Utopia

- Boa aula meu filho, diz a mãe!
- Obrigado, mamãe. Estou gostando muito da escola. Lá eu tenho merenda farta e variada todo dia, sala climatizada, carteiras confortáveis e professores bem preparados e bem pagos, felizes da vida, retrucou o esperto garoto Pedro.
- Que bom que em nossa cidade tem escola assim, e tem hospital bem equipado e com atendimento de primeira, não tem fila e a gente é atendida rapidinho. Os médicos são atenciosos e atendem a gente com toda calma porque recebem bons salários e trabalham satisfeitos, disse dona Maria.
- Por isso, vou votar no prefeito de novo, porque as ruas de nossa cidade estão todas asfaltadas, tem saneamento básico, infraestrutura completa, iluminação nas ruas de todos os bairros, sem falar na completa segurança, com muitos policiais nas ruas 24 horas, afirmou o chefe da família, Seu José, um senhor acima dos 50 anos, bem empregado e feliz por ter casa própria.
- Ah, pai, consegui meu primeiro emprego e vou poder trabalhar durante o dia e concluir meu ensino médio à noite com bastante tranquilidade, porque a escola fica perto de casa, aqui no mesmo bairro, disse o filho adolescente do casal, Roberto Filho.
- E eu estou feliz da vida porque vou poder concluir meu curso de medicina na universidade federal, onde há bons laboratórios, equipamentos de última geração, ótimas instalações, os professores são bem remunerados e o ensino é de primeira qualidade, disse a filha mais velha do casal, Ana Maria.
Ah, como seria bom se os diálogos acima fossem verdadeiros e não apenas a introdução de um texto literário que este colunista e escritor poderia muito bem dar prosseguimento, retratando a história de uma família de classe média baixa que vive em qualquer cidade do Brasil.
Ah, como seria bom se os moradores das cidades pudessem ter este diálogo diariamente em suas casas durante um farto café da manhã.
Mas, infelizmente, o que vemos são só promessas de candidatos em todo o país, nas ruas, nos comícios e na propaganda política do horário eleitoral no rádio e na televisão.
Dia 2 de outubro deste ano o povo voltará às urnas para escolher seus candidatos a prefeito e a vereador. Mesmo cansado das promessas, seria bom que o povo escolhesse bem seus candidatos e os eleitos cumprissem suas promessas de campanha e realizassem os anseios da população sem demagogia e sem atos de corrupção.
A vida segue e eu continuo aqui com meu devaneio.

Momento político

O Brasil vive um momento político muito triste. A economia não vai bem, mais de 12 milhões de pessoas estão desempregadas, muita gente passa fome diariamente, o povo sofre com a falta de saúde, educação, infraestrutura e segurança e, para completar, politicamente a população está desacreditada nos governantes.
Além de tudo isso, o Senado Federal definirá nas próximas horas o fim do mandato de uma presidente eleita pelo voto popular em 2014, acusada de cometer “pedaladas fiscais”, ou seja, crime de responsabilidade fiscal, mesmo deslize cometido por centenas de prefeitos e governadores nos últimos anos no Brasil. E o mais grave: muitos dos senadores que a julgam não têm moral para tomar tal decisão. Para isso, basta pesquisar as informações do site www.congressoemfoco.com.br ou mesmo as notícias dos jornais e revistas sobre políticos corruptos no país.
A decisão já está tomada e o resultado da votação todos já sabem qual será. Dilma Rousseff deixará o cargo em definitivo, após ficar menos de um ano e meio no comando no Brasil, após ter sido reeleita. (Ela foi afastada dia 12 de maio deste ano, após votação no plenário do Senado pela continuidade do processo de impeachment   – por 55 a 22 votos).
O novo governo já comemora e está feliz por saber que agora poderá concluir o mandato até o final de 2018 com o apoio de partidos que até há poucas semanas eram de oposição e agora contam com representantes no mais alto escalão do poder. Em troca, o presidente interino Michel Temer não se candidatará e apoiará um candidato tucano, a ser escolhido futuramente, que pode ser o senador mineiro Aécio Neves, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin ou o ministro das Relações Exteriores, José Serra. Michel Temer “pegou o boi”. Pelos resultados das  últimas quatro eleições em São Paulo, das quais  participou, ele quase não se elege deputado federal e talvez não se reelegeria se não tivesse sido candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff em 2010.
Em 2018, a eleição presidencial será mais uma vez bem disputada. A atual oposição virá com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se até lá não houver nenhuma medida jurídica mais profunda sobre suas possíveis participações em atos de corrupção. É bom os tucanos não comemorarem com antecedência uma vitória fora do tempo. Lula não está morto. E até porque pode surgir um novo nome que não necessariamente os já manjados da política e o povo poderá optar pelo o novo, se até lá não estiver satisfeito com a administração do atual presidente.
Como diz um velho ditado: muita água ainda passará por baixo da ponte. É aguardar para ver. Quem viver. Verá!

