Maranhense se destaca na Agricultura Familiar no Pará
Natural de Passagem Franca, no Maranhão, Francisco Nunes Pereira, de 62 anos, mora numa pequena propriedade a oito quilômetros de Parauapebas (PA) e se destaca na agricultura familiar. Em apenas 25 hectares, trabalhando na Ilha do Gelado há 30 anos, Irmão Francisco, como é mais conhecido, diversifica bem o plantio e toda semana vende produtos na Feira do Produtor da cidade. Com o apoio de dois filhos, do genro, da nora e da mulher Sandra, o pequeno produtor rural produz: cupu, tangerina, abacaxi, couve, abóbora, abacate, jaca, manga, maxixe, quiabo, pepino e limão, entre outras culturas. Ele conta com o apoio de uma equipe da Secretaria de Produção Rural de Parauapebas. “A orientação técnica da Sempror é fundamental. Com o apoio dos técnicos, a gente consegue produzir mais ainda”, disse ele.
Ainda vou falar mais sobre o maranhense Irmão Francisco, mas antes veja a força da agricultura familiar.
Agricultura familiar pode acabar com a fome
Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado no final do ano passado, “Estado da Alimentação e da Agricultura”, a agricultura familiar tem capacidade para colaborar na erradicação da fome mundial e alcançar a segurança alimentar sustentável.
No Brasil, a agricultura familiar representa 84% de todas as propriedades rurais do País e emprega pelo menos cinco milhões de famílias.
Por outro lado, a modalidade agrícola ocupa apenas 24,3% do total da área utilizada por estabelecimentos agropecuários.
O documento da ONU também menciona que a agricultura familiar produz cerca de 80% dos alimentos consumidos e preserva 75% dos recursos agrícolas do planeta.
A agricultura familiar, no Brasil, é responsável pela maioria dos que chegam à mesa da população, como o leite (58%), a mandioca (83%) e o feijão (70%). (Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário)
Irmão Francisco
Voltando a falar sobre o maranhense Irmão Francisco, que se destaca na agricultura familiar em Parauapebas, hoje o carro chefe da produção da pequena propriedade dele é o milho. Ele consegue produzir 90 sacas, com cem espigas cada, por semana.
O produtor consegue colher também 90 caixas de mamão papaia, com vinte e cinco quilos cada uma. A mandioca também tem uma boa produção na fazendinha do Irmão Francisco. Ele chega a vender 60 caixas por semana para os produtores do Centro de Abastecimento de Parauapebas. “Plantando diversas culturas, nós podemos colher durante todo o ano e ter sempre um dinheiro extra por semana”, falou empolgado o produtor maranhense.
Além de inúmeras culturas que ele planta em sua propriedade, o Irmão Francisco também cria peixes. Ele tem cinco tanques na fazendinha, com capacidade para dois mil peixes cada uma. O produtor cria também galinhas e porcos. E para produzir queijo, o Irmão Francisco cria cerca de 30 vacas em sua propriedade. O genro Carlindo Filho trabalha como vaqueiro na pequena fazenda. Para os técnicos da Secretaria de Produção Rural de Parauapebas, ele é um produtor modelo na região e sabe muito bem aproveitar bem sua pequena área”. Que o trabalho do Irmão Francisco sirva de exemplo para produtores do Maranhão e do Tocantins.
Conexão Rural
Irmão Francisco foi entrevistado para o programa Conexão Rural, que produzo e apresento em Parauapebas na RBATV, Band, canal 30, todo domingo, às 9h.
Governo do Pará quer melhorar a qualidade do cacau produzido no estado
O programa estadual de melhoria da qualidade do cacau trabalhará com cinco projetos prioritários para serem desenvolvidos ao longo dos próximos anos. Os projetos, definidos pelo grupo de trabalho da cacauicultura formado por técnicos da Secretaria de Estado de Produção Agropecuária e da Pesca (Sedap), junto à Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), contemplam desde ações voltadas para os produtores destinadas a melhorar a qualidade da amêndoa paraense até a divulgação do produto em eventos nacionais e internacionais.
O projeto de melhoria da qualidade do cacau paraense vai atuar diretamente nas áreas de lavoura, prestando assistência técnica especializada de forma a elevar a qualidade do produto. “Nossa meta é fazer com que os agricultores produzam cacau do tipo 1, o tipo de cacau destinado à exportação”, explicou o diretor de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Local da Sedap, Luiz Pinto.
Chocolates finos
Outro projeto prioritário é o de capacitação à produção de chocolates finos, onde a expectativa é trazer para o Pará cursos modulares para formação na área de chocolataria gourmet. O apoio à verticalização local da produção será dado pelo projeto de agroindustrialização do cacau, onde serão estabelecidos atrativos para a implantação de indústrias de diferentes portes no Estado.
Com uma safra que, em 2014, superou a marca de 100 mil toneladas de amêndoas secas, o Pará deve, nos próximos anos, suplantar a Bahia e ocupar o lugar de líder brasileiro na produção da amêndoa. A produtividade média dos cultivos paraenses atinge 950 quilos por hectare. Quase 80% da produção vêm da agricultura familiar e o plantio garante uma renda média mensal de R$ 3 mil para cada módulo médio de 10 hectares por família de agricultor.
150 mil hectares
A área plantada no Pará hoje é de 150 mil hectares, dos quais 108 mil estão em fase de produção, e vem se expandindo a uma taxa média anual acima de 10%. Nos últimos cinco anos a produção cresceu em média 7% ao ano. Tudo isso sem impacto ambiental, já que o plantio dos cacaueiros é feito em sistemas agroflorestais. Na verdade, o cultivo do cacau até ajuda a reduzir as perdas ambientais. As informações são da Secretaria de Agricultura do Estado do Pará.
Boa semana a todos, com saúde e paz, e até quarta-feira.
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