Lima Rodrigues entrevista o diretor do Polo Regional de Colina da APTA, Flávio Dutra de Resende, durante o Road Show 2017 para Jornalistas de Agronegócio
O Boi 7.7.7 alcança sete arrobas na desmama, sete na recria e outras sete na engorda, totalizando 21 arrobas no momento do abate
Jornalistas assistem em Colina (SP) palestra sobre o Projeto Pecuária do Conhecimento, com destaque para o Boi 7.7.7.

Boi 7.7.7

Tecnologia paulista reduz em 30% tempo para criar gado com 21 arrobas. Sistema chamado Boi 7.7.7 vem sendo adotado nas principais regiões brasileiras produtoras de gado de corte. Entenda melhor esta história:

Produzir mais, com melhor qualidade e em menor tempo é, provavelmente, o sonho de todo produtor rural. Mas a ampliação da competitividade requer planejamento e adoção de tecnologias. Com o objetivo de disponibilizar um novo sistema à agropecuária brasileira, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolveu tecnologia inédita voltada à produção de gado de corte, chamada Boi 7.7.7. O nome se deve aos ganhos obtidos com o novo método: o animal alcança sete arrobas na desmama, sete na recria e outras sete na engorda, totalizando 21 arrobas no momento do abate. Este resultado é obtido em dois anos, no máximo. No sistema tradicional de produção são necessários, no mínimo, três anos para o animal atingir 18 arrobas. Além da produção precoce, a tecnologia pode aumentar em 30% os lucros dos pecuaristas.

Pesquisa

A pesquisa para o desenvolvimento do Boi 7.7.7 é conduzida no Polo Regional da APTA em Colina (SP) e teve início há dez anos. O sistema vem sendo adotado por produtores dos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Rondônia, principais regiões brasileiras produtoras de carne de corte. A produção de bovinos com qualidade e em tempo 30% menor requer estratégia. “É necessário que sejam utilizadas diversas ferramentas para atingir esse resultado. O trabalho envolve, principalmente, manejo de pasto e suplementação alimentar”, explica Gustavo Rezende Siqueira, pesquisador da APTA.
A dosagem da suplementação varia: quanto maior o peso do animal, maior a dosagem: “Essa suplementação ajuda na engorda e não causa nenhum prejuízo para a saúde do animal. Pelo contrário, ela proporciona maior bem-estar a ele”, afirma o pesquisador da APTA, Flávio Dutra Resende.

Benefícios ao longo da cadeia de produção

A redução do tempo de produção também traz benefícios para os consumidores, que podem ter acesso a carnes com melhor qualidade, incluindo sabor e maciez, além de coloração mais atrativa. “O consumidor escolhe o produto na gôndola do mercador pela cor. Quanto mais velha a carne, mais escura, o que gera desinteresse. A carne mais nova é melhor em tudo, em comparação com a velha”, afirma Resende.
O conceito do Boi 7.7.7 tem sido transferido para pecuaristas de todo o Brasil por meio de cursos, eventos e participação em feiras. Outra importante forma de fazer a tecnologia chegar aos interessados é a chamada Pecuária do Conhecimento, uma iniciativa da empresa Phibro Animal Health Corporation, parceira das pesquisas realizadas pelo Polo Regional de Colina da APTA.
O treinamento realizado desde 2001, já foi ministrado para 1.600 pessoas de todo o país, entre produtores, técnicos e empresas do setor da pecuária de corte.
De acordo com o diretor do Polo Regional de Colina da APTA, Flávio Dutra de Resende, “a procura tem sido grande, com vagas sendo preenchidas  rapidamente, o que mostra o grande interesse dos pecuaristas em conhecer e aplicar as inovações tecnológicas obtidas por meio da pesquisa”.

