“Orgulho da Gente”
Amanhã, às 19h, em cerimônia que será realizada no espaço El Shaddai Eventos, a prefeitura de Imperatriz homenageará, mais uma vez, algumas pessoas que se destacaram em suas áreas de atuação ou contribuíram direta ou indiretamente com o desenvolvimento do município. As homenagens fazem parte da programação em comemoração ao aniversário da cidade, que completará 164 anos no próximo sábado, dia 16 de julho. Entre as pessoas homenageadas este ano, está minha madrinha Maria de Jesus, mais conhecida por Djé. Ela receberá a distinção honrosa “Orgulho da Gente”.
Também serão homenageadas pessoas que admiro muito, como, por exemplo, a dona Hildenê Milhomem, mãe dos meus amigos de infância Moacir e Amélia Milhomem; meu amigo jornalista e colunista de O PROGRESSO, William Marinho, que receberá o Troféu Jurivê de Macedo, cuja homenagem recebi das mãos do prefeito Sebastião Madeira em julho de 2011, além de outros amigos de velhos carnavais, como os dois Antônios: Leite, médico pioneiro na cidade, e Torres, advogado. Parabéns a todos os homenageados; parabéns à prefeitura de Imperatriz por esta iniciativa e parabéns ao competente cerimonial da prefeitura pela impecável organização do evento.
Para homenagear a empresária Maria de Jesus, eu repito aqui hoje trechos da coluna que escrevi em 5 de novembro de 2012, quando contei a história da família dos paraibanos no “Projeto Homenagem”:
Biografia
Maria de Jesus, a Djé, nasceu em 15 de novembro de 1945 na cidade de Ribeiro Gonçalves, no Piauí. É filha de João Paraibano, falecido em 1976 aos 69 anos de idade, e de Dília Coelho Brito. Djé foi a primeira mulher a dirigir um automóvel em Imperatriz: um Veraneio, da Chevrolet. Foi pioneira no comércio de roupas, quando abriu a Djé Modas, na Rua Simplício Moreira, perto da Praça de Fátima, tendo finalizado suas atividades comerciais em 2015.
Ela foi casada com o senhor Pedro Carlos da Silva (já falecido), é mãe de Axel Brito Silva e Marbenha Widson Brito Linko e avó de Thiago Brito Homem Del Rey. Ela tem mais nove irmãos: Zé Dito (já falecido), Delzuíta, Lindomar, José Feliciano, Theodorico, Maria do Carmo, Cândido Bosco, Maria do Socorro e Maria das Graças.
“Quando chegamos a Imperatriz, o prefeito era o Simplício Moreira e os empresários fortes da cidade eram o Manoel Ribeiro, o Jonas Ribeiro e o Chico Herênio. Tinha também o Sr. Nogueira, dono da primeira farmácia de Imperatriz, na Rua 15 de Novembro, e de diversos imóveis na cidade”, lembrou Maria de Jesus, que foi gerente da famosa Casa Paraibana, ao lado do irmão Lindomar, montada pelo seu pai na Rua Simplício Moreira com a Rua Bom Futuro. “Naquela época (1955) Imperatriz devia ter cerca de 3 mil e 500 habitantes e três pedaços de ruas: a 15 de Novembro, a Coronel Manoel Bandeira e a Godofredo Viana. Aqui na Praça de Fátima era tudo só mato. Meu pai comprou aquele quarteirão todo na Simplício Moreira com o objetivo de que todos os filhos construíssem suas casas lá, mas isso acabou não acontecendo, porque os filhos fizeram suas casas em outros locais. Quando minha mãe faleceu em 1971, começamos a vender partes do terreno e mais tarde vendemos a casa”, destacou Maria de Jesus, que chegou a Imperatriz ainda menina. “A partir daí meu pai foi morar dois anos na Paraíba com um irmão e depois ficou um tempo em Montes Altos (MA) a convite de um padre amigo dele e foi lá que ele morreu, mas está enterrado no Cemitério São João Batista, em Imperatriz”, disse ela.
