“A Literatura e o jornalismo”
A Academia Parauapebense de Letras (APL), da qual sou idealizador e membro fundador, juntamente com meu amigo jornalista Waldir Silva (maranhense de Carolina, que fez carreira em Marabá-PA e há vinte anos mora em Parauapebas-PA), promoveu mais uma sessão pública visando uma maior aproximação com a sociedade.
O evento ocorreu na noite de sexta-feira, dia 3 de junho, na praça de alimentação da galeria Center Cidade Nova, no centro de Parauapebas, com o tema “A Literatura e o jornalismo”. A sessão foi aberta pela presidente em exercício da APL, a escritora Terezinha Guimarães. Em seguida, tive a honra de abordar o tema da noite.
Também participaram da sessão pública da APL o escritor e acadêmico Luiz Vieira, a juíza de direito Eline Salgado, que elogiou a iniciativa da Academia Parauapebense de Letras em promover sessões públicas, e a presidente da Associação de Imprensa e Comunicação de Parauapebas (AICOP), Cléo Lopes, que também parabenizou a iniciativa da Academia e destacou a importância da leitura para todas as pessoas, especialmente as crianças e os jovens. Os escritores Amós Gomes e Miguel Reis e o padre Hudson Rodrigues parabenizaram a APL pela iniciativa. As jovens escritoras Sabrina Medeiros e Jéssica Gomes declamaram poesias do livro “Manhã de Domingo”, que ambas lançaram recentemente em Parauapebas quase que de forma artesanal. O encontro foi encerrado com as palavras da presidente em exercício da Academia Paraupebense de Letras, Terezinha Guimarães. O evento foi animado com a bela música do cantor maranhense Haroldo Braga.
APL
A APL foi fundada em 16 de setembro de 2014 e é composta por nove membros. Foi uma iniciativa de um grupo de poetas e escritores; mulheres e homens sonhadores e amantes da leitura, com o objetivo de fortalecer ainda mais a literatura em Parauapebas e incentivar cada vez mais a leitura na região e no estado do Pará, por que não? A APL é presidida pelo confrade Paulo Poeta, que por motivos particulares, teve que se ausentar de Parauapebas, e a presidência passou para o comando, interinamente, da escritora Terezinha Guimarães.
A palestra
A minha palestra sobre o tema “A Literatura e o jornalismo” durou cerca de meia hora. Destaco aqui alguns trechos da palestra:
Para falar sobre o tema, fomos buscar textos maravilhosos sobre o assunto e, inicialmente, abordaremos tópicos do belo estudo Literatura e Jornalismo: aproximações e fronteiras, de Roberto Nicolato, professor da Universidade Federal do Paraná e Faculdades do Brasil – UniBrasil.
Diz Nicolato:
A relação entre o jornalismo e literatura nunca deixou de suscitar discussões e polêmicas.
A realidade é que, ao longo da história, os dois campos do conhecimento se divergem e convergem, tanto no que concerne às funções quanto ao discurso de cada um.
O professor paranaense diz em seu estudo que a busca para identificar distâncias e aproximações revela que enquanto no século XX o jornalismo procurou firmar-se como entidade autônoma e estável, sob a influência do pensamento racional e científico, a literatura encampou o discurso da desconstrução.
Em que pese caminhos e descaminhos, o jornalismo tem primado pela busca incessante da verdade, do pacto ético de credibilidade com o leitor e, de outra forma, a literatura, pelo pacto estético. De maneira indubitável, os dois mantêm-se unidos pela utilização da palavra no tempo e no espaço. (...)
Citei ainda na palestra sobre “A Literatura e o jornalismo” artigo do competente jornalista, editorialista da Folha de S. Paulo, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras desde o ano 2000, o carioca Carlos Heitor Cony, publicado na Folha de São Paulo em 29 de abril de 2005.
Jarbas Passarinho
Morreu no domingo, dia 5 de junho, em Brasília, aos 96 anos de idade, o coronel da reserva do Exército, ex-governador do Pará, ex-ministro e o ex-senador Jarbas Passarinho. Tive a honra de entrevistá-lo diversas vezes ao longo da minha carreira jornalística. Era sempre muito educado, inteligente e falava muito bem. Independente de sua ligação com a ditadura militar, foi um grande político brasileiro.
