Valeu, Brasil!
Independentemente de quem trouxe as Olimpíadas para o Brasil, qual presidente construiu as arenas olímpicas e quem fez a abertura do megaevento, o Brasil fez bonito nas competições no Rio de Janeiro em 2016. A imprensa do Brasil e do mundo já destacaram a beleza da cerimônia de abertura, a organização do evento pelo conjunto da obra, a segurança e a maravilhosa cerimônia de encerramento no último domingo, dia 21 de agosto. Com exceções de pequenos problemas estruturais nos primeiros dias da chegada dos atletas à Vila Olímpica, tudo transcorreu com absoluta normalidade e superou as expectativas. Talvez até mesmo a expectativa dos pessimistas e dos que torciam para dar tudo errado. Mas deu certo e os atletas brasileiros, mesmo sem o apoio que merecem, conforme já destaquei aqui na semana passada, mostraram que são bons em suas respectivas áreas e que, se recebessem mais incentivo, principalmente de patrocínio, poderiam fazer muito mais bonito.
De qualquer forma, foi a Olimpíada de melhor resultado para o Brasil, com 19 medalhas, sendo 7 de ouro, 6 de prata e 6 de bronze, além do destaque para o tri olímpico da seleção de vôlei masculino e para o ineditismo da conquista do ouro pela seleção brasileira de futebol, tanto criticada nos primeiros jogos. E queiram ou não os pessimistas, Neymar fez a diferença sim nesta conquista. Os meninos de ouro fizeram a gente chorar de alegria, assim como o nosso Thiago Braz, medalha de ouro no salto com vara; o baiano Isaquias Queiroz, destaque na canoagem, e o outro baiano Robson Conceição, ouro inédito no boxe para o Brasil, além do ouro e da prata no vôlei de praia com as duplas Alison e Bruno Schmidt e Agatha e Bárbara, respectivamente. Enfim, foram muitas conquistas maravilhosas. O Brasil ficou em 13º lugar entre os 206 países participantes. Foi muito bom.
Só esperamos que os R$ 7,1 bilhões gastos para a construção das arenas dos jogos do Rio deixem um legado autêntico e o povo do Rio, especialmente os mais pobres, usufruam das escolas, das quadras esportivas, dos ginásios, dos apartamentos e de outras coisas boas que os governantes prometeram deixar após as Olimpíadas.
E para não perder tempo, seria bom que os governos federal, estaduais e municipais começassem logo a investir em atletas do futuro para que em 2020, em Tóquio, eles possam ter mais forças para conquistar mais medalhas para o Brasil. Falta vontade política, porque vontade de participar e disputar as competições com garra não falta aos bravos atletas brasileiros. Que venham as Olimpíadas do Japão.
Refugiados
Após duas semanas de competições, disputas emocionantes e dezenas de recordes, os Jogos Rio 2016 foram encerrados no domingo, tendo como um dos seus principais legados a participação histórica da inédita Equipe Olímpica de Atletas Refugiados.
Composta por 10 atletas de quatro nacionalidades diferentes, a equipe participou das competições de natação, judô e atletismo. Mesmo sem conquistar nenhuma medalha, a equipe foi uma das mais aplaudidas pelo público durante os Jogos – desde a festa de abertura até o encerramento, na noite de domingo – e recebeu vasta cobertura de veículos de comunicação de todo o mundo.
Os atletas se tornaram as estrelas da Vila Olímpica, onde vários competidores pediram para tirar fotos com eles e quiseram escutar suas histórias. Também deram inúmeras entrevistas para a imprensa nacional e internacional, tornando-se conhecidos em todo o mundo.
Durante a cerimônia de encerramento, no Estádio do Maracanã, a equipe mereceu uma menção especial do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach. “Obrigado, caros atletas refugiados. Vocês nos inspiraram com seu talento e espírito humano. Vocês são símbolo de esperança para milhões de refugiados no mundo e terão um lugar nos nossos corações para sempre”, afirmou Bach.
