Empresário maranhense é um dos maiores produtores de peixes do Pará
Ele já foi destaque mais de uma vez aqui na coluna. A primeira vez foi em fevereiro de 2012. Mas sempre é bom falar de maranhense que faz sucesso no Pará. A Semana Santa acabou no domingo de Páscoa, dia 27 de março, mas é nesse período em que o empresário Elias Ferreira concede mais entrevistas, por ser um dos principais produtores de peixes do Pará. E a coluna volta a falar a respeito dele, porque fizemos uma ampla reportagem para mostrar como se produz tambaqui e pirarucu. A reportagem foi veiculada no programa Conexão Rural, que produzo e apresento há quatro anos na RBATV, Band, canal 30, em Parauapebas (PA). Ah, a mulher de Elias, Dona Elisângela, nasceu em João Lisboa (MA), pertinho de Imperatriz, e para onde o casal vai em breve passar os dias com os amigos.
Timbiras
O empresário maranhense Elias Ferreira, 42 anos, que nasceu em Timbiras, a 316 quilômetros de São Luís, e é banhada pelo rio Itapecuru, cria peixes em cativeiro há cerca de 16 anos em duas fazendas no sudeste do Pará. Uma na região do Itacaiúnas, a 65 km de Parauapebas e a 140 de Marabá, no município marabaense. E a outra fica na região da vila Paulo Fontelles, também pertencente a Marabá.
Laboratório
Em novembro do ano passado, ele instalou um laboratório para produção de pescado. O laboratório foi inaugurado no Centro de Distribuição da empresa de Elias, no bairro Palmares Sul, a cerca de dez quilômetros de Parauapebas.
A inauguração do laboratório em 2015, que teve até a presença do então ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, conta com modernas instalações e 12 incubadoras. O destaque da piscicultura Construforte é o tambaqui.
Tambaqui
O tambaqui chega atingir, aproximadamente, 90 cm de comprimento e 30 kg, havendo, no entanto, registros de peixes com mais de 40 kg.
Sua reprodução em ambiente natural ocorre quando o peixe atinge 55 cm de comprimento e idade entre 4 e 5 anos. Em cativeiro, são utilizados reprodutores com idades superiores a 3 anos. A técnica de reprodução artificial pode ser efetuada até duas vezes por ano pela fêmea.
As fêmeas do tambaqui recebem injeções de hormônio para estimular a reprodução em cativeiro. Após isso, os óvulos são misturados ao sémen do macho e vão para as incubadoras. As larvas surgem entre 48 e 72 horas e os alevinos surgem pesando de dois a cinco gramas. O piscicultor Elias Ferreira produz dois milhões de alevinos por mês nas duas fazendas.
Abate
O abate ocorre quando o tambaqui alcança de dois a três quilos. Nós acompanhamos a comercialização do tambaqui na madrugada de um domingo, o dia mais movimentado na Piscicultura Construforte, no bairro Palmares Sul, em Parauapebas. Muitos donos de peixarias da cidade chegam por volta das quatro horas da manhã para adquirir os peixes e revender em seus estabelecimentos. “Estou toda semana aqui comprando peixe do Elias, porque ele só vende peixe de qualidade e meus fregueses adoram”, afirmou a comerciante Luciana Silva, proprietária de uma peixaria em Parauapebas.
O controle da pesagem dos peixes é feito pela esposa do empresário, Elisângela Ferreira, e pelo funcionário Underson Costa Silva, mais conhecido pelo apelido de Mangulão.
Pirarucu
Conhecemos também a criação de Pirarucu, o maior peixe de escama do mundo, que pode chegar a pesar mais de duzentos quilos. Na piscicultura Construforte, os pirarucus chegam ainda em forma de alevinos, ficam até os seis meses em um tanque e depois são levados para tanques maiores em uma das fazendas do empresário.
As duas fazendas do empresário Elias Ferreira tem 80 hectares de lâminas de água, ou seja, uma com 23 tanques, produzindo 280 mil peixes e a outra 32 tanques para criação de 350 mil peixes: tambaqui, tambatinga, crumatã, pirarucu e piaçu. E mais onze tanques no Centro de Distribuição do bairro Palmares Sul, em Parauapebas. São em média oito toneladas por mês nas duas fazendas no período de semana santa.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o pescado é a proteína animal mais saudável e consumida no mundo. Os brasileiros ultrapassaram o consumo mínimo de pescado recomendado pela OMS que é de 12 quilos por habitante ao ano. No Brasil, o consumo chega a 14,50 quilos por habitante/ano de acordo com o levantamento feito em 2013 pelo o governo.
Cinco anos no Pará
Há exatamente cinco anos eu chegava à região de Parauapebas. Em fevereiro de 2011 viajei de Brasília para Imperatriz e lembro-me quando meu amigo Zé Filho, apresentador do Jornal dos Municípios, me sugeriu que procurasse o então presidente da Coomigasp, a Cooperativa Mista de Garimpeiros de Serra Pelada, Gessé Simão, para fazer a cobertura de uma grande assembleia ordinária que aconteceria dia 27 de março de 2011. Conversei com o Gessé e ele disse para eu ir para Curionópolis (PA) e procurar o então assessor de imprensa da Coomigasp, Daniel Soares. Cheguei lá uns dias antes da assembleia, acho que dia 23 de março de 2011. Apresentei-me ao Daniel e nessa “brincadeira” acabei ficando no Pará. Como sempre ia a Parauapebas, a cerca de 30km do famoso “Trinta”, passei a colaborar com jornais e blogs da cidade, depois fui trabalhar na Rádio Liderança FM de Curionópolis e, finalmente, dia 18 de dezembro de 2011 coloquei no ar o primeiro programa Conexão Rural, com o apoio dos amigos Daniel Soares, Anderson Souza e Elivelton Moura.
O programa deu certo e, após ficar quase dez meses na Rede Record, de Curionópolis, e na Rede TV de Parauapebas, em 22 de novembro de 2012 fui para a Band de Parauapebas, onde estou até hoje com o programa, que é sucesso, graças a Deus. Só tenho é que agradecer a boa acolhida que tive no Pará. Aliás, para quem não sabe, eu nasci em Marabá, a bela cidade banhada pelos rios Tocantins e Itacaiúnas e cheguei a Imperatriz com nove meses de idade e nesta pujante cidade fiquei até à adolescência, seguindo depois para Brasília, onde morei por mais de 30 anos. Obrigado meu Deus por tudo.
Um abraço a todos e até quarta-feira com saúde e paz.
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