Este colunista e sua mãe Iraídes, que ontem completou 89 anos de vida
O casal Raimundo Rodrigues e Iraídes Lima Rodrigues chegou a Imperatriz em 1960 e foi morar na Beira Rio

Projeto Homenagem - Iraídes Lima Rodrigues

A coluna de hoje presta homenagem à senhora Iraídes Lima Rodrigues, que ontem completou 89 anos de vida e comemorou  com um simples jantar ao lado dos filhos, netas, bisnetas, sobrinhas e um pequeno grupo de amigos no Restaurante Pimenta Rosa, no Entrocamento. Antes, porém, participou de uma missa na Igreja de São Francisco, na Praça Brasil. Esta guerreira é minha mãe. Ela nasceu no município de Itaguatins (TO), que à época pertencia ao estado de Goiás. É filha de Francisco Ferreira (Chicão), que morreu em 1965 e de Guilhermina Ferreira, que partiu deste mundo em  1980. Além de Iraídes, o casal teve ainda mais quatro filhos, todos já falecidos: Sandoval, Delta, Dico Piassaba e João.
Ela foi criada na Fazenda Canto de Areia, no hoje  município de Araguatins (TO). Ainda jovem, na Fazenda Descansador, de propriedade de seu tio Louro,  perto de sua casa,  ela conheceu um esperto e jovem trabalhador chamado Raimundo Rodrigues. Tempos depois os dois voltaram a se encontrar em Marabá (PA) e não demorou muito para se casarem. Ela teve o primeiro filho, Gilberto, aos 26 anos de idade. Depois, vieram  os outros filhos: Ana Lúcia, que nasceu também em Marabá; Antônio Lucivaldo, nascido em Belém, e este que vos fala, que também nasceu em Marabá. Meu pai trabalhava em Marabá com um empresário chamado Feiz, por isso era conhecido como  Raimundinho do Feiz, um turco que tinha loja de tecidos. 
Em 1960 o casal mudou-se de Marabá para Imperatriz e foi morar na beira do Rio Tocantins, mas ou menos ali na altura da antiga boate Texana, onde meu pai tinha um comércio de secos e molhados. Era a Casa Lúcia. Dona Iraídes era querida e respeitada por todos os vizinhos.
Nas barrancas do Rio Tocantins vivemos momentos felizes e minha mãe era e sempre foi uma verdadeira dona de casa. Nos nossos primeiros anos de estudo, depois de aprendermos o ABC e a Cartilha (eu e meus irmãos), fomos estudar na Escola Santa Terezinha, uma escola que sempre foi referência em Imperatriz.  Ela sempre se preocupou com a educação dos filhos. Foi ainda na Beira Rio que ela recebeu para criar nos meados da década de 1960 o afilhado Augusto. Ele é seu fiel escudeiro até hoje. Grande “Augustão”. Gente boa que se dedicou a ela mais que os próprios filhos, já que todos praticamente moraram mais tempo em Brasília do que em Imperatriz, com exceção da filha Ana Lúcia, que se casou com o paulista Paulo Sérgio Topasso em 1977 e continuou morando em Imperatriz. (Há mais de dez anos o casal mora em Parauapebas – PA).
Ao lado de seu Raimundo, Dona Iraídes viveu altos e baixos na vida. Quando o rio Tocantins enchia  a família se mudava para casas nas ruas 15 de Novembro, Manoel Bandeira ou Godofredo Viana. A partir de 1968, a família deixou a Beira Rio de vez e foi morar em uma casa na Cel. Manoel Bandeira, de propriedade da família do editor de O PROGRESSO, Coriolano Rocha Filho, bem em frente à casa da família do Dr. Toinho e do Mário, onde  hoje funciona um cartório. Depois, nossa família foi para uma casa ao lado do antigo Clube Tocantins, na Godofredo Viana, e em seguida para outra casa, bem frente, ao lado da residência do Leó do Cine Fides. De lá, fomos para a Avenida Getúlio Vargas, entre a Rua Rio de Janeiro e a Rua Minas Gerais.   Isso foi em novembro de 1969. A Avenida Getúlio Vargas tinha muita areia e quando chegou  a energia elétrica na rua foi uma festa para dona Iraídes e seus vizinhos, como a Dona Elza e Seu Pezão, o casal Riba e Joaninha e o Seu Chico e a dona Zifa. 
Na casa da Getúlio Vargas dona Iraídes chegou a ter uma loja de aviamentos, uma espécie de armarinho especializado em linhas, fios e demais acessórios para se fazer crochê e bordados. Após a morte de meu pai, Raimundo Rodrigues, que morreu em junho de 1984, Dona Iraídes vendeu uma das casas da Getúlio Vargas e comprou uma na Rua Bahia e posteriormente na Rua Pernambuco, onde mora até hoje. Iraídes tem vários netos e as bisnetas: Ana Luíza, Lara, Valentina, Rebeca e a caçula Ester.
Magra, meiga, carinhosa, mas às  vezes brava, dona Iraídes tem história em Imperatriz, por isso ela merece esta referência da coluna no Projeto Homenagem. 
Parabéns minha mãe, que Deus lhe dê muitos anos de vida com saúde e paz, alegria e felicidade. 
Um grande beijo e felicidade sempre em sua vida. Parabéns. Obrigado por tudo. Amém.
Uma boa semana a todos e até quarta-feira com saúde e paz.