Minerva Foods

“O conceito do Boi 7.7.7 está alinhado à necessidade de aumento de produtividade e melhoria de resultados no campo, produzindo animais jovens (de giro rápido), pesados – que conferem aumento de receita e melhoria da relação de troca entre boi gordo e bezerro – e bem terminados, alcançando melhor rendimento de carcaça. Ao mesmo tempo, atende à necessidade da indústria e à demanda dos mercados consumidores mais exigentes”, afirmou o gerente-executivo de compra de gado da Minerva Foods, Fabiano Tito Rosa.

E ele disse mais:

“Em síntese, o Boi 7.7.7 é o ideal para quem produz, quem processa e quem consome. Acreditamos tanto no conceito que, com o apoio técnico da APTA, desenvolvemos um programa de extensão, chamado @+Lucrativa, por meio do qual oferecemos suporte técnico e adiantamento dos recursos necessários para a aquisição de suplementos ou da ração para a recria-engorda dos animais. O objetivo é a produção de machos com 18@ acima, 30 meses abaixo e cobertura (terminação) mediana. Podemos também trabalhar com novilhas”, explicou. (Com informações de Fernanda Domiciano, da Assessoria de Imprensa da APTA).
Conheci o Boi 7.7.7 recentemente ao participar de um Road Show para Jornalistas de Agronegócio em São Paulo e em Minas Gerais, a convite da Texto Comunicação Corporativa (SP). Realmente é uma grande inovação tecnológica em se tratando de gado de corte. Parabéns a todos os participantes deste importante projeto “Pecuária do Conhecimento”. 

Uma boa notícia

O BBB acaba dia 15 de abril.

Linda demais

O amigo Zeca Tocantins, poeta, compositor, cantor e membro da Academia Imperatrizense de Letras (AIL) me enviou – via zap - uma música muito bonita. Mas linda mesmo. De segunda-feira até ontem, ouvi a música umas dez  vezes. Oh, xote arretado de bom. 
“Este é o meu quinto disco, com doze músicas de minha autoria”, disse Zeca a este colunista, por telefone, acrescentando que neste lançamento conta com as participações de Maciel Melo e Kelly Rosa, ambos pernambucanos.
Ele informou ainda que em maio estará em um projeto musical apoiado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), em Crato e Nova Olinda, no Vale do Cariri, no bonito e maravilhoso Ceará e também em Souza (PB) e demonstrou estar muito feliz por tudo que está acontecendo em sua vida.
Zeca Tocantins nasceu em Xambioá, no antigo Goiás (hoje Tocantins) em 1958, mas quando ele tinha apenas dois anos de idade sua família mudou-se para Imperatriz. Ele é irmão dos jornalistas Domingos César (também acadêmico) e Joãozinho César. Seu patrono na Academia Imperatrizense de Letras é Moisés da Providência, “grande músico”, como define o poeta e escritor, ex-coordenador da Fundação Cultural de Imperatriz.
Em breve, vou até a Imperatriz gravar com o Zeca para meu programa Conexão Rural, que produzo e apresento há mais de cinco anos em Parauapebas (PA). 
Parabéns, meu amigo. Você é demais.

Confira a letra de “Rio Tocantins”:
Rio Tocantis, teu gemido me ponho a pensar.
Meu Rio Tocantins querido, ouço teu gemido, me ponho a pensar: do tempo que eu fui criança, cenas que a lembrança não pode apagar.
Quem destruiu as tuas margens, quem teve coragem de te causar dor.
Quem construiu em tuas represas, com toda certeza não lhe tem amor.
O velho pescador tangendo a canoa, com o tempo voa, dói só de lembrar.
Cadê o velho pescador que profetizava que você secava se ninguém cuidar.

Café da Manhã

Recebi de Raphael Brito Giannotti, da assessoria de imprensa da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz (ACII), convite para participar de café da manhã empresarial para apresentação de um novo projeto da entidade.
O café ocorreu ontem, 4 de abril, das 7h30 às 8h30, na sala de reuniões do Palácio do Comércio.
Não pude comparecer, mas de qualquer  forma, obrigado pelo convite e sucesso à diretoria da ACII no lançamento deste novo projeto.

Boa semana a todos e até quarta-feira com saúde e paz.