Novas denúncias
Durante duas semanas, publiquei aqui sobre os ministros do governo de Michel Temer que foram demitidos por estarem envolvidos em atos ilícitos. Agora, surgem denúncias contra mais um ministro, o Advogado Geral da União, e a futura secretária de Políticas para Mulheres, Fátima Pelaes, que ainda nem tomou posse. Mas vou poupar os leitores da coluna, porque até parece que estou sendo repetitivo. Mas não estou. São denúncias que surgem todos os dias na imprensa. Pode até ser que, quando esta edição de O PROGRESSO estiver na rua nesta quarta-feira, alguns dos denunciados já estejam demitidos pelo presidente em exercício Michel Temer. E outros, até mesmo presos.
39 anos de jornalismo
Amanhã, dia 9 de junho, quinta-feira, completarei 39 anos de jornalismo. Foi nesse dia que o então editor César Jansen publicou aqui neste conceituado jornal O PROGRESSO, minha primeira coluna. Lembro como se fosse hoje. Fazia o primeiro ano do segundo grau em 1977 (hoje, ensino médio) na Escola Técnica Amaral Raposo, quando a professora de História – agora não recordo o nome dela – sugeriu que eu procurasse a imprensa para registrar a nossa exposição sobre a “A Revolução Francesa”. Fui ao jornal e sugeri a pauta. O próprio Jansen foi lá fazer a matéria. Aproveitei e disse que sempre tinha informações e poderia passar para o jornal. Jansen disse que, quando eu tivesse alguma notícia, era só levá-la para ele. O jornal ficava na Rua Cel. Manoel Bandeira. Escrevi umas notas sobre pessoas que haviam chegado ou saído de Imperatriz. Como o César Jansen tinha uma página no jornal, achei que ele fosse aproveitar alguma notinha em sua coluna. Para minha surpresa, ao pegar o jornal dia 9 de junho de 1977, estava lá a coluna “Sociais e Transas”, assinado: Josivaldo Rodrigues.
A partir daquele dia, nunca mais deixei o jornalismo e praticamente sempre estive ligado ao jornal O PROGRESSO como colaborador. Depois, fui para Brasília; em seguida, fiz um ano e meia de faculdade de Comunicação Social (Jornalismo) em Uberaba (MG), onde fui motorista e auxiliar de cinegrafista e cinegrafista da antiga TV Uberaba (SBT) de março de 1981 até julho de 1982. Posteriormente, voltei para Brasília, onde me formei no primeiro semestre de 1984 em Jornalismo no CEUB e trabalhei boa parte da minha vida na Rádio Nacional, como redator e depois como repórter. O resto da história, a maioria das pessoas que me conhecem já sabe.
Há cinco anos moro em Parauapebas (PA), onde produzo e apresento o programa Conexão Rural – a Voz do Campo na TV nesta cidade e em Canaã dos Carajás (PA) e apresento boletins rurais na Rádio Arara Azul FM, além de continuar como colaborador semanal de O PROGRESSO.
Obrigado César Jansen, obrigado Wilton Ferreira – o Coquinho; obrigado meu saudoso Mestre Jurivê Macedo; obrigado Sergio Godinho, obrigado Moacyr Spósito; obrigado Raimundo Cabeludo; obrigado Arimateia Jr; obrigado Demerval Moreno; obrigado Coriolano Filho e obrigado a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para que eu amasse cada vez o jornalismo, o radiojornalismo e o telejornalismo. Este é meu mundo, independente de a profissão ser lucrativa ou não.
Aniversariante
Parabenizo antecipadamente meu irmão Antônio Lucivaldo Lima Rodrigues, que faz aniversário dia 13 de junho, Dia de Santo Antônio. Desejo paz, alegria e felicidade ao meu grande irmão, a quem eu chamo carinhosamente apenas de Dai.
Boa semana a todos e até quarta-feira, com saúde e paz.
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