O último atleta da equipe a participar da Rio 2016 foi o etíope Yonas Kinde, que correu a tradicional prova da maratona e chegou em 90º lugar, com o tempo de duas horas e 24 minutos. Assim como os demais atletas refugiados, Yonas declarou estar satisfeito com seu desempenho nas Olimpíadas e ressaltou a importância da participação da equipe nos Jogos.
O ACNUR e o COI são parceiros há mais de 20 anos. Desde 1994, as duas entidades atuam juntas no desenvolvimento de projetos que promovem o esporte como fator de desenvolvimento e bem-estar de refugiados, principalmente crianças. Os projetos incluem a construção de espaços para a prática esportiva, o fornecimento de equipamento e programas de treinamento. (Matéria enviada para este colunista - via e-mail - pela assessoria de imprensa do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados - ACNUR Brasil).
Recebi via e-mail do jornalista Jefferson Sousa informação sobre a 1ª Ciranda do Voluntariado. Fica o registro:
Voluntários de diferentes entidades filantrópicas estão preparando a I Ciranda do Voluntariado de Imperatriz. A atividade vai ocorrer neste sábado (27), a partir das 8h, na Praça de Fátima, e acontece em alusão ao Dia Nacional do Voluntariado, celebrado neste domingo (28). Panfletagem, palestras e atrações artísticas fazem parte da programação.
Geneton Moraes Neto
O Brasil perdeu na segunda-feira (22) um de seus melhores jornalistas. O competente jornalista pernambucano Geneton Moraes Neto morreu aos 60 anos, em decorrência de um aneurisma na artéria aorta sofrido em maio. Ele tinha um texto brilhante, sabia fazer perguntas e entrevistar personalidades como ninguém, além de ter escrito 11 livros sobre reportagens e entrevistas que fizera ao longo da carreira. Suas entrevistas eram sempre bombásticas e com conteúdo para a história. Sabia descobrir pessoas e personagens que fizeram parte da história política do Brasil com facilidade porque tinha o dom da reportagem e o faro jornalístico que Deus lhe deu. Fazia perguntas duras e firmes com leveza e suavidade, sem ser irônico ou irresponsável. Era inteligente.
Geneton começou no Diário de Pernambuco, no Recife, trabalhou na Globo Nordeste e na sucursal do jornal “O Estado de S. Paulo”, na capital pernambucana e na Globo Rio, morou no exterior, foi correspondente de “O Globo” em Londres e ultimamente produzia matérias e entrevistas especiais para a GloboNews. Estava internado desde maio. Na segunda-feira, partiu. Agora, vai esbanjar sua inteligência e seu talento de repórter em um local mais suave, sem violência e sem desigualdade social, onde todos são iguais, ao contrário deste mundo daqui, onde Geneton denunciou, relatou e escreveu sobre política, direitos humanos, economia, meio ambiente, segurança e revelou bastidores da triste história da ditadura militar no Brasil.
Gênio
Esplêndido
Nobre
Educado
Talentoso
Orgulho de Pernambuco
Notável
.....Geneton era isso e muito mais.
Goulart de Andrade
E na terça-feira o Brasil perdeu o jornalista e apresentador Goulart de Andrade, de 83 anos. Ele trabalhou em diversas emissoras de rádio e televisão e ficou conhecido com o seu programa “Comando da Madrugada” e a famosa frase “Vem Comigo”, no qual mostrava reportagens sobre temas nunca abordados antes por repórteres de televisão à época, incluindo prostituição e curiosidades sobre a vida noturna em São Paulo.
Ao invés de dizer agora “Vem Comigo”, eu digo: Vai com Deus, meu caro Goulart de Andrade. Amava suas reportagens e seus programas.
Viva o Folclore
Já que em 22 de agosto foi comemorado o Dia Nacional do Folclore. Viva Câmara Cascudo, o maior folclorista do país. Vamos preservar as nossas lendas e tradições e a cultura popular.
Até quarta-feira.
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