Este colunista e os amigos Arimateia Júnior, Conor Farias e Raimundo Cabeludo no aeroporto de Imperatriz em 2002
Fábio Schvartsman, escolhido para presidir a poderosa Vale a partir de maio deste ano

Conor Farias

Perdemos mais um amigo da imprensa imperatrizense da gema. Há quase quarenta anos, mais exatamente em junho de 1977, eu começava em O Progresso. Ainda em 1977 conheci o arrojado Conor Farias. Lembro que tempos depois, ele e outros colegas criaram o jornal Fato. Depois, seguiu seu rumo com carro de som, loja de som e acessórios na Av. Dorgival Pinheiro de Sousa, programas na Rádio Imperatriz AM,  apresentação de programas em rádios e TVs de Imperatriz e mais tarde empresário da área de comunicação.
Ele era polêmico quando precisava. Direto quando queria. Inteligente na hora certa. Esperto e sábio em seus negócios. Gostava tanto  de televisão da mesma forma como amava ser pai. Uma prova disso é que deixou vários herdeiros e herdeiras. 
Em 2011, quando retornei de Brasília e voltei a morar na região, tive a honra de subir no topo do Trio Elétrico que ele comandava no carnaval na Beira Rio e depois acompanhá-lo por alguns momentos em frente ao caminhão do Trio Elétrico, ambos com latinhas de cerveja nas mãos. Àquela época, o Conor já não podia beber cerveja por causa do diabetes, mas bebia. Adorava uma cervejinha. Era alegre e divertido. 
Certa vez, cheguei ao seu estúdio próximo ao Shopping Imperial, acompanhando um deputado federal que lhe daria uma entrevista. Para nossa surpresa, o Conor Farias estava de bermuda, chinelo e uma blazer por cima de uma camisa, bem à vontade para realizar o bate papo com o deputado. Não importava o traje. O importante é que ele sabia conduzir suas entrevistas de sua maneira, de forma descontraída, sem deixar de lado o profissionalismo. 
Meu caro Conor Farias, fica aqui o meu abraço e meus sentidos pela sua partida ainda cedo para a outra vida, onde, no futuro, todos nós nos encontraremos. Siga a vontade de Deus e que o Pai Eterno conforte seus filhos e familiares. Amém.

Agronegócio

O assunto dos últimos tem sido a Operação Carne Fraca,  deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira, dia 17 de março, após dois  anos de investigação sobre denúncias do envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos. Isto é, 21 frigoríficos em um universo de quase cinco mil  existentes em todo país. Segundo a denúncia da Polícia Federal, o esquema criminoso envolve empresários do agronegócio e fiscais agropecuários que facilitavam a emissão de certificados sanitários para alimentos inadequados para o consumo.
Como o caso teve repercussão imediata no Brasil e no exterior, o presidente Michel Temer convocou uma reunião no Palácio do Planalto ainda no domingo, dia 19 de março, para tratar do assunto e anunciou ações para tranquilizar a população e o mercado externo consumidor de carne. A primeira medida foi a colocação dos frigoríficos citados em regime especial de fiscalização e a suspensão dos fiscais investigados. Depois, o governo federal anunciou aperto na fiscalização da carne brasileira. 
Foram exonerados os superintendentes das regionais do ministério da Agricultura no Paraná e em Goiás. E o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, garantiu que o consumidor brasileiro pode ficar tranquilo porque a nossa carne tem qualidade e pode ser consumida à vontade, conforme declarou em entrevista coletiva à imprensa, em Brasília. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que seria um “desastre” a restrição à carne brasileira pelo mercado internacional. 
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, disse  que “a população não deve entrar em pânico e que, em termos de saúde pública e segurança alimentar, pode ficar tranquila para consumir os produtos”.
Após receberem explicações detalhadas do governo brasileiro sobre a nossa carne, alguns importantes países como a China, Egito e Chile já voltaram a comprar o produto, com exceção dos 21 frigoríficos investigados pela Polícia Federal e pelo próprio Ministério da Agricultura.  
O Brasil disputa a liderança mundial na exportação de carne e é líder mesmo em alguns setores. Seu produto é considerado de alta qualidade, e não foi fácil ganhar esse reconhecimento.
No ano passado, a exportação de frango (US$ 6,849 bilhões), bovinos (US$ 5,5 bilhões) e suínos (US$ 1,483 bilhão) rendeu ao país US$ 12,349 bilhões. Só ano passado, foram 4,384 milhões de toneladas de franco, 1,4 milhão de toneladas de carne bovina e 732,9 mil toneladas de suína.
Por tudo isso, o agronegócio merece mais respeito e as indústrias do setor precisam retomar suas exportações a todo vapor para voltarem a contribuir com o desenvolvimento do Brasil. (Com informações da Agência Brasil e do site Notícias Agrícolas).

Piscicultura

A piscicultura também faz parte do agronegócio. E há duas semanas, em Alfenas (MG), ouvi palestra e entrevistei o presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura, a Peixe BR, Francisco Medeiros, como parte da programação do Road Show 2017 para Jornalistas de Agronegócio. 
Ele informou que a piscicultura brasileira movimenta hoje cerca de 4 bilhões e 300 milhões de reais por ano, produz 640 mil toneladas de peixes cultivados e gera 1 milhão de empregos. 
Disse ainda que a piscicultura é uma atividade em crescimento e em profissionalização. Em cinco anos, o objetivo é atingir 1 milhão de toneladas produzidas e movimentar quase 7 bilhões de reais.

Vale

Depois de muita conversa e análise dos currículos dos melhores executivos do Brasil, finalmente a Vale anunciou o nome de seu futuro presidente, que assumirá o cargo em maio. 

Comunicado

A Vale informa que, após reunião de seu Conselho de Administração realizada hoje, o Sr. Fábio Schvartsman foi eleito para assumir o posto de Diretor Presidente da Vale.
Fábio Schvartsman é graduado e pós-graduado em Engenharia de Produção pela Universidade Politécnica de São Paulo (Poli/USP) e pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Trabalhou por 10 anos na Duratex e por 22 anos no Grupo Ultra, de onde saiu em 2007 como CFO da holding Ultrapar e sócio-diretor da Ultra S.A. Após presidir a Telemar Participações e a San Antonio Internacional, tornou-se em 2011 presidente da Klabin, cargo que exerce até hoje. (Ele deixará a Klabin no final de maio).
Fábio Schvartsman foi eleito pelo Conselho de Administração a partir de uma lista preparada pela empresa internacional de seleção de executivo, Spencer Stuart, em conformidade com as normas e governança da companhia. (E-mail enviado para a coluna pela assessoria de imprensa da Vale).

Dia 31 de Março

Só espero que os adeptos da candidatura do deputado Jair Bolsonaro à presidência da República não venham aproveitar esta triste data para falar besteira pelo país a fora. Nesta data, em 1964, ocorria o começo do regime militar,  o mais longo período de interrupção do processo democrático do país. Neste período, que terminou em março de 1985 com a posse do maranhense José Sarney na presidência da República, a chamada ditadura cassou direitos civis, censurou a imprensa, realizou repressão violenta de manifestações populares, cometeu torturas e assassinatos. Viva a democracia.

Boa semana a todos e até quarta-feira com saúde e paz.