Tristeza
Já falaram tudo sobre Adalberto Franklin. Que ele morreu dia 2 de março, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), após ser internado no Hospital da Unimed, em Imperatriz; que era filho de Dona Iracema e do “Seu” Martinho Castro; que nasceu no Piauí, mas morava em Imperatriz desde 1972, e que completaria 55 anos de idade dia 28 de abril; que tem 12 irmãos e que era Cidadão Imperatrizense; que foi um excelente jornalista, editor de O PROGRESSO, historiador, escritor, membro fundador da Academia Imperatrizense de Letras (AIL); membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e um grande homem. Enfim, jornais, rádios e TVs do Maranhão falaram isso e muito mais sobre o Adalberto, fora as comendas e medalhas que ele recebeu por justas homenagens ao longo de sua vida. Fiz apenas um resumo de sua história de vida.
Como minha coluna só sai na quarta-feira, agora vou apresentar meu comentário sobre ele.
Conheço o Adalberto Franklin desde garoto. Éramos amigos de adolescência. E sou muito amigo de seu irmão, o empresário Gilberto Castro, com quem servi ao Exército em 1978 na 23ª Brigada de Infantaria de Selva, dentro do 52º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), em Marabá (PA). A partir daquela convivência no quartel, passei a ter mais contato com o Gilberto, mas sem menosprezar a amizade com o Adalberto. Sempre que visitava Imperatriz e nos encontrávamos, colocávamos o assunto político em dia. Não só de Imperatriz e do Maranhão, mas do Brasil. Ele era muito inteligente.
Comecei em O PROGRESSO em 9 de junho de 1977. Nestes últimos 40 anos, fiquei pouco tempo longe do jornal como colaborador. Um desses períodos foi quando o Adalberto foi o editor do jornal, de 1986 a 1988.
Nos últimos seis anos, quando voltei de Brasília, em fevereiro de 2011, passei a conviver mais com o Adalberto como diretor da Ética Editora. Como idealizador e membro fundador da Academia Parauapebense de Letras (APL), tive a honra de contar com a sua presença na nossa posse em 3 de dezembro de 2014. (A APL foi fundada em 16 de setembro de 2014). Depois disso, ele participou de outros eventos da nossa entidade e era Membro Correspondente da APL em Imperatriz.
Certa vez, chegamos a conversar sobre a possibilidade da publicação de dois livros: um sobre as centenas de colunas que publiquei em O PROGRESSO. “Lima, vamos separá-las por temas: política, biografias de pessoas, desenvolvimento econômico, assuntos diversos, colocando tudo em ordem. Vai ficar muito bom. Precisamos sentar depois para acertamos os detalhes. Vamos marcar uma nova reunião”.
O outro livro seria sobre meus 40 anos de jornalismo, que serão comemorados dia 9 de junho deste ano. A minha ideia, com o apoio do Adalberto, era escrever um livro contando um pouco da minha trajetória de vida, meu começo em O PROGRESSO e na Tribuna de Imperatriz, minhas passagens como correspondente das rádios Imperatriz AM, Nativa FM e Difusora FM; bastidores políticos em Brasília, momentos históricos que presenciei em coberturas jornalísticas no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional a partir de 1985, entre outros assuntos, além de muitas fotografias com ex-presidentes, políticos, artistas e outras personalidades.
Lamentavelmente, as outras reuniões não aconteceram e agora só me resta buscar forças e levar adiante estes dois projetos – talvez com o apoio da equipe que possivelmente dirigirá a Ética Editora ou mesmo editando-os em outra editora.
De uma coisa eu tenho certeza: Adalberto Franklin será lembrado, com certeza, nos dois livros que sonho em lançá-los futuramente.
Meu caro amigo, só me resta pedir a Deus que guarde-o em bom lugar, de preferência próximo aos mestres Ferreira Gullar, Machado de Assis, José de Alencar, João Renôr, entre outros grandes escritores e poetas que também já partiram desta vida.
Adalberto Franklin casou-se com Rosa de Sousa Castro em 1984, com quem teve três filhos: Marcos Vinício de Sousa Castro (31), Eduardo Franklin (27) e Mariana de Sousa Castro (26).
Aliás, a Mariana me enviou a seguinte mensagem:
“A contribuição e o legado de nosso pai permanecerão para sempre não apenas na nossa memória, mas de todos aqueles que de alguma forma tiveram a oportunidade de conhecê-lo. A sua maior obra foi a sua própria vida”.
Em nome do meu amigo Gilberto Castro, ficam aqui registrados meus sentimentos a toda a família Castro e pedir para Deus, mais uma vez, que dê força para todos vocês neste momento de dor e de profunda tristeza.
Informo ainda que não compareci ao velório, ao enterro nem poderei comparecer à Missa de Sétimo Dia do Adalberto, por estar em viagem desde o dia 1º de março, só retornando ao Pará dia 20 deste mês.
Como presidente da Academia Parauapebense de Letras e com o apoio de todos os demais membros da APL, apresento aqui a Nota de Pesar que a nossa entidade divulgou em Parauapebas na semana passada na imprensa local e em várias redes sociais. Confira:
Nota de pesar
A Academia Parauapebense de Letras (APL) cumpre o doloroso dever de informar o falecimento do escritor Adalberto Franklin Pereira de Castro, 54 anos, membro efetivo da Academia Imperatrizense de Letras e membro correspondente da APL, ocorrido às 3 horas da madrugada desta sexta-feira (3), vítima de AVC, no Hospital da Unimed, em Imperatriz (MA).
Em respeito ao membro correspondente da APL, esta instituição decreta luto oficial de três dias em suas atividades.
Neste momento de dor pela perda irreparável, a Academia Parauapebense de Letras lamenta profundamente a morte do escritor e se solidariza com familiares, colegas e amigos de Adalberto Franklin.
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