O tempo está fechando para as bandas do Congresso Nacional

O momento político e o medo do passado

O Brasil vive um momento político muito triste por causa da danada da corrupção. As principais lideranças do país estão enroladas até a tampa com atos obscuros, incluindo até o presidente da República, Michel Temer (PMDB), o ex-presidente Lula (PT) e o ex-líder maior do PSDB, o agora senador afastado Aécio Neves, além de governadores, ex-governadores (os ex-governadores do Distrito Federal, José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz e o ex-vice-governador e assessor especial do presidente Michel Temer, Tadeu Filipelli, foram presos em Brasília), senadores e deputados federais e estaduais. É claro que ainda temos uma pequena reserva moral, isto é, alguns poucos políticos honestos. Não podemos generalizar e condenar 100% do Congresso Nacional. Mas, mesmo assim, fica uma pergunta no ar: em quem votaremos para presidente da República em 2018? Está difícil escolher, pelo menos por enquanto, um nome honesto, sincero e que tenha credibilidade.
É preciso o surgimento urgente de novas lideranças, sem vícios e sem a demagogia dos políticos tradicionais. Acontece que até alguns jovens políticos já estão ficando contaminados pela lama da velha e daninha política do país.
Apesar dos pesares, entendo, com 57 anos de idade, que a volta do militarismo seria ruim para um país quase democrático. Quem viveu os anos de chumbo da ditadura militar sabe muito bem o que estou falando. O regime militar durou 21 anos no país. Ainda bem jovem, quando morava em Brasília, constatei muitas vezes que até nos bares simples da capital da República havia agentes do Serviço Nacional de Informação (SNI) infiltrados e o cidadão comum poderia ser preso a qualquer momento, dependendo do que falasse contra o governo.
Não vou aqui entrar em detalhes se eram corretas as ações de cada lado - militares e “terroristas” - como eram denominados os inimigos dos governos militares. Não vou entrar em detalhes se à época do militarismo havia menos violência ou se foram feitas grandes obras, como a Hidrelétrica de Itaipu, a Rodovia Transamazônica, a Hidrelétrica de Tucuruí ou a Ponte Rio Niterói, cujos valores destas obras já causaram muita polêmica em reportagens da grande imprensa devido ao endividamento do Brasil por causa do superinvestimento nelas.
Não vou aqui polemizar se a Lei de Anistia Política de 1979, promulgada pelo então presidente João Baptista Figueiredo (general do Exército), encerrou o caso com a volta dos exilados ao Brasil, incluindo Dulce Maia, a primeira a desembarcar de volta ao país, em 31 de agosto de 1979; os jornalistas Fernando Gabeira e Chico Nelson; Leonel Brizola, Miguel Arraes, Luiz Carlos Prestes, Gregório Bezerra, Ronaldo Cunha Lima, e o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho; Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Fernando Gabeira, Celso Furtado, Florestan Fernandes, Maria da Conceição Tavares, Augusto Boal, José Celso Martinez, Ferreira Gullar, Thiago de Mello, Vinícius de Moraes, Glauber Rocha, Cacá Diegues, Samuel Wainer; os compositores e cantores Chico Buarque de Holanda, Geraldo Vandré, Taiguara, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Jorge Mautner, entre tantos outros políticos, intelectuais e artistas. 
Isto tudo sem dizer que o povo brasileiro não podia votar para prefeito de capitais ou cidades consideradas de segurança nacional, como, por exemplo, Marabá, no Pará; Araxá, Tiradentes e Caxambu, em Minas Gerais; Duque de Caxias, Angra dos Reis e Volta Redonda, no Rio de Janeiro; Cubatão e Santos, em São Paulo, e nem para os governos dos estados. Nem precisa dizer que à época do militarismo haviam senadores biônicos, nomeados pelos presidentes da República da ditadura. Enfim, não quero entrar em detalhes sobre estes e outros temas do período de chumbo no país. O que pretendo dizer com minhas palavras é que precisamos escolher um novo nome, um político sincero e honesto para comandar nosso país, democraticamente, para evitarmos a volta da ditadura. Com o cenário político que temos hoje, está difícil escolher em quem votar.
Entendo perfeitamente que vivemos em um país aparentemente democrático e que cada cidadão tem o direito de escolher o seu candidato e o seu partido político. O que causa medo são os “fenômenos” do momento, que surgem por causa de uma crise política e que poderá levar o país a uma crise ainda maior, se o povo entrar nesta onda. Sem perceber, poderemos ver em 2018 a população elegendo um presidente radical e antidemocrático, que poderá mandar a população ir dormir às 22h, determinar o fechamento do Congresso Nacional e acabar com todos os direitos constitucionais.
Entendo que muitos jovens que hoje defendem a volta do militarismo ou um candidato de ultra direita, defensor deste segmento, não sabem o que estão falando ou defendendo nem têm conhecimento dos últimos 43 anos da história política deste país, contando aí a partir do golpe militar de 1964. Eles estão sendo levados por uma onda artificial, que ganha força por intermédio das redes sociais.
Entendo, também, que todo cidadão que tenha nacionalidade brasileira ou é naturalizado; tenha acima de 35 anos, que está em pleno exercício dos direitos políticos, e é filiado a um partido político, pode ser candidato à presidência da República. O que tenho medo e receio é do surgimento de determinados candidatos, hoje considerados salvadores da Pátria, mas que entram em contradições com suas posições, de acordo com o aumento de suas popularidades, conforme seus nomes vão aparecendo com o resultado de pesquisas de opinião pública junto ao eleitorado.
Que Deus nos acuda e guie nossos passos neste momento de aflição política e calamidade moral do país.
    
