Análise das manifestações
Viva a democracia. É bonito ver milhares de pessoas se manifestando a favor ou contra o governo Dilma em todo o país. Uma parte em um dia apoiando a presidente e no dia seguinte outra parte, bem maior, demonstrando insatisfação com o governo. Tudo em clima de paz e tranquilidade. Claro que é notório que a ampla maioria dos protestantes era eleitor do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Mas isto não vem ao caso. O importante é sabermos que mais da metade da população brasileira está insatisfeita com as ações do governo federal e com os valores bilionários roubados da Petrobras, apesar da excelente atuação da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça, especialmente do implacável juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações da Operação Lava Jato, direto de Curitiba.
As pesquisas de opinião pública mostram a impopularidade da presidente Dilma Rousseff, até porque algumas medidas econômicas que ela criticou durante a campanha eleitoral e que alertou que o seu adversário poderia fazer acabou fazendo pouco tempo depois de reempossada no Palácio do Planalto. Vale lembrar que no início do governo Aécio Neves em Minas Gerais, ele também adotou medidas impopulares e sua popularidade foi lá embaixo. Depois, organizou a casa e saiu com um índice de aprovação, foi eleito senador e depois elegeu o sucessor, Anastasia, que agora é senador.
Senhora corrupção
A presidente Dilma Rousseff explicou na segunda-feira, após várias reuniões com ministros em Brasília, que o ajuste fiscal é necessário para o país. Disse também que a corrupção é “uma velha senhora que vem atuando há muitos anos no Brasil”. Verdade. A corrupção não acontece de agora. Há muitos e muitos anos que políticos, inclusive no Maranhão, enriquecem com a cobrança de propina em obras e ninguém nem era investigado ou preso. Ah, mas o roubo na Petrobras foi estrondoso durante o governo do PT, poderia dizer o leitor da coluna. Certo. Verdade. Mas será se a Polícia Federal tivesse investigado com tanto rigor a corrupção em outros governos também não teria chegado a valores astronômicos? Fica a pergunta.
Protestar. Criticar. Exigir melhorias de vida, mais emprego e renda e a prisão de corruptos é saudável e o direito de todo brasileiro, desde que se faça isso, como fizeram os manifestantes no domingo, sem bagunça, quebradeira, arruaça e saques a lojas nas cidades. Agora, querer o impeachment* da presidente Dilma sem fato determinado ou a volta da ditadura militar é outra coisa e sem fundamento nenhum, conforme afirmaram na segunda-feira ex-ministros do Supremo Tribunal Federal e renomados juristas. E desejar a volta da ditadura militar é para quem não viveu este período em que não podíamos nos manifestar sobre o governo. Até nos bares as conversas eram vigiadas por agentes do governo. Estas conversas que rolam na Banca do Chico e no Bar do Seu Olímpio – com críticas e discussões sobre o governo federal – jamais poderiam ocorrer durante o rigoroso governo militar. Comecei a trabalhar como redator na Rádio Nacional, empresa da antiga Radiobrás (hoje Empresa Brasil de Comunicação – EBC), em 1983 e lembro que até determinados temas eram proibidos, como, por exemplo, índio, garimpo, reforma agrária, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, entre outros. Só a partir do sinal da clara derrotada de Paulo Maluf para a Tancredo Neves no Colégio Eleitoral é que fomos liberados, acanhadamente, a falar sobre Tancredo e Ulysses, deputados federais à época e que ficaram na história política do país pela defesa da democracia. Os outros temas foram liberados depois com o fim do governo militar.
Enfim, o povo insatisfeito pode realizar manifestações e protestos todo dia ou todo domingo em todo o país. Mas querer tirar a presidente Dilma Rousseff do Palácio do Planalto na marra, eu sugiro que espere a próxima eleição presidencial, em 2018. O tempo voa.
