de 1,5 milhão de mudas.
Também por e-mail...
E via e-mail também recebi um convite da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz para participar da solenidade de abertura da 17ª Feira do Comércio e Indústria de Imperatriz – FECOIMP, que ocorrerá nesta quarta-feira, 13 de setembro, às 18h30, no Centro de Convenções desta pujante cidade maranhense.
O convite, assinado pelo presidente da ACII, Hélio Rodrigues Araújo, foi enviado pela assessoria de imprensa da entidade.
Fico muito feliz pela lembrança, mas devido a compromissos no Pará, infelizmente não poderei comparecer a este tão importante e valioso evento. Mas aproveito a oportunidade para desejar êxito total para a FECOIMP, esta importante feira do estado do Maranhão e parabenizar à diretoria da ACII, seus apoiadores e todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente na realização deste marcante evento econômico. Sucesso a todos.
FAP
Por falar em feira, de 6 a 10 de setembro aconteceu no Parque Lázaro de Deus Vieira Neto a 13ª Feira de Agronegócios de Parauapebas (PA), com a realização de seminários sobre agronegócio, leilões, torneio leiteiro, rodeios, exposição de gado, FAP Cidadania e muito mais. Com a participação de importantes empresas ligadas ao agronegócio e ao setor automobilístico, a FAP, que voltou a contar com o apoio maciço da prefeitura de Parauapebas, foi sucesso total de público e de negócios.
Na programação musical, além de artistas locais, houve shows evangélicos e concurso de música gospel, tributo ao Padre Zezinho, após a realização de uma bela missa sertaneja, e apresentações de artistas consagrados como Márcia Felipe e Amado Batista.
No domingo, dia 10, quando houve uma grande ação social desenvolvida em parceria com o governo do Estado do Pará, prefeitura de Parauapebas e o Sindicato Rural, o Siproduz, a FAP recebeu a visita do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, e do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, Márcio Miranda, além do deputado estadual Gesmar Costa, que representa o município na assembleia paraense.
Boa semana a todos e até quarta-feira, com saúde e paz.
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