O Brasil é o segundo maior produtor mundial de café
Nosso país é o maior consumidor de café do mundo

E viva o café nosso de cada dia

Hummm... cheirinho BOM de café!

No próximo domingo, dia 29 de novembro, comemora-se o Dia do Café. Não sei por que, mas tem DIA para tudo. E o café não poderia ficar de fora. Quantos namoros e casamentos surgiram a partir de um cafezinho? Quantos negócios são fechados diariamente a partir de um café numa padaria, bar ou cafeteria sofisticada? Quem não se lembra do café da vovó feito na chaleira e depois servido no bule? Quem não já tomou aquele cafezinho depois do almoço? Ou quem nunca tomou um cafezinho na estrada, alegando que precisava espantar o sono?
Enfim, todas as perguntas acima crianças, jovens e especialmente os adultos têm a resposta na ponta da língua. Confesso ao leitor da coluna que não sou muito fã do cafezinho não. Tomo uma vez ou outra. Mas já gosto do danado com leite. Sem dispensar o leite em pó também. É bom demais. Então, hoje resolvi homenagear o café e informo abaixo alguns detalhes sobre este produto bastante conhecido dos brasileiros. Confira:

A origem

O café durante muito tempo foi o principal produto agrícola do Brasil. Ainda hoje é um produto bastante representativo na produção agrícola. O Brasil é o maior exportador de café do mundo!
O café é de origem africana e foi trazido para o Brasil pelo Sargento-mor Francisco de Melo Palheta no início do século XVIII. Você nunca ouviu falar de café Palheta? Rapidamente o café espalhou-se pelas terras do Paraná, Minas gerais, Goiás e Rio de Janeiro.
Mas foi nas terras férteis de São Paulo (conhecido como ‘terra roxa’) que o café mostrou todo o seu potencial econômico. Já em meados do século XIX, o estado estava entre os primeiros produtores do país. Os “Barões do café”, donos das grandes fazendas de café, além de deterem poderes econômicos, ocupavam cargos importantes na política brasileira. 
Durante muito tempo, o nosso cafezinho ficou esquecido. Mas de dez anos para cá, os produtores se uniram e revitalizaram a bebida. O que antes não tinha muita opção, hoje conta com muitas variedades como: forte, suave, orgânico, torrado, moído, solúvel e etc. Além disto, surgiu uma quantidade enorme de cafeterias, revitalizando o hábito de tomar um cafezinho! Viva o nosso café conhecido e apreciado mundialmente!

Café no Brasil

O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café e segundo maior consumidor do produto, apresenta, atualmente, um parque cafeeiro estimado em 2,256 milhões de hectares. São cerca de 287 mil produtores, predominando mini e pequenos, em aproximadamente 1.900 municípios, que, fazendo parte de associações e cooperativas, distribuem-se em 15 Estados: Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Com dimensões continentais, o país possui uma variedade de climas, relevos, altitudes e latitudes que permitem a produção de uma ampla gama de tipos e qualidades de cafés.

Legislações rígidas

A cafeicultura brasileira é uma das mais exigentes do mundo em relação a questões sociais e ambientais, havendo uma preocupação em garantir a produção de um café sustentável. A atividade cafeeira é desenvolvida com base em rígidas legislações trabalhistas e ambientais. São leis que respeitam a biodiversidade e todas as pessoas envolvidas na cafeicultura e pune rigorosamente qualquer tipo de trabalho escravo e/ou infantil nas lavouras. As leis brasileiras estão entre as mais rigorosas entre os países produtores de café.

Números

O Brasil, em 2014, manteve sua posição de maior produtor e exportador mundial de café e de segundo maior consumidor do produto. A safra alcançou 45,34 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado, em 15 Estados, com destaque para Minas Gerais, que respondeu por 49,93% da produção nacional, seguido do Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia e Paraná.
A produção de café arábica teve queda de 15,6%, chegando a 32,31 milhões de sacas. Os estados com maior redução foram Minas Gerais (-18,1%) e Paraná (-66,1%). De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as causas foram a forte estiagem verificada nos primeiros meses do ano, a inversão da bienalidade em algumas regiões e, ainda, as geadas que atingiram o Estado do Paraná. Já a produção de café robusta teve aumento de 20%, chegando a 13,04 milhões de sacas, com aumento na produtividade, renovação da cultura e clima favorável no Espírito Santo, principal Estado produtor da variedade.

Emprego

A cadeia produtiva de café é responsável pela geração de mais de oito milhões de empregos no país, proporcionando renda, acesso à saúde e à educação para os trabalhadores e suas famílias. Em algumas regiões cafeeiras, programas de inclusão digital capacitam jovens e adultos, ensinando noções básicas de computação e acesso à Internet.

História

Conta uma lenda que, por volta do ano 800, um pastor da Abissínia (atual Etiópia) resolveu levar até um monge o fruto de uma planta que, segundo ele, deixava o rebanho alegre e bem disposto quando a ingeria. O monge experimentou uma infusão daqueles frutos amarelo-avermelhados e percebeu que realmente o ajudava a ficar mais tempo acordado durante as suas meditações. O conhecimento do efeito do café chegou então ao Norte da África e entrou no mundo árabe em meados do século XV.
Apesar dos árabes terem tomado medidas para manter o monopólio da produção de café, os holandeses conseguiram contrabandear os frutos frescos para as suas colônias asiáticas (Java, Ceilão e Sumatra) e, depois, para as Antilhas Holandesas, na América Central. Na Europa, inicialmente, era consumido como remédio para combater vários males. Só a partir do século XVII começou a ser adotado como bebida.
O café é sinônimo de progresso e ocupa uma parte muito importante na história do Brasil. E foi no século XVIII (1727) que entrou no país, pelo Pará, e adaptou-se facilmente ao clima brasileiro e instalou o seu reinado. Em 1830, o café já era o principal produto brasileiro de exportação.
Uma curiosidade é que as grandes plantações brasileiras surgiram de um único pé. Um cafeeiro de Amsterdã deu origem aos primeiros cafés plantados no Suriname, na Guiana e no Brasil. Um cafeeiro carioca também iniciou a produção nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Uma única planta de Jundiaí, interior de São Paulo, originou os cafezais de Campinas e regiões circunvizinhas. Os primeiros cafezais brasileiros foram, portanto, descendentes de uma única espécie, a Coffea arabica L. (café arábica). Foi apenas na década de 80 que a espécie Coffea canephora (café robusta ou conilon) passou a fazer parte da pauta de produção brasileira.

Tipos de café

O Brasil tem condições climáticas que favorecem o cultivo do café em 15 regiões produtoras. Essa diversidade garante cafés variados de Norte a Sul do País.
Diante de diversos climas, altitudes e tipos de solo, os produtores brasileiros obtêm variados padrões de qualidades e aromas, entre as duas espécies cultivadas, o café arábica e o café robusta, os quais apresentam uma grande variedade de linhagens.
O café arábica (Coffea arabica L.) permite ao consumidor degustar um produto mais fino, requintado e de melhor qualidade. Originalmente produzido no oriente, este tipo de café é cultivado em altitudes acima de 800m. Predomina nas lavouras de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia, Rio de Janeiro e em parte do Espírito Santo.
O café robusta ou conilon (Coffea Canephora) é usado para a fabricação de cafés solúveis e apresenta um sabor único, menos acidez e teor de cafeína maior. Predomina nas lavouras do Espírito Santo, em Rondônia e em parte da Bahia e de Minas Gerais.
Fontes: (http://www.smartkids.com.br/datas-comemorativas e Ministério da Agricultura).

Boa semana a todos e até quarta-feira, com saúde e paz.