Eleições 2016
- Estou procurando um vereador e até agora não encontrei nenhum. Meu gás acabou e eu preciso de ajuda, disse uma jovem senhora na segunda-feira em uma rua de Parauapebas (PA).
Na semana passada, na mesma cidade, ouvi uma moça pedindo uma passagem de avião para um ex-secretário municipal, que ela achava ser candidato a vereador, mas ele não está disputando nenhum cargo nas eleições deste ano. Claro, recebeu uma resposta negativa.
Um cidadão, com aquele tradicional jeito de “pé inchado”, me viu e pediu que eu pagasse cachaça para ele e outros que estavam em um boteco, achando que eu era candidato. Óbvio, que não paguei.
Não sou filiado a partido político e nunca disputei um cargo eletivo, com exceção do Grêmio Estudantil da Escola Cristo Rei no início da década de 1970, em Imperatriz (MA), quando fui eleito sem dificuldade e quando fui eleito, também, disputando com outras duas chapas, para presidir o Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados, em Brasília, para o biênio 1993-1994.
Enquanto presenciarmos este tipo de situação, não teremos uma eleição séria no Brasil. Tenho notado que os candidatos estão mais cautelosos e atentos às rigorosas normas da Justiça Eleitoral, mas os eleitores nem tanto. Boa parte do eleitorado em todo o Brasil, especialmente no Norte e Nordeste, ainda quer trocar o voto por algum tipo de favor: uma passagem de ônibus ou aérea; tijolos, medicamentos, cirurgias, cimento, emprego ou mesmo um graninha extra. Infelizmente, isso acontece ainda no país.
Evidentemente, que a maioria dos eleitores vota consciente em seus candidatos, com base nas propostas ou promessas dos postulantes a cargos eletivos. Muito bom. Mas uma minoria ainda está viciada nos métodos antigos de votar, ou seja, de querer valorizar o voto em benefício próprio.
Os candidatos precisam gastar a sola de sapato e muita saliva para convencer os eleitores, já que muita coisa mudou. Não há mais aquela bagunça de cartazes de políticos pregados nos postes das cidades, cavaletes nas ruas e aquele tempo exagerado de propaganda política no rádio e na televisão. Agora, o tempo no rádio e na TV está reduzido a 10 minutos para todos os candidatos. O candidato precisa ser objetivo, ou seja, como se diz no dia a dia: curto e grosso. O que está valendo é o corpo a corpo, muita conversa e muitas caminhadas pelas ruas dos bairros das cidades para conquistar o voto do eleitor. Que sejam eleitos dia 2 de outubro os melhores, ou como já disse aqui, “os menos piores”.
O povo precisa levar a eleição mais a sério e saber cumprir bem com a sua cidadania. Seu direto de escolha. E os políticos devem ser mais sinceros, honestos e trabalhadores no exercício de seus mandatos, após serem eleitos nas eleições deste ano. A partir de janeiro de 2017, os municípios terão novos comandantes ou os mesmos, em caso de reeleição para alguns prefeitos. Se forem reeleitos, é porque terão a aprovação do eleitorado de suas cidades por terem realizado um ótimo trabalho. É uma minoria, mas ainda existe político honesto e trabalhador. Acredite e vote bem em outubro.
Viva a Independência do Brasil. Bom feriado a todos e até quarta-feira com saúde e paz.
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