Lima Rodrigues entrevistou o cantor Sérgio Reis no último sábado em Parauapebas
Lançado no sudeste do Pará o livro “A História de Parauapebas”

Ding Dong

Muito interessante o quadro “Ding Dong”, do Programa do Faustão, na TV Globo, aos domingos. Apesar de ser uma fórmula antiga (lembram do Qual é a Música?, do Sílvio Santos?), o quadro oferece oportunidade para artistas que estão fora da mídia ou até mesmo aqueles que estavam no ostracismo. Na realidade, atores globais ou convidados vão lá tentar adivinhar os nomes das músicas com base apenas nos primeiros vinte segundos da introdução das melodias. Aí, em seguida, os cantores cantam em média dois grandes sucessos. Já é muita coisa para quem andava sumido. Tem um ditado no meio jornalístico que diz que 20” em televisão é uma eternidade.
Não assisto todo domingo, mas já vi algumas vezes o começo do programa e tive a alegria de ver artistas como Sidney Magal, Gilliard, Peninha, Roberto Leal, Antônio Carlos e Jocafi, Grupo Kaoma, entre outros. E fiquei sabendo pela imprensa que Jerry Adriani, Tony Garrido, Beto Barbosa, Genival Lacerda, entre outros, também já passaram por lá.
A gente diz fora da mídia ou no ostracismo porque a maioria da população não vê mais esses cantores toda semana na televisão, mas em termos de shows, basta entrar nos sites oficiais para ver que as agendas deles estão lotadas às vezes até pelo prazo de seis meses, ou seja, até o final do ano. Claro que o cachê não é mais o mesmo das décadas de 1970, 1980 ou 1990, mas de grão em grão a galinha enche o bico e todos sobrevivem. Há casos em que alguns artistas gastaram muito na época da fama com bebidas e mulheres, com muita farra e acabaram ficando em dificuldades financeiras, ou como diz em Imperatriz, “lisos”. Mas mesmo fazendo shows em churrascarias em São Paulo ou em pequenos clubes pelo Brasil afora, a maioria vai sobrevivendo e conseguindo sustentar as famílias.

Sérgio Reis

Por falar em artistas, no sábado (2) entrevistei o grande Sérgio Reis, atualmente deputado federal por São Paulo. Ele cantou em praça pública em Parauapebas (PA) a convite da prefeitura municipal, no encerramento do 14º Festival Jeca Tatu, a festa junina da cidade promovida pela Secretaria de Cultura.
Bati um papo com ele para meu programa Conexão Rural, que apresento todo domingo, às 9h, na RBATV, Band, canal 30, em Parauapebas, e na TV Record, canal 12, de Canaã dos Carajás (PA). (Alguns programas estão no youtube). A entrevista concedida pelo veterano cantor Sérgio Reis vai ao ar no próximo domingo.
Durante a entrevista, ele estava descontraído, brincou comigo e com o cinegrafista Maurício Souza; lembrou de grandes sucessos como “Coração de Papel”, da época da Jovem Guarda, e de outras épocas, como “Menino da Gaita”, “Menino da Porteira”, “Comitiva Esperança”, “Pinga-ni-mim”, “Filho Pródigo”, “Panela Velha” e tantos outros.
Mas, aos 76 anos de idade, Sérgio Reis ficou bravo ao interromper o show para desabafar: “Tem um sujeito sem vergonha aí que está divulgando nas redes sociais que cobrei R$ 250 mil para fazer este show em Parauapebas, quando a prefeitura deveria gastar este dinheiro em benefício da saúde do povo. Queria que ele tivesse coragem para vir aqui e falar isso na minha cara, se fosse homem. Meu cachê é R$ 100 mil, mas só fico com R$ 50 mil, porque o restante é para os músicos, hospedagem, passagens, som e impostos. Trouxe o contrato e a nota fiscal para quem quiser ver”, declarou, demonstrando indignação, o calmo Serjão.
Após o desabafo, Sérgio Reis prosseguiu o show com muito entusiasmo para a alegria das milhares de pessoas que lotaram a Praça de Eventos, bem no centro de Parauapebas. Valeu, Serjão.

