Lima e Lucena Filho
Comissão Julgadora das Marchinhas Carnavalescas
Multidão acompanha a banda ao som de velhos carnavais pelas ruas de Imperatriz
Lima Rodrigues e a turma do Bar do Seu Chico
Este colunista, Nelson Bandeira e Seu Olímpio na confraria tradicional da cidade na terça-feira de carnaval

Minhas impressões sobre o carnaval de Imperatriz

Passei o carnaval de 2015 em Imperatriz, a exemplo de 2011, quando voltei de Brasília, após morar mais de 30 anos na Capital da República. Em 2012, 2013 e 2014 passei a Festa de Momo em Parauapebas (PA), onde mora há quatro anos. Também, a exemplo de 2011, fui mais uma vez integrante do corpo de jurados que julgou as marchinhas carnavalescas. Gostei muito de ter participado ao lado de pessoas ilustres da cidade, como o jornalista e ambientalista Domingos Cezar, o professor Expedito e a jornalista Francília Cutrim. Em 1º lugar ficou a marchinha “Tela da Bobo”, interpretada por GG Gonzaga (ganhou R$ 2.000,00); em 2º a música “Foi parar no exterior”, interpretada pelo cantor Atemi de Barros (recebeu R$ 1.700,00); e a 3ª marchinha vencedora do carnaval de Imperatriz foi “Tem que pegar e se cuidar” (que foi premiada com o valor de R$ 1.500,00), interpretada pelo cantor Sanzio Rossini.

O povo na rua

Gostei muito de ter acompanhado o carnaval de rua ao som de marchinhas  que marcaram minha infância e adolescência em Imperatriz, como, por exemplo, “Olha a Cabeleira do Zezé” e “Jardineira”, ao som do Trio Marchinha e da banda Máscara Negra. Vi muitas pessoas usando a criatividade e belas fantasias e tudo bem organizado, saindo da Praça Mané Garrincha até a Praça da Cultura, após os foliões percorrerem algumas ruas do centro da cidade, incluindo a Godofredo Viana e a 15 de Novembro.

Na praça...

Na Praça da Cultura também curti muita marchinha de carnaval ao som da maravilhosa banda Arrochando o Frevo. Parabéns aos músicos desta banda e das demais que animaram o formidável carnaval de Imperatriz.  Presenciei várias pessoas elogiando o carnaval, as músicas e a organização do evento, apesar de ter ouvido, também, uma ou outra pessoa criticar os organizadores do evento.

Pontos negativos

O que achei negativo, e não é culpa da Fundação Cultural, mas sim do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Meio Ambiente: primeiro, não sei como o Corpo de Bombeiros autorizou a realização de um baile funk dentro de um terreno onde funciona um depósito de gás na Coronel Manoel Bandeira, pertinho da Praça da Cultura. Por milagre de Deus, não ocorreu uma tragédia naquele local. 
E o outro ponto negativo foi uma caminhonete com um potente som parada em frente ao depósito de gás tocando um funk e muita música chata com um som bem alto, que atrapalhava a vizinhança e quem de fato queria curtir o verdadeiro carnaval. A Fundação Cultural poderia ter espalhado caixas de som potentes ao longo da avenida. Quem se encontrava na altura do churrasquinho do Rodrigão quase não ouvia o que estava acontecendo no palco onde a banda se apresentava, especialmente quando o locutor ou alguém falava alguma coisa. Mas o som funk era nítido.

Mijões

Apesar dos constantes apelos do competente locutor Jerry Alves, muitos homens e mulheres fizeram suas necessidades do número 1 no prédio da Academia de Letras de Imperatriz, bem ao lado do palco ou mesmo em casas abandonadas à margem esquerda do caminhão onde se apresentava a banda. E olha que a Fundação Cultural disponibilizou vários banheiros químicos, mas mesmo assim alguns “desavisados” preferiam descarregar suas águas dos joelhos nas paredes das casas mesmo.

Axé

Achei legal os organizadores colocarem para o público as marchinhas desde as 16h, na Praça Mané Garrincha, até as 22h, na Praça da Cultura, e depois desse horário liberar o axé para quem gosta até as duas da manhã. Até banda da Bahia tocou no carnaval de Imperatriz. Foi tranquilo, sem maiores incidentes.

Policiamento

Vi muita polícia em ação no meio da folia e também revistando suspeitos nas imediações da festa, ou seja, nas ruas próximas à Praça da Cultura. Parabéns ao trabalho da polícia.

Parabéns a todos

Enfim, parabéns ao prefeito Sebastião Madeira; ao presidente da Fundação Cultural, Lucena Filho; ao secretário adjunto, Axel Brito; ao secretário de Comunicação Social, Elson Araújo; ao diretor da Fundação, Zeca Tocantins, e a todos da equipe que participaram da realização do carnaval de Imperatriz. Lucena chegava à noite exausto, mas sempre acompanhado da esposa e dos filhos, e comandou bem o carnaval 2015.

Bar do Seu Olímpio e Bar do Seu Chico

Aproveitei também o feriadão para reencontrar os amigos no Bar do Seu Olímpio, na 15 de Novembro, e no Bar de Seu Chico, reduto do amigo Coló, na Godofredo Viana. São ambientes saudáveis, onde a gente encontra pessoas inteligentes, agradáveis e pode se ouvir belas histórias sobre pessoas e fatos históricos da Terra do Frei. 
Obrigado, Imperatriz, pela bela acolhida e receptividade durante o carnaval. Em breve eu volto aí.

Roberto Chaves

Dedico a coluna de hoje ao amigo Roberto Chaves, paraense irmão do magnífico cantor Nilson Chaves, que partiu para o andar de cima sem avisar para a gente. Ele morreu de infarto no domingo (22), no interior do Ceará, onde morava nos últimos anos. O paraense Roberto  Chaves foi um dos fundadores da Rádio Imperatriz AM, na década de 1980, ao lado de Moacir Spósito (diretor); Aldeman Costa, Corró, Manoel Cecílio, Hiroshi Bogéa, Arimatéia Júnior e outros colegas. Vozeirão, personalidade forte, um cara tranquilo e muito profissional: assim era, para mim, o simpático gordo Roberto Chaves. Fica com Deus, meu irmão, e dê um abraço em toda a galera da Rádio Imperatriz que já estava aí no Céu te aguardando.