Volta da ditadura militar por que, cara pálida?
Algumas pessoas, uma minoria, claro, aproveitam qualquer manifestação para falar besteira. Alguns “inocentes” aproveitaram as manifestações de segunda-feira, por ocasião dos desfiles alusivos ao 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil, para pedir intervenção militar no Brasil. Oh, coitados. Não sabem o que é viver sob o comando de uma DITADURA MILITAR, sem direito de liberdade de expressão e com o povo controlado até para sair de casa.
Essas criaturas não sabem nem o que pedem. Se o governo Dilma está péssimo, isto é verdade, proteste, exija melhorias na saúde, na educação, na infraestrutura, na segurança e em outras áreas, mas esqueça essa besteira de militarismo. Com todo respeito aos militares e às Forças Armadas, esse período já passou no Brasil e a experiência não foi nada boa. Os militares, desde a redemocratização, a partir de 1985, com a volta dos civis ao Poder, primeiro com a eleição indireta, isto é, por meio de um Colégio Eleitoral no Congresso Nacional e depois pelo voto popular, passaram a desempenhar muito bem suas funções, que são preservar a segurança do Brasil, especialmente de suas fronteiras, e ficarem sempre preparados para uma IMPOSSÍVEL guerra com algum país.
Ao invés de pedir a volta da Ditadura Militar, peça mais DEMOCRACIA. A democracia ainda não está totalmente plena no país. Democracia verdadeira só acontece quando não se tem mais desigualdades sociais e todos, sem exceção, têm direito à saúde, educação, moradia e a outros serviços. Além, é claro, de total liberdade de expressão nos meios de comunicação.
Você que defende e está tão ansioso por mudanças, escolha bem seus candidatos e vote bem nas eleições municipais do ano que vem. Comece a cortar os corruptos e malfeitores pelos municípios e, depois, nas outras eleições, em 2018, corte estes elementos do Congresso Nacional e escolha bem seu candidato à presidência da República. Agora, por favor, pare de falar besteira e pedir o fim da democracia. Enquanto isso, aproveite seu tempo e pesquise na internet como foram os duríssimos anos em que o país viveu sob o comando dos militares. Informe-se melhor, mesmo que você seja um apaixonado pelos militares. Lembre-se: os militares dos últimos quase trinta anos são completamente diferentes dos militares que atuaram comandando ou comandados durante a velha ditadura, que tanto terror causou para quem defendia a democracia e o direito de escolhermos nossos próprios governantes via voto de verdadeiros cidadãos.
Novo ídolo da “música”
Bem, não sei se posso dizer de MÚSICA, mas só sei que o novo ídolo vem fazendo sucesso em todo o Brasil, especialmente no Nordeste e, claro, na Bahia, onde nasceu. Agora, ele está buscando divulgar seu trabalho no Sudeste e tem centrado sua atuação – entrevistas e shows – em São Paulo e Rio de Janeiro. Estou falando de Hélio Pires Medeiros. Por este nome, ninguém sabe quem é. Mas seu falar Jhon (assim mesmo) Falcão – o Rei da Cacimbinha, muita gente vai saber quem é, principalmente a garotada.
Esse jovem cantor encerrou no domingo à noite a Feira de Agronegócios de Parauapebas (FAP), numa iniciativa do empresário de shows Marola. Algumas pessoas ficaram em dúvida se realmente seria uma opção contratar o jovem artista (27 anos) de Vitória da Conquista, na Bahia, para fechar a série de shows da FAP 2015. Por insistência de Marola, o show acabou sendo contratado e o resultado foi o melhor possível: o público lotou o Parque Lázaro de Deus Vieira Neto e a garotada se divertiu bastante. Claro, tudo ainda em total “esculhambação”, no bom sentido da palavra. Tem momentos que ele demora se acertar com os músicos e o sonoplasta de uma música para outra, mas é assim mesmo desorganizado, de bermuda, de sandália de couro, jaleco bem azul e um girassol bem grande no peito, que o Rei da Cacimbinha vai conquistando fãs por todo o Brasil, mesmo sem ter por trás uma grande gravadora. Tudo feito no improviso. Tudo começou na brincadeira, como ele me disse em entrevista antes do show.
Antes de ser Jhon Falcão, inspirado no ídolo cearense Falcão, que também canta de forma debochada, Hélio Pires trabalhava numa loja de conveniência de um posto de gasolina em Vitória da Conquista. Isto em setembro do ano passado. Após gravar em um estúdio improvisado a música “Muriçoca” e estourar no you tube e nas redes sociais, o jovem baiano lançou outros rits, como “Pop 100” “Kika o Bumbum” e virou febre entre os jovens.
Confesso a vocês que eu mesmo me recusei a entrevistá-lo, até porque fiquei sabendo de sua existência duas semanas antes da FAP, mas por insistência do meu cinegrafista, Adonias Filho, que veio de Codó (MA) e tem 23 anos, eu acabei indo até o camarim montado atrás do palco, no Parque Lázaro de Deus Vieira Neto. Lá, entrevistei o Rei da Cacimbinha e gostei do rapaz. Descontraído, brincalhão, simples e educado, revi minha posição, mesmo não curtindo seu estilo musical. E ao ver de cima do palco o maior público da FAP 2015, cheguei à seguinte conclusão: não devemos subestimar ninguém. Mesmo um jovem cantor que não canta seu estilo de música.
O importante é que o garoto baiano está conquistando todo o Brasil com sua música debochada e com muita sátira, no estilo do grupo Mamonas Assassinas, que fez sucesso na década de 1990 e cujos integrantes morreram em acidente aéreo em São Paulo. (Bento, Dinho, Júlio, Samuel e Sérgio morreram na queda de um jatinho, em 2 de março de 1996, quando voltavam para São Paulo após um show em Brasília). O Rei da Cacimbinha canta em shows umas três músicas do Mamonas Assassinas.
Guilherme e Santiago e Leonardo
Durante a Feira de Agronegócios de Parauapebas, entrevistei também a dupla goiana Guilherme e Santiago, sucesso em todo o Brasil, e o veterano cantor sertanejo Leonardo, sempre alegre, descontraído e humilde.
Boa semana a todos e até quarta-feira, com saúde e paz.
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