Saúde

Recebi via e-mail da jornalista Mariana Areias, da Imagem Corporativa Comunicação, de Brasília, um interessante release sobre saúde, que faço questão de compartilhar com os leitores da coluna. Diz a mensagem introdutória:
Na segunda-feira (29) foi lembrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo e o intuito é conscientizar os brasileiros sobre os problemas que o cigarro gera à saúde.

Cigarro aumenta risco
de catarata e perda de visão
 
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, elaborada pelo IBGE, mostram que o tabagismo é um dos principais fatores de risco evitáveis à saúde, podendo contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas como câncer, pneumonia, asma, além de problemas oculares como catarata e cegueira. O estudo indica ainda que o Brasil conta com 21,9 milhões de usuários ativos e passivos da droga.
 O Dr. Emerson Dutra, oftalmologista do Visão Institutos Oftalmológicos, em Brasília, diz que fumantes crônicos estão mais suscetíveis à perda da visão. Ele alerta que o tabaco pode causar desde sintomas mais simples (alergias oculares, ressecamento nos olhos e vermelhidão), até complicações mais graves, como glaucoma e degeneração da mácula. “Existem mais de 4.000 toxinas na fumaça do cigarro. Elas podem causar alteração na circulação e consequente diminuição da oxigenação, acarretando em alterações nas células do cristalino, que implica no desenvolvimento de catarata, alterações retinianas, podendo levar até mesmo à cegueira”, explica.
 Outra característica comum é a vermelhidão ocular (hiperemia), complicação que pode ser desenvolvida a partir do uso contínuo do tabaco e através da fumaça. “Estímulos agressivos como a fumaça do cigarro alteram a conjuntiva bulbar (superfície branca dos olhos), fazendo com que a vascularização seja afetada tornando os vasos locais mais grossos. Além disso, causa o espessamento da conjuntiva criando a pinguécula e o pterígeo, famosa carne nos olhos. Doenças mais graves como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), enfermidade que leva desde a distorção até à perda parcial da visão também podem aparecer”, explica o especialista.
 Responsável não somente por problemas à saúde, o cigarro diminui a eficácia de tratamentos oculares. “É comum que os pacientes fumantes procurem o oftalmologista frequentemente, relatando sempre os mesmos sintomas. Isto acontece porque o tratamento relacionado ao tabagismo não surte o efeito esperado se o paciente não parar de fumar”, pontua.

Além dos olhos

Segundo o médico, além de alterações nos olhos, órgãos como cérebro, coração, rim, pulmão, extremidades de mãos e pés, o fumo causa alterações na microcirculação, o que significa complicações nos micro vasos, levando desde amputação de membros a AVC, infarto agudo do miocárdio, enfisema, hipertensão arterial, entre outros.

Oh Deus, que todos nós tenhamos um feliz mês de setembro, que começa amanhã e que para mim é muito especial. Boa semana a todos e até quarta-feira com saúde e paz.