Acabou!

É lamentável, mas chegou ao fim a carreira política do jovem senador tucano (afastado) Aécio Neves, que não honrou a integridade de seu avô, Tancredo Neves. O povo de Minas Gerais está envergonhado de suas atitudes e envolvimento em atos de corrupção. E olha que por pouco ele não foi eleito presidente do Brasil! Quem votou nele (não foi o meu caso) deve está arrependido.
    
Começa a valer cobrança de despacho de bagagem em voos
    
Após derrubada de decisão judicial, entrou em vigor na quinta-feira, dia 18, a autorização para que as companhias aéreas cobrem pelo despacho de bagagens. O consumidor deve ficar atento às mudanças, uma vez que cada empresa pode definir o valor a ser cobrado. O presidente do Instituto Brasileiro de Estudos e Defesa das Relações de Consumo – Seção Goiás (IBEDEC-GO), Wilson Rascovit, alerta que as medidas valem para passagens COMPRADAS a partir de 18 de maio. Para os consumidores que adquiriram o ticket antes do dia 18, as regras a serem aplicadas são as anteriores, de despacho gratuito: bagagens de até 23 quilos em viagens nacionais e nas internacionais o transporte de dois volumes de 32 quilos cada.
O consumidor deve estar atento durante a compra da passagem, comparando (além do preço cobrado pelo trecho) qual a tarifação e peso de bagagem de cada companhia, por exemplo:

GOL

A cobrança varia de acordo com o tipo de tarifa. Para o cliente Gol Premium (apenas para voos internacionais) há gratuidade para dois volumes de 23 kg cada; Para tarifa Programada e Flexível há o despacho gratuito de um volume de 23 kg. O cliente que comprar pela tarifa Light não tem direito a nenhuma bagagem gratuita. O valor da bagagem ‘extra’ varia de R$ 30 (com desconto ao comprar pela internet) até R$ 60 por volume (23 kg).

LATAM

“Inicialmente, serão alteradas apenas as quantidades de peças e pesos permitidos para bagagem despachada, sem custos adicionais. O modelo de cobrança do excesso de bagagem também será alterado”, segundo a empresa. Para voos nacionais, América do Sul e Caribe: um volume de 23 kg. Demais destinos internacionais: dois volumes de 23 kg. Sendo que em voos em cabines Premium Business e Premium Economyo consumidor poderá levar até três peças de até 23kg cada. O preço da bagagem “excedente” varia de R$ 80 a R$ 200 (o detalhamento pode ser visto no site www.latam.com).

ENTENDA:

A cobrança no despacho de bagagens foi autorizada pela Resolução nº 400/2016 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que dispõe sobre as novas Condições Gerais de Transporte Aéreo (CGTA). A ANAC defende que a possibilidade de cobrar por este despacho permite que as empresas diminuam o valor das passagens aéreas. O presidente do IBEDEC-GO discorda. Segundo Rascovit, não há garantia de que esta tarifação se reflita na queda de preços no transporte aéreo. Evidências disso foi a fala do presidente da Gol, Paulo Kakinoff, afirmando que a competitividade se dará pela diferenciação no valor do despacho. Ou seja, não se trata de diminuir o preço da passagem, mas de competir pelo melhor preço para bagagem (sem alterar o valor do trecho).
A entrada em vigor da Resolução nº 400/2016 estava prevista para 14 de março. No entanto, liminar concedida ao Ministério Público Federal de São Paulo pela 22ª Vara da Justiça Federal daquele estado impediu que começasse a valer as cláusulas que se referiam à cobrança pelo despacho de bagagens e alteração na bagagem de mão. No dia 29 de abril, os efeitos desta decisão liminar foram suspensos pela Justiça do Paraná. Com isso, a nova regulamentação passa a valer integralmente.
(Material enviado por e-mail à coluna pela assessoria de imprensa do IBEDEC-GO. MAIS INFORMAÇÕES: www.ibedecgo.org.br(62) 3215-7777 ou (62) 3215-7700).

Boa semana a todos e até quarta-feira, com saúde e paz.