Ministro da Agricultura diz que Legislação brasileira é dura

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, como todo mundo sabe, é um dos homens mais ricos do Brasil, um dos maiores produtores de soja do mundo (já chegou a ser o número 1) e um grande pecuarista. Óbvio que na posição que ocupa o ministro sempre defenderá o agronegócio, mas sem esquecer a agricultura familiar. De vez em quando, como senador por Mato Grosso ou como ministro da Agricultura do governo Temer, ele demonstra seu lado. Veja o que disse na segunda-feira em São Paulo, por ocasião do Global Agrobusiness, conforme divulgou o próprio site do ministério da Agricultura:
“Ele apresentou aos participantes dados elaborados pela Embrapa apontando que mais de 61,3% do território nacional é ocupado por áreas de preservação ambiental. Isso, na avaliação do ministro, é um passaporte para vender ao mundo a informação de que o Brasil tem a legislação mais dura sobre o assunto.
De acordo com a Embrapa, dos 38,7% restantes do território apenas 8% são ocupados por lavoura e florestas plantadas. Outros 19% são destinados à pastagem e 11% de vegetação nativa preservadas em propriedades rurais. Para o ministro, esses dados rebatem as críticas de que a agropecuária brasileira esteja devastando as florestas.
O ministro disse que nenhum país tem uma legislação tão dura quanto a brasileira em relação à preservação ambiental. Com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o percentual preservado nas propriedades privadas poderá aumentar em até 70% em função da regularização das áreas desmatadas.
Maggi destacou ainda que as terras indígenas ocupam cerca de 13% do território brasileiro, bem mais do que as áreas destinadas à agricultura. 

Lançamento do livro do Dr. Miguel Reis reuniu autoridades e muitos convidados

O oftalmologista Miguel Reis lançou na noite de quinta-feira (30), na Praça de Alimentação do Center Cidade Nova, em Parauapebas, o livro “A História de Parauapebas – Força e trabalho em Carajás”. O evento contou com a presença do prefeito do município, Valmir Mariano; dos secretários de Cultura, Marcelo Costa, e de Desenvolvimento Econômico, Wander Nepomuceno; do ex-secretário de Cultura, Chico Brito, da vereadora Edilei, de Curionópolis; da presidente em exercício da Academia Parauapebense de Letras, Terezinha Guimarães; a esposa dele Lídia Reis; do irmão do autor do livro, Dr. Hipólito Reis, além de parentes e amigos.
Todos os convidados elogiaram o lançamento da obra e destacaram a importância do livro para o município, já que agora as pessoas têm uma fonte segura sobre toda a origem da criação de Parauapebas.
Ao agradecer a presença de todos, o Dr. Miguel Reis falou detalhes do livro, disse como surgiu a ideia de escrever a obra; lembrou de seu pai, o também escritor Pedro Cláudio, já falecido, que era chamado carinhosamente de PC Reis, e agradeceu a todos que direta ou indiretamente colaboram para a elaboração e edição de “A História de Parauapebas”.
- Estou muito feliz por este momento. Foi um duro trabalho de pesquisa, feito com muita dedicação e carinho. Espero com isso estar contribuindo com a verdadeira história de nossa cidade, disse ele, ao lembrar que a obra trata de “um resumo baseado em pesquisas sobre a origem, fundação e desenvolvimento de Parauapebas, buscando dar sentido às sequências de fatos que resultaram no que é hoje o município”.
Ainda de acordo com o autor, “o livro mostra os caminhos percorridos pelos exploradores, migrantes, aventureiros, a história indígena na região, o progresso e suas qualidades e desvirtudes, não com a arte acadêmica de um historiador, mas com o fascínio de um estudioso e pesquisador das coisas da nossa gente”.
O livro tem prefácio de Demóstenes Miguelino Braga, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo. “O importante, todavia, é que Miguel Reis condensou de forma clara, com requintes de obra literária, o que parecia impossível de modo didático e agradável, dando-lhe valor de leitura obrigatória a quem deseja conhecer e ter orgulho de Parauapebas, desde sua condição de vila até o presente promissor”, diz o desembargador Demóstenes Miguelino Braga em sem prefácio.

O autor

O piauiense Miguel Ângelo Braga Reis é médico oftalmologista, a exemplo do irmão, Hipólito Reis. É especialista em oftalmologia, membro titular do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Membro da Sociedade Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa.

Boa semana a todos e até quarta-feira, com saúde e paz.