* Impeachment é uma palavra de origem inglesa que significa “impedimento” ou “impugnação”, utilizada como um modelo de processo instaurado contra altas autoridades governamentais acusadas de infringir os seus deveres funcionais. Dizer que ocorreu impeachment ao Presidente da República significa que este não poderá continuar exercendo funções. (Fonte: www.significados.com.br)
Vale propõe pagamento de remuneração ao acionista
A Vale informa que a Diretoria Executiva aprovou e submeterá à deliberação do Conselho de Administração proposta para pagamento da primeira parcela de remuneração mínima aos acionistas da Vale em 2015, no valor total bruto de US$ 1,0 bilhão, conforme anunciado ao mercado em 30 de janeiro de 2015. A remuneração será paga integralmente sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP) e refere-se à antecipação da destinação do resultado e reservas de 2015.
Considerando a quantidade de ações em circulação em 27 de fevereiro de 2015, de 5.153.374.926 ações, a proposta equivale ao pagamento do valor bruto de US$ 0,194047593 por ação ordinária ou preferencial.
O Conselho de Administração da Vale apreciará a proposta da Diretoria Executiva na reunião agendada para o dia 14 de abril de 2015 e, caso a proposta seja aprovada, a Vale fará o pagamento do valor total bruto de US$ 1,0 bilhão no dia 30 de abril de 2015. Os valores em reais serão obtidos mediante a conversão dos valores em dólares norte-americanos pela taxa de câmbio de venda do dólar norte-americano (PTAX – opção 5) informada pelo Banco Central do Brasil no dia 13 de abril de 2015.
Todos os investidores que possuírem ações da Vale no encerramento dos negócios nas record dates terão o direito ao recebimento da remuneração. A record date para as ações de emissão da Vale negociadas na BM&FBovespa será o dia 14 de abril de 2015. A record date para os detentores de ADRs de emissão da Vale negociados na New York Stock Exchange (NYSE) e na Euronext Paris será o dia 17 de abril de 2015 e para os detentores de HDRs de emissão da Vale negociados na Hong Kong Stock Exchange (HKEx) será o dia 17 de abril de 2015. (Nota enviada à coluna pela assessoria de imprensa da Vale).
Cordel
A convite da Secretaria de Educação de Parauapebas (PA), estou desenvolvendo em sete escolas municipais desde a semana passada o Projeto Cordel nas Escolas, que tem o objetivo de estimular a leitura por intermédio da literatura de cordel. Serão beneficiados, inicialmente, cerca de 500 alunos. O projeto vai até a segunda quinzena de maio deste ano.
A receptividade tem sido muito boa junto aos alunos, cuja faixa etária varia de 10 a 16 anos. Não é a primeira vez que faço cordel para a prefeitura. Já escrevi sobre Luiz Gonzaga e Dominguinhos, a pedido da Secretaria de Cultura, por ocasião do Festival Jeca Tatu, a festa junina da cidade, e sobre a história de Parauapebas. Só me resta é agradecer a Deus pelo dom que me deu para escrever cordel. Já escrevi vários sobre personalidades brasileiras.
Parabéns, Dona Maria Luíza!
Eu não poderia encerrar a coluna sem prestar homenagem a uma assídua leitora da coluna há muitos e muitos anos, Dona Maria Luíza, mãe dos meus amigos Francisco e Carlos Brandão. Ela completou 81 anos de idade ontem, dia 17 de março. Parabéns Dona Maria Luíza e que a senhora tenha muitos anos de vida, com saúde e felicidade. Seu esposo Brandão foi um grande homem em Imperatriz e, juntamente com ele, a senhora conseguiu criar os filhos com carinho e dedicação e transmitir-lhes valores fundamentais para serem o que são hoje: homens dignos, bons esposos e bons pais e sempre valorizando a família e a fé em Deus. Sou amigo do Carlos desde o jardim de infância na Escola Santa Teresinha. Parabéns!
Boa semana a todos e até quarta-feira, com saúde e paz.
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