A morte e a vida
A morte do ator Domingos Montagner por afogamento no Rio São Francisco, na quinta-feira passada, causou consternamento em todo o Brasil. No auge da carreira e protagonista da novela das 21h da Rede Globo de Televisão, como muitas artistas sonham, o ator de 54 anos nos deixou de forma trágica. Ele ainda ia realizar muitos projetos pessoais e, com certeza, com muito sucesso, graças ao seu talento.
Na minha infância, fui criado nas barrancas do Rio Tocantins, em Imperatriz, mas a partir da adolescência passei a ter medo de água. Sempre que ia e vou à praia de rio ou de mar, só entro na água onde vejo crianças e idosos tomando banho. Já diz o ditado popular: “água não tem cabelo”.
Domingos Montagner talvez estivesse vivo entre nós se tivesse tomado algumas precauções, como, por exemplo, perguntar para algum morador se a área onde pretendia tomar banho era perigosa ou se tivesse analisado melhor as correntezas do rio naquele local. Ou ainda, se o local tivesse placas de sinalização avisando que a conhecida prainha, na divisa de Alagoas com Sergipe, não é adequada para banho, já que nem salva vidas havia por lá.
Enfim, aconteceu uma tragédia e o país perdeu um grande ator, que era casado e pai de três filhos. Às vezes a gente não entende como uma coisa desta pode acontecer, mas tudo é decisão de Deus. Ele sabe quando chamará cada de um nós para seu lado. O difícil é entender esse ciclo da vida. Todos nós retornaremos para a vida eterna.
Outro exemplo de morte trágica ocorreu em Brasília na semana passada. Uma jovem de apenas 20 anos foi fazer uma sessão de bronzeamento artificial e dias depois acabou morrendo de parada cardíaca. O caso está sendo investigado pela polícia do Distrito Federal. Bonita, estudante de direito e com toda uma vida pela frente, a bela moça morreu prematuramente. O desejo de obter uma pele bronzeada acabou provocando sua morte.
Os mais velhos se lembram da morte da cantora Clara Nunes. Ela foi fazer uma cirurgia para retirada de varizes, acabou entrando em coma e quase um mês depois morreu aos 40 anos de idade, em abril de 1983, no Rio de Janeiro, no auge da carreira artística. Sua morte causou tristeza em todo o país.
Recentemente, até comentei aqui na coluna e fiz uma saudação no Projeto Homenagem ao meu amigo Roberto Araújo, o Robertinho, de Imperatriz, que tinha 37 anos, dormiu no domingo e na segunda-feira amanheceu morto em sua cama, vítima do infarto do miocárdio. Tão jovem, aparentava ser saudável, cheio de vida e acabou nos deixando muito cedo.
Outro caso recente. Um iraniano que participava das Paralimpíadas, no Rio de Janeiro, morreu enquanto disputava a prova de ciclismo de estrada. Bahman Golbarnezhad, de 48 anos, segundo o Comitê Paralímpico Internacional, “sofreu um acidente, caiu e bateu a cabeça, foi levado a um hospital, mas não resistiu e morreu”.
Enfim, são mortes repentinas que deixam a gente de boca aberta e sem entender nada.
A vida
Enquanto isso, presenciamos o nascimento de bebês de forma impressionante, em casos em que as mães estão praticamente mortas ou às vezes morrem até na hora do parto. É a vida brotando todo dia em toda parte do mundo. A vida é bela.
Vemos também pessoas que vivem até aos 100 ou mais anos. O ex-presidente da Fifa, João Havelange, ex-atleta, morreu recentemente aos 100 anos, no Rio de Janeiro. O cirurgião plástico mais famoso do Brasil, Ivo Pitanguy, morreu de parada cardíaca dia 6 de agosto aos 90 anos de idade, também no Rio. Viveu para fazer o bem, já que ajudou muitas pessoas, especialmente crianças, que precisavam de cirurgias plásticas e não tinham condição de pagar..
Vemos também pessoas com mais de 80 anos em plena atividade, como é o caso do ator Ivo Holanda, aquele das pegadinhas do SBT, em plena ação aos 81 anos e o próprio dono do SBT, Sílvio Santos, que completará 86 anos de idade dia 12 dezembro, e está aí “esbanjando” saúde todo domingo na televisão. O apresentador Raul Gil também aos 78 anos está em plena forma e trabalhando na TV normalmente. O excelente repórter José Hamilton Ribeiro, do Globo Rural, que cobriu até a Guerra do Vietnã, também está em plena atividade com belas reportagens rurais aos 81 anos de idade.
Minha mãe, Iraídes Lima Rodrigues, completou 89 anos dia 26 de julho, e os filhos já estão pensando como será a festa de seus 90 anos em 2017. E esperamos que ela tenha muitos e muitos anos de vida com saúde, paz e felicidade. Todo mundo quer viver, mesmo sabendo que a morte será o fim de todos daqui da terra.
Aniversários
Por falar viver, na segunda-feira, dia 19 de setembro, completei 57 anos e peço a Deus que me dê muitos anos de vida para que eu possa realizar muitos projetos e ver concretizados todos os sonhos dos meus filhos e tenha bastante saúde para curtir as netinhas e os netos que virão.
Minha sobrinha Irlana Herênio faz aniversário hoje, dia 21 de setembro, e peço a Deus que ela tenha muitos anos de vida e felicidade ao lado de seu esposo Andrei e de suas filhas Rebeca e Ester. Parabéns.
Qualidade de vida
Morte e vida estão em lados opostos e todos nós queremos viver sempre e com qualidade de vida, mas aí já dependemos dos políticos que estão em campanha fazendo mil promessas para mudar ou transformar as cidades em todo o país, às vezes até com projetos milagrosos e impossíveis de serem cumpridos.
Enfim, que Deus nos dê paz e saúde para presenciarmos as transformações da vida e as melhorias de nossas ruas, bairros e cidades e que todos tenham uma vida digna e que a morte só nos visite quando tivermos lá no final da vida. E de uma vida bem longa.
Boa semana a todos e até quarta-feira com saúde e paz.
Comentários