Dia Mundial da Água

Na terça-feira, dia 22 de março, foi comemorado o Dia Mundial da Água. Comemorado? Não seria melhor a palavra lembrado? É, porque do jeito que a coisa vai, daqui a uns dias não teremos mais água nem para limpar o chão das casas, imagina para beber. São necessárias medidas mais duras e de impacto por parte dos governos – federal, estaduais e municipais – para preservar e salvar nascentes, os rios, cabeceiras e minas d’água. Mas não adianta nada os governos lançarem campanhas se não houver a colaboração da população. Tem gente que prejudica o meio ambiente, isto é, os rios, ribeirões e cachoeiras com pequenas atitudes, como, por exemplo, jogando garrafas de água mineral e de refrigerantes ou de cerveja nas ruas, nas estradas e, claro, nos rios. Infelizmente, estas cenas a gente constata todos os dias em todo o Brasil.
O Nordeste já sofre com a falta de água há centenas de anos. Sai ano e entra ano e a população fica só na promessa dos governantes, que só lembram do povo sofrido em época de eleição. São promessas e promessas para levar água para o sertão que nunca saem do papel. Enquanto isso, nas cidades, vemos diariamente pessoas lavando calçadas e veículos e jogando literalmente água pelo ralo ou pelos esgotos. Se não nos unirmos e nos conscientizarmos, no futuro nossos filhos ou netos sofrerão com a falta de água. Aliás, já falta água hoje em muitos lugares.

Sofrimento do povo em poema

Por falar em seca, cito aqui algumas estrofes do poema Sertanejo, de Graciano Araújo, que trata muito bem sobre o assunto.

SERTANEJO
Autor: Graciano Araújo

Sou um pobre peregrino
Que veio lá do sertão
De onde deixei Maria,
José e meu irmão...
Terra de gente sofrida
Que anda de pés no chão
Tentando tirar da terra
A sua alimentação (...)
Moço, trabalhei duro
por esse sertão sofrido
Mas a seca foi demais
Não vi meu feijão florido.

Saía na madrugada
E corria pelo estradão
O sol queimando o meu rosto
Meus pés ardendo no chão...
Abri cavas, plantei milho,
Plantei soja e algodão
Na esperança que a chuva
Molhasse minha plantação...
A chuva lá não caiu
Perdi minha plantação
Perdi meu boi, meu jumento,
Toda a minha criação...
O milho já não dá mais
Não dá o trigo, nem feijão
Por isso morreu de fome
Maria, José e meu irmão (...)
O governo nada faz
Pra melhorar a situação
Só olha pra aquelas bandas
Em época de eleição...
Não quer saber como sofre
O coitado do meu irmão
Não quer saber do nordeste
Não olha pro meu sertão (...).

Mau exemplo

O governo federal já proibiu há muito tempo a propaganda de cigarro em jornais, rádio e, principalmente, na televisão, mas uma propaganda indireta está sendo vista diariamente na TV Globo. É que a participante do Big Brother Brasil, a mineira Geralda, fuma a toda hora e as câmeras jogam sua imagem para todo o país, especialmente no horário nobre, dando suas baforadas. Entendo que a emissora deveria evitar estas imagens explícitas do uso do cigarro, que causa muito mal à saúde.

Por falar em cigarro...
Dia Mundial de Combate à Tuberculose

Tuberculose é uma doença que se desenvolve lentamente e de forma gradativa. O cuidado com a patologia deve ser rigoroso, pois se não tratada corretamente pode acarretar sérios problemas e levar à morte. Neste dia 24 de março, é lembrado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose e o dado mais recente da Secretaria de Saúde do Distrito Federal mostra que em 2014, só em Brasília foram registrados 334 casos. Repito: em Brasília, a capital do Brasil, conforme e-mail enviado pela Comunicação Corporativa para esta coluna.

Em Imperatriz

Fiquei em Imperatriz de sábado até a manhã desta quarta-feira revendo parentes e amigos, já que não poderei vir passar o Domingo de Páscoa na cidade por causa de compromissos profissionais em Parauapebas (PA), onde moro há cinco anos. Nesta minha passagem por Imperatriz, constatei uma grave situação: está difícil estacionar um carro nas avenidas Getúlio Vargas, Dorgival Pinheiro de Sousa e Ceará e nas ruas Luís Domingues e Benedito Leite, além das ruas que cortam estas importantes ruas ou avenidas.
A cidade cresceu demais, o que é bom, mas o número de veículos cresceu muito mais. Qual a solução? Mais estacionamentos no centro da cidade, incluindo os particulares, ou deixar o carro em casa, dependendo do local onde você mora, e seguir a pé para o centro ou para as ruas e avenidas acima citadas. Ontem mesmo eu fiz isso. Deixei o carro na casa da minha mãe, na Rua Pernambuco, no bairro Juçara, e fui a pé na Dorgival Pinheiro e na Getúlio Vargas resolver algumas coisas. Foi mais prático. Mas que está difícil está. Haja paciência.

Boa semana a todos e até quarta-feira, com saúde e paz.