Veraneio
Quando Djé era ainda uma jovem moça da sociedade imperatrizense, seu pai, João Paraibano, comprou uma Rural Willys, que era um carro potente, digamos uma Hilux dos dias atuais. Mas a novidade viria depois, em 1964, quando “Seu” João comprou um moderno utilitário Veraneio, da Chevrolet. (O Veraneio foi fabricado no Brasil entre 1964 e 1994). A filha Maria de Jesus, que era a secretária e gerente da Casa Paraibana, ao lado do irmão Lindomar, foi até Anápolis (GO) só para tirar a Carteira Nacional de Habilitação. E como já dissemos, ela foi a primeira mulher a dirigir um automóvel em Imperatriz. Era uma jovem bonita e atraente.
Na Escola Santa Teresinha, onde estudava, Dejesus era líder na organização das festas juninas e no dia 7 de setembro, no tradicional desfile da escola, tocava tarol na fanfarra. Era um sucesso total. “Era um tempo bom. As freiras gostavam muito de mim. Eu fazia tudo com muito carinho”, lembra a empresária Dejesus, com ar de saudade.
“Imperatriz cresceu muito e está sempre crescendo. Cheguei aqui com 9 anos de idade. Fiz boas amizades. E quando moça, dançava muita festa no antigo Clube Tocantins, na Rua Godofredo Viana. Lembro que tinha a Festa das Bolas, quando todas as meninas iam com vestidos de bolas dançar ao som de Cely Campelo e outros artistas que faziam sucesso à época”, lembrou Djé, ressaltando que naquela época a cidade era pacata, não havia violência e as pessoas conviviam mais juntas e descontraídas diariamente.
João Paraibano e Dília
O pai de Djé, João de Brito Lira, o João Paraibano, era um homem generoso com os mais pobres e com a igreja. Ele ajudou a construir a Igreja Nossa Senhora de Fátima. João Paraibano também contribuiu ao investir na cidade e a convidar empresários para investirem no município. Ele também ajudou na construção da Belém-Brasília, desmatando com sua equipe de 200 homens, o trecho entre Imperatriz e o Barra Grande.
A esposa do empresário João Paraibano era Dília Coelho de Brito, uma pessoa simples, que tinha “tino” comercial e trabalhava com o marido e os filhos na Casa Paraibana, na Rua Simplício Moreira, esquina com a Bom Futuro. A Casa Paraibana funcionou até 1974. Dília, chamada carinhosa pelos parentes e amigos por Nanan, nasceu na Fazenda Santa Maria, em Pastos Bons (MA), no dia 20 de abril de 1916. Seus pais foram Felipe Coelho de Sousa e Sérvila Carvalho de Sousa. Ela casou-se com João Paraibano com apenas 14 anos de idade, conforme relatou em seu histórico e importante livro “Imperatriz - Mulher e Mulheres”, a historiadora Conceição Formiga.
O patriarca João Paraibano e sua Dília Coelho morreram, mas deixaram um legado para os filhos e para empreendedores que acreditaram em Imperatriz. Que venham outros “joãos paraibanos”, mesmo no século XXI, para fazer história para as futuras gerações imperatrizenses, porque a filha do casal, Maria de Jesus, também já fez história em Imperatriz e por isso merece esta bela homenagem na noite desta quinta-feira.
Ray Douglas
Foi muito bom reencontrar meu amigo Ray Douglas na noite de sexta-feira (8) no Bar Sport TV, em Parauapebas (PA), em show promovido pelo também amigo Demerval Moreno em parceria com o empresário Nazareno Silva.
O show durou duas horas e cinquenta minutos e o público não queria que Ray Douglas parasse de cantar. E olha que ele cantou músicas de vários estilos: romântica, bolero, arrocha, seresta e até pop rock.
Na oportunidade, ele informou que esta semana estaria viajando para Goiânia para gravar um CD com a participação do cantor mineiro Eduardo Costa.
No ano passado, entrevistei Ray Douglas por ocasião de seu show no Balneário do Pedro Belo, no bairro de Palmares Dois, também em Parauapebas. Ele sempre faz shows no Pará, além, é claro, de se apresentar em cidades do Maranhão, do Piauí, do Ceará, em Brasília e muitas outras por este Brasil afora. Valeu meu amigo. Sucesso sempre.
Ah, em breve estarei em Imperatriz e aceito aquele seu convite para comermos um peixe frito na Beira Rio.
Boa semana a todos e até quarta-feira, com saúde e paz.
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